Há na Helena Matos historiadora (tomo aqui a palavra no sentido amplo, de quem investiga mas também daquele que divulga) uma candura e uma habilidade que me encantam. Ouço-a ainda ensonado na Antena 1 nos Sons de Abril, que nas metáforas mais poéticas dos meses tresanda a Sons de Dezembro, e apetece-me voltar para a cama, readormecido nos sonhos de uma realidade imaginada.
Talentosa, não se lhe escuta um erro, antes qual discípula do cientista político Rui Ramos nos enreda com palpitantes omissões, e o que não se conta é como se nunca tivesse acontecido.
Ouça-se a croniqueta de hoje sobre as primeiras mulheres na PSP. Saltita sobre a fonte (onde se disse que algumas tinham o actual ensino secundário brotam miraculosamente licenciadas) e explica tudo nada explicando: “como praticamente não havia desemprego…”
Ah que saudades do Marcelo Caetano e seu presidente de Deus Rodrigues Thomas. Bons tempos, os do anterior milagre económico ainda mais beato que o actual, faltou apenas reforçar que desemprego jovem, desse nem vestígios. A mobilização obrigatória para a guerra, a deserção e o emigrar massivo e maciço (em recorde que pouco falta para alcançarmos) são meros detalhes, uma vaga poeira que não pode estragar o retrato. Estava tudo tão bem como estava e só poderia ter ficado pior, era, não foi?
Pois, coitadinha da senhora.
“e explica tudo nada explicando: “
Acrescento. sabe tudo de nada. Já não se aguenta a Helena Matos,. socorroooooo
Helena, mas não matos
Está na linha dos novos “intelectuais” proto-fascistas, saudosos de um passado que não viveram, miseráveis revisionistas da História. A sorte, é que daqui a meio século já ninguém os lê ou citará. será a História a matá-los.
A leninha de tanta ruindade está a ficar demente,
Mas a Helena Matos não militou na extrema esquerda?