Postcards from the Balkans #17

To sam ja (this is I)* ou tudo está ligado

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Este é o último postal desta viagem. Não vale a pena falar da nostalgia que sinto já. Já o disse ontem. De acabar esta viagem onde aprendi, como sempre, tantas coisas, mas sobretudo continuei a aprendizagem do que sou. E o que sou é isto. Esta mulher que aprende sempre, que nunca deixará de o fazer. Esta pessoa que caminha pelas ruas em cidades estranhas – algumas onde seguramente nunca mais voltará – e se sente também ela estranha. Isto sou eu. «To sam ja». «This is I». E isto que sou é tantas coisas que, mesmo que quisesse, jamais saberia por onde começar. Isto sou eu. Esta pessoa que perde e ganha oportunidades. Esta pessoa que vê tudo muito bem e escreve postais para si mesma, para a lembrança amanhã, para a memória que há-de vir nos dias longos do futuro. [Read more…]

Chamam-lhe a nova lei da cópia privada, eu chamo-lhe a lei da extorsão (acho que faz mais sentido)

Caros senhores do Governo, da SPA, Agecop e afins, posso fazer-vos umas perguntas?

Sempre me disseram que perguntar não ofende, por isso desde muito cedo comecei a fazer perguntas. Um vício que ainda não perdi. Hoje, os senhores do Conselho de Ministros aprovaram uma nova lei, uma nova versão da lei da cópia privada. Mexe com direitos de autor e, acima de tudo, mexe com o dinheiro de todos os cidadãos.

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As sacanices

SPA

Aprovar leis em Conselho de Ministros em pleno Agosto é, já de si, sinal de má fé por parte do governo. Fazê-lo para uma lei repescada e que não tem urgência alguma que impedisse a respectiva apresentação daqui a 15 dias é sacanice. E assistir a uma pseudo-reportagem na SIC de 1 minuto e picos, depois de dezenas de minutos sobre uma botija de gás que rebentou e onde nem os aspectos polémicos são abordados, é a cereja no topo das sacanices. [Read more…]

Albufeira, Agosto 2014

Proibido © Célia Amado

Postcards from the Balkans #16

A chuva em Zagreb, como se fosse outono. Tavez seja outono. Há um gato preto à entrada da Galeria de Arte Moderna. Quem me dera que a minha vida fosse apenas isto…

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Quem me dera que a minha vida fosse apenas isto. Reparar nos gatos. Neste gato preto à entrada da Galeria de Arte Moderna, alheio a quem passa, naquela posição tão tipíca dos gatos, aquela que todos sabemos desenhar desde pequenos. Um gato de costas. Coisa tão simples. Quem me dera que a minha vida fosse apenas isto, repito plagiando mais ou menos o mais simples dos heterónimos de Pessoa. Embora ele não falasse de gatos. Mas falo eu. Quem me dera que minha vida fosse apenas isto… reparar nos gatos em museus, nas cidades alheias, com se fosse próprio dos gatos estarem sossegados nos museus e de mim reparar neles. Para existir deve ser preciso pouco mais, estou segura. [Read more…]