O relatório de Outono do FMI, essa samaritana instituição que nos salvou das maleitas do socratismo destrutivo e que nos emprestou umas coroas a troco de uns “ajustamentos” temperados com austeridade em doses industriais, vem agora dizer-nos que o caminho para tirar a economia da crise passa por investimento estatal em infraestruturas públicas. Ou se preferirem, em português neoliberal, despesismo.
O FMI é um grande ponto de interrogação. Num dia querem austeridade e no outro políticas expansionistas. As contradições deste organismo parecem tiradas de uma novela mexicana. Mas este novo despertar keynesiano é muito conveniente por estes lados, principalmente com o regresso eminente dos socrat…socialistas de Costa ao poder e com as Legislativas ali tão perto! Na Mota-Engil vivem-se momentos de apoteose. Quem será o próximo socialista a liderar a empresa?
Resta, portanto, saber se Portugal se encontra no grupo das “economias avançadas“, destinatárias da mensagem do FMI. E mesmo que não se encontre, numa Europa refém da austeridade ideológica alemã, é capaz de se tornar um pouco complicado de explicar aos senhores da Europa central que afinal o caminho implica gastar dinheiro em obras públicas. A menos que toda a retórica da austeridade não tenha passado de mais um estratagema temporário para enriquecer uns poucos e empobrecer a maioria enquanto se enfraquece o estado social. Mas isso, como sabemos, é matéria do domínio da conspiração…
Em abono da verdade diga-se que a instituição não colocou a mesma pressão sobre ambas as posições… A austeridade foi o caminho da salvação para o FMI durante quase quatro décadas e colocaram todo o seu peso político, económico e institucional a promover essa ideia como panaceia. O investimento estrutural é uma mera sugestão, uma hipótese de possibilidade… pouco mais que um sound bite se quisermos ser realistas.
é a natureza contraditória da instituição. hoje quer austeridade, amanhã investimento público. faz lembrar o tempo do outro senhor socialista, logo após o rebentar da bolha em 2008, em que a própria UE incentivou políticas de investimento público nomeadamente em obras públicas de grande dimensão. claro que no fim de contas foi tudo culpa do Sócrates…
São agendas!
O dólar americano como moeda internacional é um empecilho, condiciona o mercado global.
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Por exemplo se os fundos soberanos chineses, que possuem toneladas de dólares, comprassem dívida pública europeia, os nossos problemas ficavam resolvidos. Mas há um problema os americanos fizeram saber que; uma desvinculação da sua dívida pública seria considerado como um acto tão hostil como uma agressão militar.
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A China sabe o que aconteceu ao Japão, este sim o dono disto tudo, até aos idos anos 80. O que aconteceu entretanto? Os EUA impuseram o Acordo Plaza e desde então os japoneses vivem a nossa austeridade. Os chineses não vão correr esse risco. Logo o dólar é uma arma de guerra.
o dólar é efectivamente uma arma de guerra. das mais poderosas. o controle mundial passa todo por ai, basta ver o que aconteceu ao Iraque do Saddam quando este sugeriu que o comércio petrolífero do seu país poderia passar a ser feito em euros.
Que Deus nosso Senhor nunca deixe que se acabe a “dívida” porque se isso acontece é o fim do FMI, o fim do cartel da finança, e das posições bem remuneradas para os Relvas, Moedas e muitos outros…
Se tirarmos a intrujice dos charlatães que estão no trono do mundo (a elite financeira) qual será a dívida real?
Se houvesse uma contabilidade honesta sobre o que se trata a dívida aposto que os comentaristas moralistas néscios que habitam nas tvs, e que ganham milhares de €uros para dizerem o que dizem nunca mais quereriam ser vistos em público…
Sem o monopólio da dívida, o poder financeiro sofreria um duro revés. Afinal de contas, todo o dinheiro produzido nos EUA parte de dívida e é pago com dívida. uma eterna pescadinha de rabo na boca…
possivelmente o proximo administrador da mota -engil será ,tal como o moedas o jerónimo
o Moedas está muito bem orientado em Bruxelas. mas quem sabe, no futuro pode precisar de emprego. e a esta gente nunca falta emprego 🙂