A questão é se haverá tótós para acreditarem nas garantias do sr. Passos

Passos garante que não vem aí mais austeridade. E já agora, como isto está tudo tão bom, quando é que baixa a carga fiscal?

Comments

  1. mjoaorijo says:

    Sem dúvida que não faltarão totós

  2. Nightwish says:

    A menos que o próximo governo tencione violar o TO, vai ter que haver austeridade e não é por pouco tempo.

  3. Rui Silva says:

    Quem está fora do governo sempre diz que não é necessário austeridade.
    Durante a campanha os que estão no governo vão dizer que não há mais austeridade. Vão anunciar o fim da recessão. Vai ser um mar de rosas.
    Mas pense lá um bocadinho, acha possível continuar-mos a acumular dívida para depois andarmos a trabalhar para juros ?
    Quem acredita em contos de fadas vota no PCP/BE e no dia seguinte ás eleições, vai prá manifestação a pedir a demissão do governo e indignar-se que não temos democracia, pois bom bom era os partidos anti austeridade ganharem as eleições e começarmos finalmente a viver em abundancia.

    cumps

    Rui SIlva

    • j. manuel cordeiro says:

      Eu acredito que não é preciso mentir descaradamente na política. E que quem o fez nunca merecerá a minha confiança, diga o que disser. Um mentiroso é um mentiroso. Sabemos perfeitamente que os governos em Portugal não praticam governação transparente, pelo que vale zero quando um mentiroso diz que temos as contas melhores.

      “Mas pense lá um bocadinho, acha possível continuar-mos a acumular dívida para depois andarmos a trabalhar para juros ?”

      Talvez pense que é isso que eu defendo mas não leu isso em post algum que eu tenha escrito. Por intuição, aposto que há uma fortuna do OE que é queimado sem necessidade na miríade burocrática do estado central, local e regional, em coisas, chamemos-lhe assim, que não se traduzem em benefício algum para os cidadãos. Pense nos jobs for the boys, e estes vão muito para além dos gabinetes dos ministérios. E nas obrinhas municipais espalhadas pelo país. Só na minha aldeia já houve requalificações, rotundas, rotundas com estátuas e agora há passadeiras em 3D. Depois existe a duplicação e triplicação do estado com as empresas municipais, fundações e institutos, agora aumentada por este governo com as IPSS, escolas privadas e hospitais privados. Por fim, houve todo este programa com o objectivo de colocar a salvo o dinheiro que a banca estrangeira tinha em Portugal (que foi nisso que se traduziu o empréstimo da troika) e de salvar a banca, o que foi feito quando nem sequer havia risco assinalável (BPN).

      Estes quatro anos de governo traduziram-se numa cruzada ideológica, com Vitor Gaspar a ter feito merda de tal forma logo no início de mandato (os famosos multiplicadores errados) que conduziu o país a uma profunda recessão, com a associada quebra fiscal, a tal ponto que logo a seguir foi preciso realizar o famoso colossal aumento de impostos. Talvez se recorde que foi o próprio autor dessa política, Gaspar, quem se demitiu, afirmado o seu falhanço. Qual foi o verdadeiro fôlego que o país teve? A que decorreu da escassa reposição de rendimentos que o TC impôs.

      Acredito que é possível eliminar determinados gastos, por forma a aumentar o rendimento individual, assim causando uma bola de neve de recuperação. Mas tenho a certeza que nenhum governo, seja PSD/CDS/PS, terá coragem de enfrentar os seus militantes instalados nos diversos aparelhos de estado para o fazer.

      Por isso, pense lá um bocadinho, acha possível continuar a fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes?

      • Rui Silva says:

        Caro j. manuel cordeiro

        Eu acredito que para ganhar eleições é preciso mentir descaradamente, pois as pessoas tem tendência a votar em quem lhe promete mais. Não querem pensar muito sobre as questões, preferem acreditar e depois lamentarem-se. É mais difícil. Pensar dá trabalho e é uma massada.

        Concordo consigo plenamente em relação aos gastos exagerados até ilegítimos na máquina burocrática e claro nos “jobs for the boys” e nas “obras estruturantes” que se fazem por todo lado sem qualquer critério de racionalidade. Condeno igualmente tal miríade de institutos e fundações de caracter duvidoso, etc.
        Já não concordo consigo quando (me parece) defende que não devíamos assumir as dívidas que temos em relação aos bancos sejam eles estrangeiros sejam nacionais. Os bancos trabalham com dinheiro que não é deles ( inclusivamente com algum -pouco infelizmente- meu). Quando emprestam estão a emprestar dinheiro dos seus depositantes, logo tem que o recuperar sob pena de lançarem para a miséria os depositantes que lhes confiaram as poupanças.
        Concordo que os bancos falidos não deviam ser resgatados com dinheiro do contribuinte.
        Em relação á demissão de Vitor Gaspar, penso que está a racionalizar mal. Quanto a mim o individuo demitiu-se apenas porque não estava para aguentar a pressão, depois de ter um lugar á espera , mais bem pago e sem aborrecimentos ( a demissão seguiu-se a um episodio mundano em ele e a família foram insultados por alguém num supermercado).

        Em resumo penso mesmo que se queremos algo de melhor temos mesmo de deixar de fazer o que se tem vindo a fazer desde á décadas.

        Não acredite nos “multiplicadores”. Geralmente por cada multiplicador anunciado existe um divisor escondido.
        Eu só acredito que consigamos melhorar a nossa condição se conseguirmos aumentar a nossa produtividade ( prodizir mais por menos). Qualquer alternativa a isto são mentiras que apenas nos iludem e nos atrasam, e apenas servem para ganhar eleições.

        cumps

        Rui Silva

        • j. manuel cordeiro says:

          “Eu acredito que para ganhar eleições é preciso mentir descaradamente, pois as pessoas tem tendência a votar em quem lhe promete mais.”

          Bem, não me considero discípulo dos ensinamentos de O Príncipe de Maquiavel.

          • Rui Silva says:

            A natureza humana vai mudando mas muito lentamente. Penso que temos que aceitar isso. Vivemos um tempo em que a esperança no esclarecimento é quanto a mim maior, tendo em conta as evoluções tecnológicas, desde que se consiga p.e. que a internet não seja regulada.

            cumps

            Rui Silva

    • Nightwish says:

      E eu a pensar que a austeridade tinha aumentado a dívida em 30 ou 40%, além dos trabalhos de Alessina, e Kenneth e Rogoff terem sido provados como completamente ao lado da realidade…
      O Rui que pense lá um um bocadinho, é possível crescer sem investimento? É possível crescer quando as empresas estão todas falidas e os clientes também? Quando a produtividade cai porque as pessoas não estão à espera de ter futuro e os melhores já cá não estão, onde ninguém cria empresas porque não há dinheiro?
      E, um bocadinho mais além, é possível ter crescimento numa moeda que nos obriga a ser pobres?

      • Rui Silva says:

        Caro Nightwish,

        Você nem parece socialista ?
        Apos um larguíssimo período em que o estado investiu (interferiu na economia ajudando os seus compadres), á espera que os “multiplicadores” funcionassem, de tal forma que faliu o país, você estava á espera que fosse no período de intervenção da Troika que o crescimento surgisse. Este período já pode ser considerado bom, se conseguirmos sair da péssima situação em que estamos.
        Mas deduzo pelo seu comentário que o governo devia continuar a “subsidiar” a economia (empresas sem dinheiro) á espera que desta vez a coisa resultasse.

        Veja que a dívida só podia crescer. Ainda não tivemos , mesmo durante a intervenção , nenhum ano de superavit. Ou seja , sempre que temos défice a divida aumenta.
        Além disso, haviam muitas dividas que não estavam contabilizadas como dívida pública que tiveram de ser considerados e que estavam “debaixo do tapete”.

        cumps

        Rui SIlva

        • Nightwish says:

          Mas a austeridade era para curar o défice, não para a manter acima dos 3% à custa de imenso desemprego na mesma.
          E eu não sou socialista, sou socialista libertário, sff.
          Investir na economia não é a mesma coisa que fazer negociatas que pouco ou nada acrescentam ao estado da economia, educação, cultura e demais externelidades. Nem este governo tão pouco parou de o fazer, alimentado largas clientelas de advogados e entregando monopólios por meia dúzia de tostões e muitos lugares na administração, só para dar dois exemplos.
          E de que “péssima situação” é que saímos se há mais fome, se destruiu a educação e a investigação (fora e dentro das empresas), se os mais educados e mais experientes fugiram ou foram empurrados para fora do país, o desemprego torna a segurança social insustentável, as crianças só comem na escola, é impossível andar na rua sem ver imensas pessoas sem ter onde cair mortas e que nunca mais serão productivas e onde os que trabalham trabalham com cada vez mais desmotivação e são tratados como sacos de pancada e se continuamos a mandar todo o dinheiro dos impostos para a banca usuária e demasiado grande para ter responsabilidades no que quer que seja?

          De onde é que saímos, afinal, e para que maravilha caminhamos?

          • Rui Silva says:

            Só gostava de saber o que á socialismo libertário(!). Será que já descobriram um socialismo que não precise do dinheiro dos outros ?

            cumps

            Rui Silva

          • Nightwish says:

            Há muitos tipos, é ir à wikipédia e ler.
            O dinheiro, antes de se começar a roubar aos pobres, imprimia-se, como devia saber.

          • Rui Silva says:

            Imprimir dinheiro sem valor real é roubar caro Nightwish.
            Mas como no socialismo não há propriedade privada, o verbo “roubar” nem sequer deve existir.

            cumps

            Rui SIlva

          • Nightwish says:

            É? Não o vejo, nem ninguém de direita, a queixar-se de a banca criar dinheiro a partir do nada e roubar o valor do resto da sociedade.
            Mau mau é quando é o estado a fazê-lo para o bem comum, claro está.

          • Rui Silva says:

            Nunca é para o bem comum Nigtwish. Você ainda não viu isso. É para o bem de alguns.
            O dinheiro que sai da impressora vai direitinho para a especulação. Você acha que tendo eu dinheiro para investir, me vou sujeitar a montar uma empresa com todo o trabalho que dá e riscos que se correm, se posso confortavelmente investir na bolsa, que com muito menos trabalho e maior rendimento?

            cps

            Rui SIlva

          • Nightwish says:

            Se o Rui acha que pode ganhar dinheiro na bolsa ainda é mais idiota do que eu pensava.

          • j. manuel cordeiro says:

            “Enquanto no Capitalismo a sociedade evolui no sentido de maior bem estar, que chega a todos, mesmo que seja de maneira desigual .”

            Isso é assim em Marte? Mas olhe que cá na Terra não correu bem. Veja o que se passa, por exemplo, num baluarte capitalista:
            45 Million Americans Still Stuck Below Poverty Line: Census

          • Rui Silva says:

            45 Milhões de pobres com carro , telemóvel, casa com tv a cores, escola para os filhos etc.
            Nada mau.
            O limiar da pobreza nos EUA é o equivalente á classe média da Venezuela, e a um médico em Cuba por exemplo.
            Você não vê todos os dias os americanos a tentarem atravessar a fronteira para irem para o México ?

            cumps

            Rui Silva

        • j. manuel cordeiro says:

          Nada como olhar para os extremos para perceber as tendências.

          No extremo do socialismo não existe propriedade privada e a riqueza é distribuída por todos. Na prática, há uma oligarquia que se apropria dos recursos e as assimetrias quanto à distribuição de riqueza na população são enormes.

          No extremo do capitalismo não existe propriedade pública e a riqueza é distribuída em função do mérito individual. Na prática, há uma oligarquia que se apropria dos recursos e as assimetrias quanto à distribuição de riqueza na população são enormes.

          Na verdade, olhando para os resultados, não há diferença entre os extremos do socialismo e do capitalismo, pois nem as pessoas são perfeitas nem o mercado é perfeito.

          É preciso um equilíbrio. Nenhum poder pode ser absoluto, seja do estado, seja do mercado.

          • Rui Silva says:

            Mas caro j.manuel Cordeiro,
            Há uma grande diferença.

            Enquanto no Capitalismo a sociedade evolui no sentido de maior bem estar, que chega a todos, mesmo que seja de maneira desigual .

            No Socialismo a tendência é a evolução no sentido do empobrecimento, atingindo todos, especialmente aqueles que se pretende beneficiar.

            cumps

            Rui SIlva

  4. martinhopm says:

    «Todos os dias os ministros dizem ao povo/Como é difícil governar. Sem os ministros/O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima./Nem um pedaço de carvão sairia das minas/Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda/Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida.Sem o ministro da Guerra/Nunca mais haveria guerra. E atrever-se-ia a nascer o sol/Sem a autorização do Fuhrer?/Não é nada provável e se o fosse/Ele nasceria por certo fora do lugar.», parte 1 do poema «Dificuldades de governar», de Bertolt Brecht.
    É só transpor para Portugal, hoje.

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