Lavar mais Blanco

Este gajo não se cansa de passar vergonhas.

Os impostos não servem para financiar esses serviços. Antes servissem! Servem, fundamentalmente, para abater na dívida pública. Se os impostos servissem para financiar os serviços públicos, os mesmos não estariam na situação dramática em que se encontram.

Portugal é um dos apenas três países da Zona Euro que promete cumprir a regra da dívida até 2026” já diz tudo sobre para onde vai o dinheiro que os portugueses pagam em impostos.

Já agora, convém esclarecer o porquê da classe média pagar tantos impostos: a economia nacional foi quase toda privatizada desde a década de 80 até hoje. Ora, com a privatização da grande maioria das empresas-chave de sectores estratégicos, a única opção para encher os cofres ao Estado é sobrecarregando a população, neste caso a classe média, com impostos. Impostos esses que que quem controla os sectores estratégicos da economia, por norma, não paga (levando esse dinheiro para offshores, paraísos fiscais e fundos de investimento de origem duvidosa).

Liberais, parem de tentar iludir e enganar as pessoas. Infelizmente, o deputado Bernardo Blanco bloqueou-me nas várias plataformas e não lhe posso ensinar estas coisas directamente.

Amigos, a solução não é mais liberalismo, é exactamente o contrário, pois foi a liberalização da economia que nos trouxe a este Estado lastimável. A solução da Iniciativa Liberal, que quando fala em baixos salários nunca propõe subir os mesmos, mas sim diminuir a carga fiscal (aos que já têm salários acima da média), passa pela privatização destes serviços para os entregar a quem querem aliviar a carga fiscal, ou seja, aos donos disto tudo.

Chama-se a isto “lavar mais Blanco”. Mantenham-se alerta: um olho no facho, outro no liberal. Por fim, deixo-vos com gente séria:

A verdade da mentira – e variações em sol maior

Paródia liberal (imagem retirada dos confins da internet)

Antes de acusações de mentira, desonestidade e argumentos cheios de nada, vale mais cingir aos factos.

Aparentemente, ontem menti, num texto dirigido ao deputado único do Iniciativa Liberal, depois da sua triste figura na Comissão de Inquérito Parlamentar, enquanto questionava o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira. Só que tenho de deixar escapar uma inconfidência: não menti.

De facto, João Cotrim Figueiredo foi CEO da PH (Privado Holding) durante 6 meses, em 2009. De facto, em 2008, o banco pediu 750 milhões de euros ao Estado, tendo recebido 450 milhões (sim, foi antes da entrada do CEO do IL, mas não vejo no que é que isso muda todos os outros os factos). De facto, João Cotrim Figueiredo era CEO do banco durante o processo de reestruturação. [Read more…]

Quando o mentiroso é ideológico

«No dia das mentiras, no esquerda.net foi lançado um artigo fiel à identidade do Bloco. O texto é de Bruno Maia, médico neurologista. Também é ativista, claro está. O que podemos ler neste texto é mais uma mentira e uma tentativa de colar os liberais a regimes ditatoriais.»

No preâmbulo do seu último artigo aventaresco, o meu colega Francisco Figueiredo decidiu ir pelo caminho da lama. Tendo o Francisco, como bom liberal que é, uns Stan Smith brancos calçados, desaconselharia o caminho lamacento, envolto em pó e poeira, pelo qual os liberais tanto gostam de caminhar. Desaconselho, por duas razões:

1 – O liberal Francisco Figueiredo não entendeu o texto que leu;

2 – Ao não o entender, mesmo assim, sentiu-se tocado pelas “mentiras de sempre sobre liberais”, cito, e, por tal, enfureceu-se escrevendo um rol de disparates ideologicamente mentirosos.

Vamos a factos. No seu artigo, lançado no primeiro dia de Abril, Bruno Maia, médico neurologista, intitulado “A ideologia liberal é antiga”, faz uma analogia entre o que hoje defendem os neo-liberais para a saúde (e basta consultar programas dos partidos para o aferir) e o que defendia e praticava o Estado Novo. O que defende, então, o Iniciativa Liberal para a saúde? Queremos mais liberdade para decidir onde queremos ser tratados.”: é o mote do partido para a sua defesa do reforço dos privados e o enfraquecimento do Serviço Nacional de Saúde; diga-se, é essa a proposta do IL: reforçar o capital, aumentar os custos e deixar morrer, aos poucos o SNS, mantendo-o magro e em serviços mínimos (sim, os Mr. Burns da política dir-vos-ão que não, que o objectivo será manter um SNS de serviços mínimos que garanta aos pobres o seu acesso e, por outro lado, dar mais autonomia aos privados – aqui, dir-vos-ão que o objectivo é que mais gente tenha acesso ao privado). Dado o mote, o partido discorre meia dúzia de medidas que acha necessárias para alavancar a saúde que defendem. Passo a enunciar um par delas: [Read more…]

A que sector da sociedade portuguesa se destinam as fake news?

As fake news em Portugal vivem do Facebook e não de blogues. Estes, quando muito, servem apenas de muleta para a página do Face. E desculpem a crueza, nem podia ser de outra forma.
As páginas de fake news têm como alvo um sector específico da sociedade e que não é de distinção tradicional. As fake news não são nem para a classe baixa nem para a média (se é que esta ainda existe em Portugal) nem para a alta.
É para um vasto sector: os pouco informados. Que se encontram em todas as tradicionais classes. E, por isso mesmo, é o Facebook o seu pasto e não os blogues. Por isso, é um erro (na minha opinião) confundir as fake news com os “Corporações”.
O único ponto em comum é a manipulação.
Mas as páginas de fake news são para manipular através dos utilizadores de Facebook que, por opção (seja ela de que teor for) não estão informados e, como tal, acreditam em tudo o que lhes for apresentado da forma mais inverosímil. Pessoas que não consomem imprensa (escrita ou digital), que não gostam de política, que não gostam de pensar para além do natural da sua vida e do seu círculo. Essas pessoas são facilmente manipuláveis – basta apimentar a coisa da maneira mais….inacreditável.
Por exemplo: reparem no elevado número de pessoas que acreditam e partilham como verdadeiras peças de humor do “Imprensa Falsa” ou do “Inimigo Público” como se as mesmas fossem verdadeiras. Reparem no elevado número de pessoas que partilham como verdadeiras “notícias” sobre a morte de famosos. Antigamente, no tempo dos meus pais, compravam o “Incrível” pela diversão, pelo gozo. Se fosse hoje, compravam como se fosse o único jornal com notícias verdadeiras. Mais, as páginas de fake news, seja em Portugal, seja nos EUA, aproveitam este enorme mercado para transmitir a mensagem que pretendem e usam a plataforma que melhor se adapta em cada país. Nos EUA, é melhor o Twitter, como em Espanha. Já em Portugal, é o Facebook.
Ora, um jornalista que pretende fazer uma peça jornalística sobre o tema e escolhe como ponto de vista os blogues demonstra um total analfabetismo sobre o tema. Demonstra que ainda está no passado. Demonstra que não percebe nada do tema a investigar. [Read more…]

Três notícias convenientes

Santana Castilho

No dia 7 de Setembro, o ministro da Educação reuniu-se com um conjunto de organizações sindicais de professores. Depois dessa reunião inútil, o Governo decidiu, unilateralmente, apagar mais de seis anos e meio ao tempo de trabalho efectivamente prestado pelos docentes. À decisão, a que, para cúmulo, chamou “bonificação”, oponho um argumento legal, inscrito na Lei do OE para 2018 (artigo 19º), e dois argumentos, um de natureza ética, mínima, e outro de índole democrática, máxima, a saber: compromisso assumido pelo Governo em 2017 e a resolução da AR, votada por maioria. Que a hipocrisia e a tendência para a traição de António Costa os ignore, não me surpreende, porque é sinal persistente do seu carácter. Que a opinião pública se deixe tão facilmente contaminar pela barragem de falsas notícias, que tão a propósito vieram a público na mesma altura, causa-me uma enorme perplexidade. Será possível que uma sociedade, que confia os seus filhos aos professores durante 12 anos, aceite vê-los serem humilhados de modo tão soez? Poderão pessoas com particular responsabilidade, pelo acesso que têm aos meios de comunicação, deduzir e concluir de modo tão ligeiro e falso sobre a vida profissional daqueles que lhes ensinam os filhos?
Pretendo neste artigo contraditar o colonialismo noticioso, conveniente mas desavisado, de quantos repetem conclusões parciais e superficiais de relatórios que não analisaram criticamente ou sequer leram, tomando por párias sociais os que ousam resistir à tirania política.  [Read more…]

Quando rescindir com a MEO é o Cabo das Tormentas

Li pela net inúmeros relatos, com vários anos, relativos ao comportamento da MEO quando um cliente tenta rescindir o contrato. Apesar desta área estar cada vez mais sujeita à concorrência, a MEO mantém as mesmas atitudes de falta de respeito para com os seus clientes, ignorando que o cliente que está a perder neste momento pode regressar um dia se for tratado com lisura.
Ontem, a MEO começou por recusar-se a receber o equipamento numa das suas lojas – telefone fixo, MEO BOX, router, etc. – com a alegação de que o contrato ainda não fora rescindido.
Pedi então para rescindir, mas não podia ser – tinha de ligar o 16200. Seguiu-se então uma chamada superior a 40 minutos em que tive de falar com várias pessoas. Mesmo depois de dizer que já não estava a usufruir de qualquer serviço da MEO, que tinha ali os equipamentos para entregar, que já tinha instalados os serviços de uma outra operadora, a MEO continuou a fazer-me novas propostas contratuais, novos descontos, novos pacotes.
Quando finalmente consegui convencer a MEO de que ia mesmo rescindir e nada queria negociar, foi-me dito que a rescisão só teria efeito daqui a 15 dias, algo que a lei não prevê. A lei prevê um máximo de 15 dias, mas a MEO assume logo à partida que serão esses 15 dias e não menos. Para poder facturá-los, claro. Mesmo sabendo que já não tenho o serviço, que se recusou a receber os equipamentos, que há outras operadoras que rescindem no momento exacto em que tal é pedido.
Estes senhores não percebem que, se eu quiser voltar à MEO daqui a 2 anos, não o farei porque me lembrarei da forma lamentável como me trataram? Estes senhores são burros?

Dia 1 de Abril

Começa o 36º Congresso Nacional do PSD. Faz sentido.

As pessoas que se enfurecem com a verdade são aquelas que vivem na mentira

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Hoje ao final da tarde estava sossegado no meu escritório a terminar um relatório para regressar a casa quando recebo um telefonema.

Atendi normalmente o telefone. A conversa começou normalmente. Tranquilamente ainda tentei manter a conversa num tom normal mas rápidamente passei a ser insultado aos gritos, seguido de um chorrilho de ameaças e mentiras.

Disse-me tudo o que lhe veio à cabeça e acto continuo desligou o telefone.

Uma atitude de um cobarde que me pareceu ser de alguém que estava de cabeça completamente perdida.

O objectivo será intimidar-me? Está enganado. O que poderá levar uma pessoa a ter este tipo de atitude? Parece-me que apenas o desespero.

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Marcelo desmentido, mais uma vez

Marcelo Rebelo de Sousa está a ter uma pré-campanha difícil, o que é natural, porque está afastado do debate político há muito tempo, tendo-se limitado, no últimos anos, a desempenhar papéis em revistas à portuguesa, acolitado por compères compreensivos. Hoje, foi, mais uma vez, desmentido, depois de, no debate com Maria de Belém, ter citado o deputado comunista João Ferreira, que, na sua página de facebook, explica:

No debate com Maria de Belém, ontem na RTP1, disse Marcelo Rebelo de Sousa: “como disse o deputado comunista João Ferreira, Maria de Belém é ziguezagueante, tem duas caras, faz um discurso à esquerda enquanto procura charmar à direita”. Presumindo que o candidato se referia a este que vos escreve, já que outro João Ferreira deputado do PCP não conheço, cumpre-me humildemente advertir que:
1. Não disse nem o que está acima nem rigorosamente mais nada, publicamente e até à data, sobre a citada candidata;
2. Se o tivesse feito, se alguma coisa tivesse dito publicamente sobre Maria de Belém, certamente não seria que ela “faz um discurso à esquerda”, optaria antes por destacar e criticar aspectos reais do seu posicionamento político.
3. Juro que não sei o que é “charmar”, pelo que dificilmente usaria essa palavra para dizer o que quer que fosse;
4. Não sendo propriamente novidade, mais uma vez se confirma que o candidato do PSD e do CDS alia à sua conhecida (e reconhecida pelos pares) qualidade de cata-vento uma notável capacidade de invenção ou uma delirante imaginação. Ou ambas, melhor dizendo.

 

Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não!

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Informo que tomei esta difícil decisão de não permitir comentários aos meus textos após uma longa reflexão depois de uma campanha inqualificável em que fui alvo de ataques pessoais e profissionais sustentados em escabrosas mentiras, insultado e até ameaçado, quase diariamente, ao longo de vários meses.

Peço desculpa, por esta minha decisão, aos meus companheiros do Aventar e aos leitores que civilizadamente comentavam os meus textos, mas estou convicto que compreenderão esta minha difícil opção.

Eu sou um democrata, defensor absoluto do debate, da pluralidade de ideias e da liberdade de expressão, porém não posso permitir que alguns cobardes aproveitando-se da possibilidade de poderem comentar os meus textos usem esta funcionalidade para diariamente, várias vezes por dia, atacarem a minha honorabilidade e idoneidade pessoal.

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O meu desejo para 2016: a moralização da vida política e pública

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Durante este ano fui alvo nas redes sociais e também no Aventar dos mais violentos ataques com o objectivo de tentarem, colocar em causa, a minha honestidade, verticalidade e dignidade pessoal e profissional, coincidentemente ou talvez não, após uma denúncia que apresentei relativamente ao vice-presidente e porta-voz do PSD, Marco António Costa.

Dizem-me que, primeiro, vasculharam toda a minha vida, da minha família e das minhas empresas.

Como não apanharam nada viraram-se para as redes sociais, a que se juntou mais tarde o Aventar. De forma cobarde, a coberto do anonimato da Internet, através de perfis falsos, área onde pensam ser especialistas, tentaram colocar em causa a minha honestidade e idoneidade pessoal e profissional com escabrosas mentiras, ameaças e insultos vergonhosos, usando os mais variados argumentos.

 

Mas também aqui falharam dada a onda que se criou no país ao lado da minha causa pela moralização da vida política e pública. Foram ” engolidos ” pelo país e pelos portugueses a quem estou eternamente grato pelo seu apoio. Apesar de tudo isto ainda pululam por aí vários cobardes.

Um dos argumentos apresentados por esses cobardes, por sinal o mais ” light “, era que tinha feito a denúncia por uma questão de protagonismo pessoal.

Hoje, no último dia do ano de 2015, tenho que confessar que cedi a essa tentação tendo dado uma entrevista a umas das mais importantes revistas mundiais intitulada ”  Homem Especial “.

Mas como sou sempre de assumir o que faço deixo aos leitores do Aventar, em primeira mão a capa da revista do mês de Janeiro, que a partir de amanhã estará à venda nas bancas em todo o mundo.

Termino com o meu desejo que em 2016 o nosso país passe a ter mais políticos que dignifiquem vida pública e politica.

Votos, para todos os autores e leitores do Aventar, de um excelente 2016 com saúde e sucessos.

Os ” perfis falsos ” nas redes sociais ao serviço dos seus ” donos “.

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No dia 23 de Abril de 2015 apresentei na minha página pessoal no facebook uma denúncia pública, que enviei para a  Procuradoria Geral da República, para o DCIAP para a Polícia Judiciária, relativamente ao porta-voz e vice-presidente do PSD, Marco António Costa. Entretanto esta denúncia deu lugar a um inquérito, confirmado publicamente pela PGR, através de uma notícia na TVI, no dia 15 de Maio. Também como foi tornado público pela comunicação social este inquérito corre termos no DIAP do Porto, encontrando-se em segredo de justiça.

Ontem ao ler aqui o texto do J. Manuel Cordeiro veio-me logo à memória o que passei com a criação de perfis falsos no facebook. O mecanismo que ele relata foi exactamente o mesmo pelo que passei e ainda passo nessa rede social. Esta é a arma dos cobardes que não têm outros argumentos.

Após abertura do inquérito pela Procuradoria Geral da República para investigar Marco António Costa foram usados e criados a um ritmo rápido e crescente perfis falsos, curiosamente com indícios que levantavam fortes suspeitas de terem ligações ao PSD, com o único objectivo de tentar descredibilizar a minha pessoa atingindo o meu bom nome e a minha honra com um chorrilho de puras mentiras.

Neste meu caso chegou a tomar outras proporções, algumas pessoas, através de perfis falsos, tentaram e continuam a tentar intimidarem-me fazendo ameaças veladas à integridade física e à vida da minha família e da minha pessoa, sendo que as minhas empresas são também  alvo, destas mensagens privadas.

Porém este fenómeno da criação de perfis falsos não se resume ao facebook. É também prática comum noutras redes sociais, blogues e fóruns de discussão, sendo que o efeito pretendido, por este tipo de gente, é mais fácil de obter nas redes sociais, pela rápida partilha dos posts pelos ” amigos “.

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A questão é se haverá tótós para acreditarem nas garantias do sr. Passos

Passos garante que não vem aí mais austeridade. E já agora, como isto está tudo tão bom, quando é que baixa a carga fiscal?

Apanhado na mentira, Passos Coelho introduz uma diversão

Na passada segunda-feira, o sr. Passos procurou refazer o passado quanto ao que disse sobre ter incentivado os portugueses a emigrarem. O registo de vídeo não engana e aí está para quem quiser ouvir.

Apanhado na mentira, qual foi a estratégia de Passos Coelho? Negar até ao fim, tal como nega o marido apanhado de calças na mão e a dizer “mas querida, só estamos a falar”.

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Ontem, o sr. Passos voltou a negar e, para lançar a dúvida, puxou de uma suposta citação que lhe atribuiriam sobre a refundação do estado. [Read more…]

Noutros tempos, uma mentira destas passaria. Hoje, há memória digital.

“Há uns quantos mitos urbanos, um deles é que eu incentivei os jovens a emigrar. Eu desafio qualquer um a recordar alguma intervenção ou escrito que eu tenha tido nesse sentido”, disse Passos Coelho ontem.

Ao minuto 2:10. E se houver dúvidas quanto ao sentido, que se ouça do início.

A ideia de mandar os portugueses emigrarem foi transversal ao governo e não um episódio isolado.

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A perna curta de Passos

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Em Mudar, publicado em 2010 pela Quetzal
Mais aqui.

Não, não, o primeiro-ministro é homem de palavra

Hoje: Repôr salários e pensões significaria “reabrir um problema”, diz Passos. No entanto, em Setembro de 2012

O Pelotiqueiro

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No seu artigo no Público de sábado, Pacheco Pereira entende as mentiras do Primeiro Ministro e a densidade que o mesmo concede à sua própria palavra como fruto de uma geração de políticos que se caracteriza por um “amoralismo que não é um pragmatismo”, nem sequer “um oportunismo”, mas “uma ignorância e uma indiferença, um egoísmo obsessivo, mas de muito pouco alcance”. Mais tarde, salientando que a sua vigarice vocabular não é sequer muito sofisticada e que “o dolo é muitas vezes grosseiro”, conclui que é obsceno e imoral o Primeiro Ministro tratar assim as pessoas.

Pacheco Pereira é um esteta e a sua insuficiência enquanto político nesse simples facto radica. A geração de políticos a que se refere quando pensa no Primeiro Ministro não é propriamente amoral porque a ideologia que subscreve é todo um programa de vida que se tece numa extensa rede de cumplicidades. Passos Coelho e os seus acólitos obedecem a um preciso código recheado de imoralidades, nos termos do qual os fins justificam os meios e os meios justificam qualquer fim,independentemente da vítima e mesmo do resultado. [Read more…]

A mentira é uma arma, da burguesia

Mentir, intoxicar, envenenar, enganar.  Os aldrabões de serviço falam de uma taxa de IRC de 31,5%. Mas com os “descontos” é isto que as empresas em Portugal têm pago.
TAXA DE IRC PAGA PELAS EMPRESAS EM PORTUGAL

Objectivo: mandar, só para o ano, mais 220 milhões de impostos para cima da população, aumentando o lucro das empresas.
A ler a explicação e desmontagem do embuste neste texto do Eugénio Rosa (pdf)

Fuga em frente será modalidade olímpica

full_foto_teresa_leal_coelho_3Para se ser político, pelo menos em Portugal, é necessário ser-se especialista na Fuga em Frente, a mais recente modalidade olímpica. Se o Triatlo exige resistência, a Fuga em Frente baseia-se no descaramento.

Aliás, o que fez com que este desporto passasse a ser modalidade olímpica foi o facto de o político aprender a ignorar olimpicamente qualquer mentira, promessa ou contradição.

Mário Soares e Cavaco Silva são as grandes referências, os veteranos da excelência.

Soares, por exemplo, critica o FMI e austeridade, passando uma aparente esponja sobre o seu passado como primeiro-ministro. O mesmo Soares, depois de ter arrumado o marxismo numa gaveta e depois de ter vivido imperturbável os anos em que José Sócrates aplicou receitas de direita, arvora-se, agora, em unificador da esquerda.

Cavaco, depois de ter contribuído para a depauperação do tecido produtivo, transformou-se no defensor do regresso à agricultura e de outras actividades para cuja quase-extinção contribuiu.

Ontem, num debate da SIC Notícias, Teresa Leal Coelho, exímia praticante da modalidade e fervorosa atleta da bancada do PSD, mostrou estar à altura dos melhores, ao desvalorizar o facto de Passos Coelho ter faltado a todas as promessas que fez e ao afirmar, com magnífico descaramento, que as políticas actuais foram impostas ao governo. Trata-se de uma séria candidata à medalha de ouro.

Assim, o futuro de Portugal na Fuga em Frente será, com certeza, radioso.

Passos admite que mentiu

Uma promessa eleitoral foi reconhecida como não cumprida. Faltam apenas todas as outras.

Quero mentiras novas

figasEm plena semana pascal, enquanto a Europa versão euro falece em Chipre e as putas dos costume defendem Markel porque ainda não tinham nascido quando os pais defendiam Hitler, anseio pelo 1º de Abril.

Marcelo Rebelo de Sousa é basicamente um mentiroso compulsivo, a política, entendida aqui como o jogo do rotatitividade do poder e dos interesses, circula-lhe nas veias a uma velocidade estonteante, e ele nem repara nisso. Por isso mesmo é o mentiroso mais bem pago em Portugal, e ninguém se escandaliza com o facto, que o coloca de resto a caminho da sua outra especialidade, a derrota eleitoral, nas próximas presidenciais.

Os máximo que as televisões portuguesas concedem em termos de pluralismo políticos (a que todas estão obrigadas) é oferecer a outro caramelo do mesmo quilate mas sempre do outro partido de alterne o mesmo tempo de antena. A comunicação social em Portugal funciona na roda livre dos negócios (olha o António Vitorino), não cumpre os seus deveres (que eu saiba nenhum partido ganhou a concessão de um canal de tv), e ninguém repara nisso.

Neste mesmo país aquele que era até há bem pouco tempo o pior dos chefes-de-governo pós-74 regressa hoje de um breve exílio. É obviamente um direito seu, e claramente uma opção sua que demonstra o que é: um carreirista irresponsavelmente ambicioso, sem escrúpulos de se exibir contra todas as evidências do efeito que vai causar. [Read more…]

Dívida pública aos professores

O Ricardo Campelo de Magalhães (RCM) publicou um texto simplório acerca dos protestos que a FENPROF iniciou esta semana. O João José já teve oportunidade de tecer alguns comentários pertinentes.

RCM limita-se a repetir preconceitos anti-docentes e/ou anti-sindicais: os professores não devem protestar porque ganham mais do que a média; a quebra de qualidade na Educação deve-se “à pedagogia laxista vigente”; as pessoas não têm filhos porque gastam muito dinheiro nos impostos que servem para sustentar inúteis como os professores ou os banqueiros (uma mistura que é um truque, claro).

É bom não esquecer que RCM é um economista de direita com ligações ao arco do poder, ou seja, integra um conjunto de profissionais que, sistematicamente, falham previsões, usando como bodes expiatórios a classe média e algumas classes profissionais alegadamente privilegiadas.

Façamos um pouco de História: em primeiro lugar, o Estado, controlado por dois partidos e meio, tem desperdiçado em inutilidades e favores os dinheiros entregues à sua guarda. Depois, os vários ministros da Educação, com destaque para os dos últimos três governos, têm afogado as escolas em burocracia, em legislação mal concebida, em alterações constantes, criando um clima de agressão e de instabilidade permanente. Pelo meio, jotinhas, politiquinhos e economistas espalham mentiras como as de que os professores trabalham vinte horas por semana e têm turmas de oito alunos (é para isso que serve a divulgação dos chamados “rácios”).

Para além disso, os professores têm sido sujeitos a vários congelamentos de carreira, a cortes salariais, a aumentos de impostos, ao desperdício dos seus impostos em apoios a bancos, enquanto financiam o próprio patrão. Se somarmos a tudo isto vários elementos intangíveis que servem para aquilatar do valor de um professor, a dívida do país à classe docente é monstruosa (nesta última ligação, aconselho a leitura de um comentário longo do José Luiz Sarmento). Conclusão: os protestos dos professores pecam por defeito.

Alemanha separa bancos comerciais da banca de investimento

Por cá devemos estar à espera de autorização do Ricardo Salgado, ou do Fernando ‘Sensibilidade’ Ulrich. (Ver por que motivo isto é importante aqui.)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“O que o país precisa para superar esta situação de dificuldade não é de mais austeridade. Portugal já vive em austeridade.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
Visto aqui e lido aqui.

Ainda havia material para mais uns textos e lá voltaremos, o mais tardar, em 2015. Já sabem responder-me a esta pergunta?

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“A politica de privatizações em Portugal será criminosa nos próximos anos se visar apenas vender activos ao desbarato para arranjar dinheiro.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
Visto aqui e lido aqui.

(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“Não se pode manter o país a gerir a austeridade sem reforma estrutural, sem crescimento.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
Visto aqui e lido aqui.

(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“Eu penso que não é dito que os salários mais baixos da função publica possam não perder poder de compra, isto é serem actualizados apenas pelo nível da inflação; e portanto só há duas maneiras de fazer isto: tributar mais, também, o capital financeiro, com certeza que sim.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
Visto aqui e lido aqui.

(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“Aqueles que hoje cumprem, esses não têm a ajuda de ninguém, esses pagam a crise. Esses têm de pagar mais impostos.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
Visto aqui e lido aqui.

(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“…. de tratar os Portugueses à bruta e de lhes dizer: agora não há outra solução, nós temos um défice muito grande e os senhores vão ter que o pagar.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
Visto aqui e lido aqui.

(continua)