Política mesmo (assim)

Ontem, no Política Mesmo, José Luís Arnaut teve dia aziago. O tema era a situação da Grécia e os convidados eram, não porque a TVI tenha grandes escrúpulos democráticos, mas porque gosta de fogo de artifício, divididos num suposto esquerda – direita. A esquerda presente era facilmente identificável: Ricardo Pais Mamede e Mariana Mortágua. À direita é que as coisas se complicavam. Além do “moderador” – Paulo Magalhães, a mim não me levas – brilhava o mui ínclito José Luís Arnaut e, porventura julgavam eles, Francisco Seixas da Costa, diplomata por vocação, gastrónomo por devoção. Se julgavam isso, saiu-lhes mal a festa. Já por várias vezes tenho apreciado o equilíbrio das posições de Seixas da Costa, designadamente em política internacional. Não decepcionou, mais uma vez (ou melhor, se alguém saiu decepcionado, não foram aos espectadores). Os verdadeiros diplomatas vão rareando e, em situações como a que se vive hoje, isso é dolorosamente evidente.

Comments

  1. Filipe says:

    Vi. Aquele Arnaut é inqualificável. Mas com uma peculiaridade: não consegue enganar ninguém. Olha-se para a expressão e para os olhos e percebe-se logo… (o passos coelho tem muito mais jeito). Daí que talvez até nem seja uma má ideia colocá-lo em debates destes. Por muito que me custe ouvir o palerma falar.

  2. Fernanda says:

    O sorriso provocador do início foi dando lugar a uma maior, como hei-de escrever, “compostura”?

    Um bom vídeo para análise sobre tacticismos em debates. Confrontado, o Luís A. foi mudando ligeiramente de discurso e o sorriso escafedeu-se no final.

    F.S. da Costa lá esteve, alternando críticas às instituições europeias e à UE e ao governo grego, num sufoco constante em repetir as responsabilidades dos gregos, não fosse igualado ao inenarrável Luis Arnaut.

  3. moimeme says:

    o asnou é mesmo asno…

  4. anonimo says:

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