O idiota útil

É sempre o mais perigoso dos idiotas…

Cavaco e o pró-forma eleitoral

O Cavaco Silva de hoje não teria aceitado tomar posse em 1985 à frente de um governo minoritário. Com o que teria inviabilizado uma maioria absoluta do seu partido nas eleições seguintes. Foi com um governo minoritário que Portugal entrou na então CEE, na Europa, como hoje se gosta de dizer. O Cavaco Silva de hoje tem a memória curta. Muito curta. O Cavaco Silva de hoje é um arremedo do Cavaco Silva de 1985. Décadas de exercício do poder retiraram-lhe lucidez e discernimento. O corajoso que em 1985 foi empurrado para a liderança do PSD, que aceitou formar governo e tomar posse em condições minoritárias, tornou-se num político medroso, autoritário e sem estamina. E, pior que isso, capaz de usar o cargo que lhe foi confiado como Presidente da República para condicionar a democracia, para condicionar a liberdade de voto, para condicionar consciências, usando a sua posição institucional para impor os seus desejos. [Delito de Opinião]

Um bom retrato da mão por trás do arbusto, como diria de novo Sócrates. Mas à “coragem” de 1985, chamar-lhe-ia  calculismo, dado o que se sabe da operação “congresso da Figueira da Foz”. 

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Peixe cru

Eu não como sushi e não se trata apenas de uma questão de gosto. Entendo que seria uma grande falta de respeito para com esses destemidos hominídeos do nosso comum passado, que consagraram gerações ao esforço de produção e conservação do fogo, se eu ignorasse esse extraordinário avanço da humanidade para dedicar-me a comer peixe cru. [Read more…]

Raul Vaz e o Contraditório

A Antena 1 emite às sextas às 19 um programa de comentário político (nos dias em que não haja bola, porque prioridades são prioridades), o Contraditório, no qual participam actualmente Ana Sá Lopes, Luís Delgado e Raul Vaz.

A ideia do programa consiste em apresentar os temas da semana e ouvir as interpretações dos comentadores, cobrindo o espectro político, apesar da particularidade de dois dos comentadores se posicionarem à direita (o Luís e o Raul), o que limita a variedade de opiniões.

É precisamente na diversidade das opiniões onde entra o tema “Raul Vaz” deste post. Não preciso de concordar com as leituras de cada comentador mas acho interessante ouvir os diversos pontos de vista, até para olhar para os problemas por diferentes ângulos. Neste aspecto, tem sido regra, em todas as emissões, Raul Vaz interromper as análises da Ana Sá Lopes, seja com breves à partes e bocas dignas do (mau) comportamento dos deputados nos debates parlamentares, seja inclusivamente com longas interrupções, que subtraem o tempo que seria da Ana. Numa das últimas emissões,  a do dia  10 do corrente, o boicote do Raul ao comentário da Ana atingiu proporções inéditas, com constantes interrupções e repetidamente a falar por cima da análise da sua colega de programa. No programa de ontem tal voltou a acontecer, se bem que em menor proporção. [Read more…]

O RMD explica

“O estado antecipa receita que só teria em 2016. Mas dizem-me que está a correr bem. Só pode estar a correr bem. É como se a GALP cobrasse em 2015 o combustivel que só vou usar em 2016. E me quisesse devolver dinheiro em pontos no cartão Fast.” No 31. Contextualizar com o “triunfo da filha da putice“.