Temos regularmente direito a uma sopa de números sobre o desemprego. Está tudo a correr bem, diz o governo. O INE é confuso, diz o governo. Portugal recuperou, acrescenta o governo.
Nuno Serra fez um trabalho detalhado sobre o emprego e o desemprego, pesquisando os números oficiais e olhando para os detalhes. Separou o emprego efectivo, os estágios que escondem o desemprego (cujo número disparou para 156 mil) e o subemprego registado (que aumentou em 36 mil pessoas). [Louçã]
Engenharia política do desemprego, como já se tinha constatado. Um saco de propaganda. Por isso, faz muito mais sentido falar da taxa de emprego do que da taxa de desemprego. Até porque os desempregados ao deixam de se inscrever no IEFP quando acaba o subsídio mas não se evaporam. E atendendo aos números da emigração (cerca de 450 mil desde 2011), estes números até devem ser conservadores.
Quantos empregos é que achamos que o governo deve criar?
Quanto a mim, nenhum; da ultima vez que tivemos um governo que criou muitos empregos, do incrível Socrates, sabemos como terminou : um pedido para troika vir, pagar os ordenados do mês seguinte.
O Governo, qualquer governo, deverá criar o número de empregos suficiente para funcionar regularmente. Recorrer à contratação sazonal, quando o incremento do trabalho a isso obrigue.
Não deverá criar (arranjar) empregos a amigos, e principalmente não deverá mentir.
O “governo” tem criado de facto muito emprego de “acessorias” de rapazitos a ganhar mais que técnicos superiores e profs e médicos no topo da carreira…
“Quantos empregos é que achamos que o governo deve criar? Quanto a mim, nenhum; da ultima vez que tivemos um governo que criou muitos empregos, do incrível Socrates, sabemos como terminou : um pedido para troika vir, pagar os ordenados do mês seguinte.”
Repare que o sua argumentação não é coerente com o que este governo fez. Especificamente, o que é que acha que é fazer quando se cria um subsídio para empresas contratarem jovens de 1º emprego? E o que é que acha que é criar estágios profissionais (cof, cof) para desempregados saírem da contabilização do nº de desempregados?