Privatizações durante a campanha eleitoral

Caramba, não há uma ponta de decoro. Nem ninguém que meta a trupe na linha – literalmente, já agora.

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Comissão de Trabalhadores diz que CP Carga foi doada e não vendida
Documento entregue no Tribunal de Contas denuncia transferência de activos. Assinatura de contrato foi feita à porta fechada.

Durante seis anos a CP Carga pagou (ou deveria ter pago) 18 milhões de euros anuais à CP pela utilização de locomotivas que eram propriedade desta. Mas pouco antes da privatização, estes activos – avaliados em 88 milhões de euros – foram transferidos para a CP Carga, pouco antes de ser vendida à MSC. Desta forma, enquanto empresa pública a CP Carga pagava uma renda à CP; enquanto privada fica isenta desse pagamento e ainda recebe as locomotivas. (…)

O documento diz ser falso que a MSC tenha pago 53 milhões pela transportadora ferroviária de mercadorias, porque o Estado só encaixa 2 milhões de euros, sendo os restantes 51 milhões destinados a capitalizar a própria empresa. Ora, diz a Comissão de Trabalhadores, a CP possuía em 31/12/2014 quase seis milhões de euros em depósitos à ordem, uma carteira de dívida de clientes a 90 dias de 11,1 milhões de euros e activos em material circulante no valor de 60,9 milhões.

O documento refere ainda que em 2014 a CP Carga recebeu 28 milhões de euros da Refer pela transferência dos terminais de mercadorias para a empresa gestora de infra-estruturas.  [PÚBLICO, Carlos Cipriano, 21/09/2015 ]

Afinal, se a malta da PAF anda tão confiante na vitória, qual é a pressa? Muita coisa não bate certo.

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“Eu não gosto de pagar salários.

Pago o mínimo que puder”.
Patrick Drahi, presidente da Altice, proprietária da PT Portugal.
[Económico]

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