«A Volkswagen

incarnava as virtudes alemãs: precisão, probidade, sucesso económico, paz social e inovação. Agora, a esse estupendo palmarés, deve acrescentar-se uma nova qualidade: a capacidade de dar a volta às regras.» [Euro|topics]

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Comments

  1. O algoritmo da preguiça do Sul da Europa é imbatível!

  2. Nightwish says:

    O que também tem tudo de Alemão, diga-se… Por ex, as regras do euro são para os outros cumprirem.

  3. joão lopes says:

    chama-se burla, e o facto de ser uma empresa alemã..não é mera coincidencia.

    • Ana Moreno says:

      é verdade, uma vergonha este acontecimento, é incrível. A única coisa que é positiva, é que está a ter consequências sérias a todos os níveis. Pode-se criticar muita coisa aos alemães, mas quanto a investigar aldrabices e a aplicar consequências, sim que são bem sérios – basta pensar no presidente federal que teve que se demitir por vagas suspeitas de ter obtido benefícios pessoais… foi depois julgado e ilibado…mas entretanto, a sua vida pessoal e profissional ficou desfeita. Não seria mau em Portugal o desmando ser perseguido com o mesmo rigor e todas as consequências…

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Dizer que isto vai ter consequências sérias a todos os níveis é ser um pouco crente.
        Que vai consequências naqueles que nada fizeram – teve nos Clientes, na credibilidade de um Grupo com milhares de pessoas e terá em muitas fábricas – não tenho quaisquer dúvidas.
        Contudo li hoje de manhã que o Presidente da VW se demitiu, mas leva consigo 60 milhões de euros.
        Esta consequência não é propriamente aquilo que se esperava da seriedade, da justiça e da democracia, digo eu…

        • Ana Moreno says:

          As consequências estão apenas a começar. Referem-se a muita gente e a muitos milhares de milhões a pagar em multas, a perca da credibilidade que começa a ser colocada também no nível político; há já vários tribunais alemães a começar a investigar o assunto e veremos tudo o que daí vai resultar. Quanto aos 60 mio., tanto quanto li isso não é um facto consumado; o que se sabe são os valores imorais dos seus honorários e dos valores de pensão, etc. que já adquiriu. Mas isso – que é mesmo o capitalismo desbragado de que se fala mais abaixo, não é exclusivo da VW… É preciso mais regulação e mais controle, mais de valores humanistas e menos de lei do mais forte – em todos os países e entre todos os países… estamos longe de lá chegar, mas temos que trabalhar para isso, estejamos em que país estivermos e tanto quanto possível sem generalizações simplistas. Votar em quem defende valores mais humanos é apenas uma das muitas actuações necessárias…

          • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

            Tem toda a razão Ana Moreno e a sua análise é correcta. O grande problema é sem dúvida a inexistência de defesas contra o “chico-espertismo” ou seja, como bem diz, a falta de regulação.
            De resto a saída que aponta – mais humanismo – é a minha luta de há muitos anos.
            O problema é que estes yuppies que grassam no panorama industrial, comercial, político e social, têm tendência em ver nas pessoas que pensam como nós, uns castiçosque vivem nas nuvens e não com os pés assentes.
            E agora repare: ao lado de um Papa que pede no Congresso dos EUA o fim da pena de morte, por aqui vão aparecendo os novos masters do trabalho escravo que com todo o despudor afirmam que … “não gosto de pagar salários”.
            Estamos em clara regressão de valores, de volta ao século XVIII, viajando de aviões e discutindo o fenómeno da poluição da VW.
            Incrível, não? Mas o perigoso é que há quem goste.

          • Rui Silva says:

            Cara Ana Moreno,

            Então para si mais controle e mais regulação resolve o problema!
            É mesmo uma questão de fé. Acredita-se e é tudo.
            Você já se esqueceu das escutas da NSA ?

            cumps

            Rui Silva

  4. Nascimento says:

    Chamem o Ruizinho que ele “explica”…. malditos gregos!!!!Só sabem é serem uns trapaceiros, uns vigaristas, uns submarinistas, e mais o raio que os parta!!!!

    • Rui Silva says:

      É no que dá a intervenção estatal numa empresa. Cá para mim sempre gosto mais da Mercedes e BMW

      cumps

      Rui SIlva

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Isto é a ponta do iceberg visível de um tipo de política, claramente o fruto de um capitalismo desbragado e em nada de diferente do que se passou na crise bancária.
        A partir de certa altura, na “pesquisa” da diferença, entra-se no domínio da vigarice. Este tema deveria pôr-nos a pensar sobre quais são os efeitos deste capitalismo sem regras e sem valores.
        Repito: o que se passou nos bancos é exactamente igual ou seja, criação de uma teia de tráfico de influências que conduziu à comunicação de (bons) resultados manipulados.
        O capitalismo selvagem no seu melhor expoente.
        O Papa Francisco no seu discurso no Congresso Americano foi claro neste ponto. Houve muitos aplausos e aqueles irritantes gritos. Mas o problema é que entre as centenas de pessoas que freneticamente aplaudiam, estava a nata da sociedade americana hipócrita.
        Repete-se a história do Frei Tomás.
        Não olhem para as suas palmas, mas para aquilo que ele faz.

        • Ana Moreno says:

          É verdade, os absurdos assaltam-nos a toda a hora e de todos os lados. Se formos fazendo o que podemos contra eles ignorando os epítetos que lhes apraz colocarem-nos, já estamos a fazer o possível… Saudações!

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Pois vai ter que gostar só da Mercedes, pois parece que a BMW foi apanhada na mesma teia.
        Mas amanhã há mais notícias …

        • Rui Silva says:

          Quando as empresas são no todo ou em parte do Estado , não se trata de capitalismo.
          Capitalismo é exatamente o oposto. As empresas são privadas.
          Vocês clamam pela intervenção do Estado. O resultado é o que está á vista, e depois chamam a isso Capitalismo…

          cumps

          Rui SIlva

          • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

            Há várias interpretações abusivas nos seus comentários. Esclareço que o termo abusivas vem no sentido de manifestamente querer passar mensagens que nada têm a ver o que escrevi. Chama-se a isto DETURPAR.
            1 – Escrevi sobre o conceito de capitalismo desbragado e nunca o associei ao Estado, mas a uma forma de pensar e de fazer.
            A sua lição sobre o que é o capitalismo, não cola com o que escrevi. Leia bem, se faz favor.
            2 – Eu não clamo por nada. O Rui é que parece clamar por algo que gostava que eu tivesse clamado. Mas olhe, estou inocente.
            Também aí nada encontra nada relacionada com uma intervenção estatal. Registo, mas não o posso ajudar.

            Finalmente estou de acordo consigo e permita-me parafraseá-lo : ” … O resultado está à vista”. O resto é de sua autoria.
            Cumprimentos.

          • Rui Silva says:

            Caro Ernesto Martins Vaz Ribeiro,

            O que acontece, é que muitas vezes leio os vários comentários, e quando estou a responder a um deles, pode acontecer que na resposta transpareça alguma opinião que de algum modo tenha sido apreendida de outro comentário.
            Não é minha intensão fazer interpretações abusivas dos seus comentários, nem de ninguém, se foi o caso peço desculpa.

            cumps

            Rui SIlva

  5. Ernesto Ribeiro, não lhe dê trela o homem é um provocador. Deve receber à peça. Após o dia 4Out vai ser avaliado…

    • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

      Caro Adelino Ferreira.
      Penso que numa coluna de debate, todas as ideias deverão ser trocadas. Há visões e respeitando-as, esgrimimos as nossas. Desde que haja elevação, não podem existir problemas.
      Abraço.

  6. Peço – lhe desculpa de ter evocado o seu nome Ernesto Ribeiro.
    Fi-lo porque conheço a “actividade” na bloga do rui silva (até me custa a teclar o nome) e porque aprecio os seus comentários aqui no Aventar.
    Conheço bem a actividade na bloga daquele com quem gosta de esgrimir opiniões; está no seu direito, mas não tenho a mesma opinião.

    • ernesto says:

      Não tem que me pedir desculpa por nada e respeito as suas razões.
      Com toda a sinceridade eu defendo que o debate de ideias só é positivo desde que as pessoas se respeitem quando os argumentos se esgrimem. Tenho amigos de todos os quadrantes políticos e respeito-os a todos. E se há coisas sensíveis, não as discuto sob pena das opiniões, sempre quentes, extravasarem os limites da comvivência.
      E por isso mesmo, tenho as minhas ideias, não sou filiado nem nunca me filiaria num partido, porque não gosto de ser limitado no pensamento
      Não temos que pensar todos do mesmo modo e democracia é exactamente isso.
      Sei que sou um idealista, mas quero continuar assim. Abraço e obrigado.

  7. ernesto says:

    Caro Rui Silva.
    A palavra “deturpar” que apliquei tem só e apenas que ver com a associação que fez.
    Esteja à vontade, porque quando eu não estiver de acordo com algo, expresso-o de imediato.
    Deixo-lhe a minha opinião quanto a todo este circo a que vimos assistindo de bancos, falcatruas, vigarices e agora, até os carros. Vale o que vale, mas é a minha opinião alicerçada nos meus 66 anos de experiência por este mundo, no sentido literal da palavra Mundo..
    A Europa alijou a sua verdadeira vocação e entrou numa via que desconhece, copiando um modelo. É um aluno “copião” e portanto, fraco.
    Este modelo funciona muito bem no País de origem que se construiu em duzentos anos, sob uma determinada filosofia, sob uma língua, um povo novo (depois da limpeza étnica efectuada) e um conjunto de pilares reguladores.
    A Europa teve outra via de desenvolvimento. Fez-se construída no sistema do “trial and error” e o desenvolvimento foi progressivo, com muitos recuos e alguns avanços e por isso mesmo é genuíno e próprio.
    Querer mudar um Sistema, substituindo-o por um outro Sistema vindo do outro lado, só porque se cria uma moeda única e meia dúzia de políticos que adquiriram a formação do outro lado e o poder deste, tem graves consequências pela impreparação. É preciso que a par deste movimento, se preparem os pilares do Sistema, para que funcionem e respondam à desregulação sempre feita por “chico-espertos” que os há em todo o mundo.
    E de entre esses pilares, o fundamental é a Justiça. E essa, pelo menos em Portugal (nesta Europa, há poucos países onde a Justiça é efectiva), simplesmente, não funciona e os responsáveis pelo correcto funcionamento das Instituições, assobiam para o lado.
    Esta é a imagem desta decrépita Europa onde, a cada crise, demonstra bem a manta de retalhos que, de facto é..
    Pelos anos 90 do século passado, já eu andava pelos Estados Unidos. Assisti áquela vaga de “yuppies” neo-liberais e desde logo percebi em meia dúzia de anos o que se iria passar.
    O que temos é exactamente isso: um grupo de políticos que só conhecem um Sistema , porque são incultos, e nele apostam tudo para preservarem a SUA continuidade.
    Verdadeiros analfabetos, falam todos a mesma língua funcional, mas não falam a mesma língua da comunicação. Para cúmulo, resumem tudo ao euro, à divida e ao orçamento, os únicos valores que conhecem.
    Pobre Europa que perdeu a oportunidade de ser realmente diferente e ainda, de ser o farol do Mundo, que quase sempre foi.
    Abraço.

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