A freguesia do Muro, no concelho da Trofa, boicotou o acto eleitoral de hoje. As urnas não abriram pelo mesmo motivo que não abriram em várias ocasiões: a linha ferroviária que servia a população desta freguesia foi fechada em 2002 com a promessa da extensão do metro do Porto até à Trofa mas, 14 anos volvidos, nada mudou. Os habitantes desta freguesia perderam o comboio, o metro continua a ser uma miragem e a única opção que resta para os muitos que trabalham no Porto é a problemática e ultracongestionada EN14.
Sou trofense e conheço o problema. A população do concelho vem sendo enganada por autarcas, secretários de Estado e ministros sem escrúpulos que vendem sonhos pré-eleitorais que nunca se concretizam. E a população está farta de mentiras. Mentiras que levaram inclusivamente a um recente episódio de censura e violação da liberdade de imprensa de um órgão de comunicação social local. Os murenses, esses, não brincam em serviço. São enormes.
O Metro em todas as freguesias do país.
Não votar por esta razão é ter das eleições uma visão mercantil.
Votamos se não derem o Metro”. Se não derem não votamos…
Democracia macaca.
Falado como um verdadeiro provinciano da capital…
Falado como alguém do rebanho do padre.
Falado com um verdadeiro troll.
Oh, senhor,
Chamar provinciano é o quê? Uma característica de que vive na província? E isso é?
Claro que, não votar com o argumento que que não têm metro é um argumento mercantil.
Então todas as freguesias tem de ter metro?
Todas as freguesias têm de ter piscinas, aeroportos?
Há um limite para as reivindicações dos provincianos da Trofa-Muro.
Porque não há metro em Valbom? E noutros sítios da província do Porto.
Não se precipite..
Uso as suas palavras para lhe sugerir também que não se precipite Afonso Valverde. Os seus comentários revelam absoluto desconhecimento do problema em questão. Trata-se de uma freguesia e uma população que ficou sem um transporte fundamental para a sua mobilidade com a promessa de ter ligação ao metro do Porto de forma a compensar a perda da ligação de comboio da via estreita. Foram enganados e expoliados.
Porque claramente não conhece os problemas de circulação na zona do Porto, desde a cobragem de portagens no IC29 ao fecho do comboio.
Não era IC29, era outro IC qualquer, refiro-me à agora A29 que não é autoestrada sem ser em nome.
Os argumentos que dá João, eu conheço-os um pouco, mas não são argumento para um boicote a nenhumas eleições.
As eleições são uma ação coletiva que para as termos custou a vida a muita gente. Olhe que não sou comunista. Metro na Trofa? Sim, nada a opor da minha parte.
o seu discurso parece ir noutro sentido. e se as eleições custaram a vida a muita gente, a opção de as boicotar também é uma conquista.
Já devia de haver um mural com o nome das pessoas que perderam a vida em favor da democracia, nem que a extensão fosse do porto a lisboa com os milhares de milhões de mortos. porque ninguém constrói?, nem quando o pcp e o vasco gonçalves estiveram no governo, agora era tempo.
Fiquem sabendo que já ouvi muito especialista em planeamento a falar sobre a matéria e quando são convidados para cargos com poder sobre decisões que defendem como estudiosos fecham-se em copas.
Vai no sentido em que não concordo com o boicote às eleições. A opção de as boicotar não é nenhuma conquista é uma ação social disruptiva. Para mim, a liberdade não é um conceito absoluto. Implica diálogo inteligência para não deixarem enganar-se e nunca desistir pelo diálogo e pelas escolhas. Não escolher boicotando é uma opção não é uma escolha democrática em função dos candidatos em presença.