Orçamento do Estado para 2016: irresponsabilidade, incerteza e riscos relevantes

centeno

© Pedro Rocha/Global Imagens (http://bit.ly/1VewGAx)

Efectivamente, depois de ter aguardado com serenidade, li o Esboço do Orçamento do Estado 2016 e estou de acordo com a avaliação levada a cabo pelo Conselho das Finanças Públicas. Trata-se de um documento com “riscos relevantes”, com opções “pouco prudentes” e que acentua “a incerteza relativa às suas consequências de médio prazo”.

Reflictamos acerca de alguns exemplos deste Esboço:

  1. «a política orçamental caracteriza-se» (p. 1) e «caraterizou a economia na década que precedeu a crise» (p. 12);
  2. «Compl. Reforma Transportes Colectivos» (p. 8) e  «rendimentos coletáveis anuais» (p. 8);
  3. «empresas do sector» (p. 8) e  «desempenho do setor empresarial» (p. 10);
  4. «Poupanças Sectoriais» (p. 8) e «Balanças Setoriais» (p. 4);
  5. «promover a reafectação» (p. 12) e «é afetada através das previsões» (p. 10);
  6. «submetidos em Novembro de 2015» (p. 17) e «apresentação pela Comissão Europeia, em novembro de 2015» (p. 1).

Portanto, ao contrário daquilo que diz o ministro das Finanças, não se trata de «um orçamento responsável».

Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.

AO135

Há cerca de duas semanas, tivemos dois exemplos de adopção do AO135 (45+90). Hoje, temos esta imagem, proveniente de vídeo criado por Daniela Marinho e divulgado pela página do Facebook da candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.

MRS afetos Janeiro

 

O Cavaco é um mono. Um grandessíssimo mono.

Foi o que Marcelo ouviu hoje de uma eleitora. “Acha que sou um mono?” perguntou-lhe Rebelo de Sousa. Não percebi a resposta.

Um orçamento irrealista e que não será cumprido

É o que argumentam PSD e CDS. Os partidos que suportam o governo que falhou todos os orçamentos e metas neles contidos. Todos.

Os suspeitos do costume…

Por agora apoiem o governo e daqui a uns tempos façam perguntas sobre o preço do petróleo nos mercados, combustíveis e culpem as gasolineiras…

Sampaio pode agradecer à Marisa

Spt

Se por acaso Sampaio da Nóvoa passar à segunda volta das presidenciais bem pode agradecer à Marisa o trabalho que ele deveria ter feito e não fez. E esse trabalho era eliminar Maria de Belém na primeira volta. Sampaio foi incapaz de se destacar de Belém por mérito próprio. Em vez de trabalharem na sua estratégia de campanha, os seus apoiantes (não sei se com mandato seu ou não) andaram a mandar recadinhos para dentro do Bloco para a Marisa desistir… Ironicamente, foi a própria Marisa que fez o trabalho que nem Sampaio nem os seus apoiantes foram capazes de fazer. A Marisa matou a candidatura de Maria de Belém.

Sampaio fez uma campanha fraquinha e sofrível. Foi o mesmo Sampaio (na altura António Nóvoa e ainda sem ambições) que descobri num Prós e Contras de 12/12/2011 sobre o ensino superior com a presença do Ministro Nuno Crato, em que foi insípido, inodoro e incolor sobre o tema, exceto quando se gabou exaustivamente sobre o processo de fusão de universidades em que participou (isso foi positivo obviamente) para gáudio do Ministro. Dito isto, obviamente que votarei Sampaio se este passar à segunda volta sem engolir sapos nem rãs (com tino e sem tino), porque tenho a certeza que será fiel aos valores que tem defendido na campanha, embora eu suspeite que ele será um presidente muito fraquinho. Parece-me claro que a Marisa é de longe a candidata de esquerda mais forte e se isto fosse como nos filmes a Marisa mandava agora um sprint até ao segundo lugar e lixava o Nóvoa (bem merecia). Por mim, vou acreditar em filmes até domingo à noite e vou votar com um gosto bestial na Marisa.

Votar em dissimulados? Não obrigado.

marcelo spin doctor

Marcelo, spin doctor

Marcelo Rebelo de Sousa, é público, foi declarado apoiante de Pedro Passos Coelho, Durão Barroso, Cavaco Silva e demais destacadas personalidades do PSD. Ele próprio é um destacado militante laranjinha. Mas, para fugir a uma segunda volta eleitoral, procurou reescrever o seu passado, por actos tais como o afastamento do líder do PSD da sua campanha, pela sua afirmação supra partidária e pela camuflagem da sua vida partidária.

Mas Rebelo de Sousa é, simplesmente, quem sempre foi. Uma destacada personalidade do PSD, que sempre defendeu o seu partido. Os militantes partidários não perdem o direito de se candidatarem por o serem. Mas se procuram esconder a sua natureza, não se queixem de ser apontados por tal. Num contexto onde os políticos, tão despudoradamente, têm um discurso em campanha e uma acção muito diferente no exercício dos cargos, votar em quem se apresenta dissimulado é o primeiro passo para se ter aquilo que não se antecipou. Por isso, não votarei em Marcelo Rebelo de Sousa.

Imoralidade não é ilegal

Por isso Marques Mendes tem explicação para as poucas vergonhas que fez. Mas é incompatível com a política e com debitar verborreia sobre o Estado. Além de, quanto a mim, ali existirem ilegalidades de facto.

Marcelo não é Charlie

MRS

pelo menos não era em 1996:

Vejo com preocupação que num canal com serviço público se encontrem mensagens que podem ser consideradas ofensivas de valores partilhados pela maioria dos portugueses e ofensivas de instituições particularmente relevantes como a Igreja Católica.

E que mensagens eram essas? Nada mais nada menos que um sketch humorístico, igual a tantos outros. Seguramente bem menos ofensivo para os católicos do que os cartoons do Charlie Hebdo para os muçulmanos. Por falar em Charlie Hebdo, vejamos o que tem Marcelo, guardião dos valores e defensor da honra católica portuguesa, a dizer sobre o assunto, quase 20 anos depois: [Read more…]

Once upon a time

dumboDUMBO/Ponte de Manhattan | ©Two Trees Management, via New York Observer.

Ammaia – radiografia de uma cidade romana

ammaia

Documentário da RTP sobre Ammaia, a cidade romana identificada na década de 30 do século XX.

O Ferrari que não sai da garagem

Numa entrevista que Pinto da Costa deu ontem ao Porto Canal ficamos a saber que o Futebol Clube do Porto comprou, durante o Verão passado, um Ferrari por 20 milhões de euros.

Pareceu-me muito dinheiro mesmo tratando-se do carro mítico italiano que tem como símbolo o célebre cavalinho.

Porém Pinto da Costa não se referia a um automóvel mas sim a um jogador de futebol. E esse jogador nem sequer era italiano. Pinto da Costa referia-se ao francês Imbula que tinha sido um presente oferecido a Lopetegui a seu pedido.

Nessa entrevista Jorge Nuno Pinto da Costa afirmou que Lopetegui ” teve o Danilo, o Imbula – que veio por vontade dele, que me disse que era um Ferrari. E eu perguntava-lhe porque razão o Ferrari estava na garagem? Teve o que pediu”.

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Israel prepara-se para anexar mais terreno na Cisjordânia

e destruir estruturas construídas pela UE. Nem um estado, nem dois estados, nem palestinianos, parece ser esse o objectivo.