«Marcelo Rebelo de Sousa mentiu»

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via The Telegraph (http://bit.ly/1n2nrIR)

É esta a acusação (entretanto divulgada pelo Público) que pode ser lida no Esquerda Net, relativamente à «questão da inconstitucionalidade do OE2012»:

No debate desta segunda-feira, na Sic Notícias, Marcelo Rebelo de Sousa mentiu quando confrontado por Marisa Matias, que recordou as declarações críticas do então comentador televisivo sobre o pedido de fiscalização sucessiva do OE2012 entregue pelo Bloco e alguns deputados do PS.

O OE2012?

Lembro-me muito bem do OE2012 e fico feliz por este tema entrar na pré-campanha para as eleições presidenciais. Efectivamente, o Orçamento do Estado para 2012 foi um autêntico precursor do permanente caos orçamental em que vivemos há praticamente um lustro, como se perceberá através de leitura atenta dos sucessores OE2013, OE2014 e OE2015. Quanto ao OE2016, aguardemos com serenidade.

Recordemos que o OE2012 foi um Orçamento do Estado com “caráter acomodatício” e com “carácter universal”, com “setor bancário” e com “sector dos transportes ferroviários”, com “excepto receita de privatizações”, com “exceto ações” e com “acções e outras participações”, com “activos financeiros” e com “ativos e passivos financeiros”, com “interacção dos seguintes factores” e com “interação dos seguintes fatores“, com “despesa efectiva” e com “despesa efetiva“, com “serviços colectivos” e com “serviços coletivos“, com “protecção do meio ambiente” e com “proteção do meio ambiente”, com “contratos efetivamente celebrados” e com “efectivamente paga”, com “duas ópticas” e com “numa ótica“.

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Pierre Boulez (1925-2016)

Floriano

Nuno Calado Mateus

O único homem que exercia um verdadeiro controlo sobre estas coisas era um tipo chamado Floriano. Era ele quem fazia o tempo, provocando, a seu bel-prazer, a chuva, a neve, os dias de sol ou as trombas de água, desencadeando tempestades e canículas, produzindo, com um pequeno esforço extra, leves brisas e temperaturas amenas. As horas vagas, passava-as sentado numa cadeira, a pensar. E pensava coisas espantosas.

Quando um dia, preocupado com algumas ideias esquisitas que me tinham recentemente ocorrido, lhe perguntei qual era, na sua opinião, o futuro da arte, desatou-se estupidamente a rir e respondeu-me que essas coisas ninguém as podia adivinhar. Ele sabia. [Read more…]

O homem da vermelhinha

Eu como professor de direito teria muita dificuldade em dizer duas coisas diferentes sobre a mesma questão jurídica“. Ok. Mas um Presidente da República pode dizer o que quiser. Por isso é que Marcelo já era Presidente da República antes de ser professor de direito. E de nascer.

Uma justiça de carinho

justica_portuguesaMarco Faria

A Justiça portuguesa é isto: A, descontente com o fim do namoro, mata B (a data foi 11 de Outubro de 2013 e é irrelevante, ou não). O Tribunal de Braga condena A por homicídio qualificado e profanação de cadáver. A é condenado a uma pena de 21 anos de prisão efectiva. A defesa de A recorre e o Tribunal da Relação de Guimarães baixa a pena para 12 anos e 3 meses. Leio ainda que a «acusação, deduzida pelo Ministério Público, refere que o arguido conduziu a vítima até à serração, onde primeiro a terá tentado matar a tiro. Como ela não morreu com os disparos, o arguido amarrou-a e estrangulou-a, após o que, e ainda segundo a acusação, a meteu num forno.» A Relação reduziu a pena por considerar «que o arguido tem ‘muitas circunstâncias a seu favor’, entre as quais não ter antecedentes criminais e fazer parte de uma família ‘bem estruturada e referenciada como exemplar. Há a esperança fundada de que a atenuação especial da pena trará vantagens para a reinserção social do arguido’», cita o acórdão dos juízes desembargadores. A Relação de Guimarães decidiu aplicar o regime penal especial para os jovens, e por isso, determinou uma pena inferior (e retira 8 anos e nove meses à pena inicial). Pormenores processuais… A cereja no bolo vem da Defesa: alega que «o crime de profanação de cadáver deve cair, sublinhando que o arguido, após meter o cadáver no forno, o cobriu com um lençol, uma atitude que considera configurar ‘um último gesto de carinho e de respeito’ pela ex-namorada.»
O Supremo Tribunal de Justiça ainda vai a tempo de repor algum bom senso, ou será que o crime compensa?
Será que a Justiça portuguesa é uma instância de carinho?

Um favor aos corruptos

Será que Paulo Morais não entende que ao fazer as suas inverosímeis generalizações sobre o tema da corrupção ( “o Parlamento é uma central de negócios e corrupção” em que “todos os grupos parlamentares estão envolvidos”) está, não só a enunciar um juízo grosseiramente falso como, ao misturar tudo no mesmo granel, a fazer um favor aos corruptos? Ou sabe? – o que é pior.

A beatificação de Marcelo Caetano, por Marcelo Rebelo de Sousa

MRS MC

Se Cavaco Silva era um cidadão perfeitamente “integrado” no Estado Novo – e se dúvidas restassem, a contradição entre rejeição da atribuição de uma pensão a Salgueiro Maia e a atribuição de uma pensão por serviços “excepcionais e relevantes” a dois ex-inspectores da PIDE/DGS fala por si – um fascista praticante portanto, Marcelo Rebelo de Sousa não lhe fica muito atrás e será, no sentido facho da coisa, o candidato ideal para suceder a Cavaco.

Regressemos a Fevereiro de 2009. No colóquio “Tempos de transição”, dedicado à vida íntima de Marcelo Caetano, da qual Rebelo de Sousa fez parte, tendo o seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, amigo de Caetano e destacado fascista, desempenhado inúmeras funções na estrutura dirigente da ditadura, da Mocidade Portuguesa ao Parlamento-fantoche do Estado Novo, passando pelos ministérios da Educação, das Colónias, Saúde e Assistência, Corporações e Previdência Social, o agora candidato à presidência da República não poupou nos elogios a uma das figuras maiores do regime opressor que impôs ao país um reino de ignorância, manipulação e terror durante quatro décadas. [Read more…]

«Posso levar fruta à vontade?»

O jornal I adoptou o AO90? Não. O jornal I, como J. Norberto Pires, adoptou o AO135 (45+90), também conhecido como AO3935 (1945+1990). O aspecto do AO135, também conhecido como AO3935, é este.

Sobre a Dívida Direta do Estado

A 30 de Setembro de 2015, a Dívida Direta do ESTADO PORTUGUÊS em VALOR ABSOLUTO era de: 225 722 862 435,04 €
Recordo que em Portugal vivem 10 487 289 pessoas e o PIB era, no final de 2014, igual a 173,4 mil milhões de euros.

Tendo por base a informação disponível elaborei este slide, nos quais procurei colocar a informação sobre a dívida direta do Estado, em valor absoluto, bem como informação sobre quem era PM e quem era PR. A análise é algo simplista, mas permite ter uma ideia geral. Simplista, porque ao longo dos anos, nomeadamente desde 2011, muita dívida escondida passou a estar no perímetro orçamental, e existiu ainda o resgate feito pela Troika cujos efeitos na dívida se fizeram sentir nos anos a seguir a 2011.
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Alerta Vermelho

KJU

A imprensa de todo o mundo noticia hoje alegados testes do regime norte-coreano com o que se pensa ser a primeira bomba de hidrogénio produzida por Pyongyang. No comunicado lido pela televisão estatal pode ler-se:

O primeiro teste com bomba de hidrogénio da República foi realizado com sucesso às 10h do dia 6 de janeiro, baseado na determinação estratégica do Partido dos Trabalhadores.

A actividade sismica detectada por diferentes centros de monitorização parece confirmar as notícias e o regime não perdeu a oportunidade para enviar avisos à comunidade internacional: o reforço da capacidade militar/nuclear do exército norte-coreano é para continuar e intensificar. Resta saber, a confirmar-se a posse desta arma, se a Coreia do Norte irá usá-la contra civis desprotegidos e inocentes de um qualquer país militarmente vergado como aconteceu com o Japão em Agosto de 1945. Estados opressores e imperialistas tendem a comportar-se da mesma maneira.