Uma metáfora fantástica de Pacheco Pereira sobre Marcelo.
Continua a rotatividade
Que chegou agora ao topo.
Parece-me que se trata de uma opção verdadeiramente discutível e vejo com bons olhos o movimento #ficalopes.
Hoje inaugura-se um novo tempo no Futebol Clube do Porto
Há muito tempo que defendia a saída de Lopetegui do comando técnico da equipa principal do Futebol Clube do Porto.
Após o manifesto desagrado público contínuo da maioria dos adeptos e depois de tantas asneiras que fomos vendo ao longo da época que tiveram o beneplácito de Pinto da Costa eu já não acreditava que o Presidente despedisse Lopetegui.
Fui surpreendido agora com a confirmação da saída do treinador espanhol sendo que gostava de o ver substituido por Luis Castro, um homem que acredito que poderá ter sucesso nestas novas funções.
Mas esta decisão de Jorge Nuno Pinto da Costa mostra que o Presidente do FC do Porto já não é o mesmo. A partir de hoje passou a mostrar que é pressionável.
Estou grato pelo muito que fez pelo FC do Porto. E foi muito, mas muito mesmo. Mas estou convicto que o dia de hoje inaugura um novo tempo no FC Porto.
Estar na missa ou num debate: duas coisas bem diferentes
Lá na minha rua havia um puto fantástico com a bolinha no pé. Na rodinha, ao meio, nos aquecimentos, era o maior. Fazia coisas que mais ninguém conseguia fazer e quando a bola era só para ele, então…
Mas, houve um dia que começou a jogar futebol, um desporto de equipa, com adversários do outro lado e a coisa começou a complicar. Não estava habituado a ter resposta, a ter gente para fintar e falhou. Nunca conseguiu ser um titular, nem do cinco inicial lá da rua.
Hoje, ao ver o candidato-que-faz-de-conta-que-está-morto a debater com Sampaio da Nóvoa lembrei-me desse amigo de infância.
Mas, com uma diferença – a tareia que o candidato-que-faz-de-conta-que-está-morto levou foi bem maior.
Padrões
Regressa a discussão do aeroporto e a redução da TSU está em cima da mesa. Se aparece uma nova parque escolar fica provado que Sócrates voltou.
Em Espanha é seguro
O Flope foi despedido. E logo agora que as coisas estavam a correr bem. (em actualização). TVI confirma. Sugiro a criação do movimento #ficalopes!
Já que estamos em fase de anulação de erros,
para quando o cancelamento do inacreditável imposto sobre as fotografias digitais?
Sobre a reversão da subconcessão dos transportes públicos do Porto
A agenda do anterior regime era clara: tudo pela privatização, nada contra a privatização. Privatizar, ainda que por meia-dúzia de tostões e de forma pouco transparente, era desígnio nacional.
Porém, quando o ímpeto privatizador se virou para os transportes públicos do Porto, surgiu uma pedra no caminho das forças além-Troika: a justiça portuguesa chumbou o concurso público. Sabidos e versados na arte de combater o poder judicial, os oficiais do exército do esvaziamento do Estado surpreenderam o país com uma manobra arrojada, a poucas semanas das eleições, e decidiram entregar a Metro do Porto e a STCP a privados pela via do ajuste directo. Ouviram-se vozes de contestação entre trabalhadores, sindicatos e autarquias, mas também no seio do PS, do BE e da coligação CDU. Vozes que, combinadas, têm agora representatividade maioritária no Parlamento. Hoje, sem grande surpresa, o governo em funções confirmou a reversão da decisão do anterior e os transportes públicos do Porto foram devolvidos ao Estado. [Read more…]
Milagre?
Cosmética bruxuleante ao serviço das multinacionais
O facto de o mecanismo de Resolução de Litígios entre Investidor e Estado (ISDS) outorgar às multinacionais direitos superiores aos dos Estados e dos cidadãos é de tal modo estridente que levou à articulação de fortes protestos por parte de uma larguíssima franja da sociedade civil europeia, acabando por obrigar Bruxelas a rever a sua proposta a esse respeito no texto do Acordo Transatlântico sobre Comércio e Investimento (TTIP). [Read more…]
Exames para chumbar
Vais-me desculpar, mas a pergunta não é essa – os exames já eram bons se houvesse muita gente a reprovar?
Marcelo, o coerente
Se há personagem lusa que sempre mostrou ao que vinha, essa pessoa foi Marcelo.
Diz o candidato-que-faz-de-conta-que-está-morto: “Privilegiar a Escola Pública é um erro.”
Acrescenta ainda a suprema inteligência do candidato-que-faz-de-conta-que-está-morto que a FENPROF manda no MEC.
Diz que a Liberdade de Escolha é fundamental e subscreveu a aposta de Nuno Crato no ensino Privado.
Agora quer ser Presidente da República.
Ora, não podia ser mais coerente. Há quem o acuse de ser incoerente. Eu discordo. Este senhor é a coerência em pessoa, com direito a foto e tudo, no dicionário ilustrado, algures ali pela letra c.
Ele defende que o dinheiro do povo seja colocado nas escolas privadas. Eu defendo que o dinheiro seja usado para valorizar a Escola Pública.
Ele defende que a Escola Pública, estando maior, está pior. Eu escrevo que a Escola Pública, atendendo à forma como o PSD a tratou, até está muito bem.
Coerências à parte, quando eu for candidato a Presidente irei continuar a defender a Escola Pública. Ele, sendo um não-candidato, mantém a coerência e defende quem o financia.
Por isso, caro leitor, já sabe: se defende o desinvestimento na Escola Pública, seja coerente, vote Marcelo
7 de Janeiro de 2015
Une personne brandit un stylo en hommage aux victimes de l’attaque de Charlie Hebdo lors d’un rassemblement à Paris, le 7 janvier 2015 (Photo Martin Bureau. AFP)
FCP: O Complexo Basco
(Este post foi originalmente escrito numa página de grupo privada de adeptos do FCP nas redes sociais depois da derrota com o SCP. Não era para ser publicado no Aventar mas a pedido de muitos decidi colocar aqui a minha opinião. Actualizada fruto dos últimos acontecimentos)
Para muitos este é um post sobre futebol. Para alguns é um pouco mais do que apenas um post sobre futebol.
Mesmo fazendo um enorme esforço não me lembro do momento exacto em que me tornei portista. A influência do meu pai foi fundamental. Recordo-me do velho rádio onde ouvia os relatos (o Quadrante Norte), das disputas na primária com outros miúdos que eram adeptos do Benfica. E depois, a promessa do meu pai de que aos 10 anos me faria sócio do Porto. E assim foi. Mais tarde vieram os primeiros jogos em que fui autorizado a ir sozinho para o Estádio das Antas, depois com os amigos. As alegrias, as tristezas. E 1987. O ano de Viena, do calcanhar do Madjer, as fintas intermináveis do Futre, do eterno capitão João Pinto agarrado à Taça dos Campeões, da cidade do Porto virado do avesso sem esquecer a loucura vivida em pleno cruzamento da Areosa. Os anos oitenta foram intensos. Não estávamos habituados a tantas vitórias. Já os anos noventa foram de vitórias atrás de vitórias. O início deste século foi um verdadeiro regalo: Taça UEFA, Liga dos Campeões, Liga Europa, domínio absoluto a nível nacional, Mourinho, Deco, André Villas-Boas, etc, etc, etc.
Ao longo destes anos o Porto conquistou títulos, lançou jogadores e fez milhões com receitas de todo o género e feitio. Em todo este percurso iniciado no final dos anos setenta passaram por aqui inúmeros jogadores e vários treinadores. Mas existe algo que fez a diferença: Jorge Nuno Pinto da Costa. Liderou o FCPorto e fez uma autêntica revolução. O clube e todos os seus adeptos devem-lhe muito. Ele personifica o FCP vencedor.
Foram poucos, muito poucos, os pontos onde falhou.
Em todos estes anos (mais de três décadas) de liderança ser um tremendo desafio encontrar falhas é algo verdadeiramente impressionante. Claro que existem. Todos as temos e ninguém é perfeito. Nem ninguém vive eternamente. Embora Jorge Nuno Pinto da Costa tenha conseguido com todo o mérito ficar eternamente na história do Futebol Clube do Porto. Só que o tempo é implacável. Para todos nós, sem excepção.
Nem tudo são rosas nos últimos 10 anos do FCPorto no que toca à situação financeira do clube. Em 2004 o passivo do clube rondava os 82,8 milhões de euros. Em 2013 atingia os 220 milhões. Contudo, nesse período, as vendas de jogadores e treinadores foram superiores a 320 milhões de euros. Em 2014/15 o passivo do FC Porto subia de 220 para 276 milhões.
Ao mesmo tempo, no mesmo período, o Porto batia todos os recordes de vendas de jogadores somando mais de 100 milhões em apenas uma época.
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