O Acordo Ortográfico de 1990 e o perigo

Pol. What do you read my Lord?
Ham. Words, words, words.
— Shakespeare, “Hamlet” (Folio, 1623)

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Como é sabido, iminente e não *eminente. Hoje, de novo, no sítio do costume.

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Hoje? E ontem?

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Se não erra, o Correio da Manhã mente

Ontem, na sequência das suspeições lançadas pelo candidato presidencial Cândido Ferreira, num trabalho de investigação carregado de labor jornalístico, o CM noticiou que “Suiça valida falsa licenciatura de Nóvoa“.

Hoje, sob o inefável título “Nóvoa diz que tem curso na Suiça“, afirma que “Sampaio da Nóvoa confirmou ontem, em resposta enviada ao CM, que a única licenciatura que possui é o diploma em Ciências da Educação pela Universidade de Genebra, na Suíça, em 1982“.

O leitor assíduo do jornal terá, perante isto, que gerir quatro caóticas dúvidas: então a falsa licenciatura foi tirada na Suiça? Ou é mesmo verdadeira mas a única que possui? Se sim, será que é preciso mais do que uma licenciatura para que um cidadão se candidate à Presidência da República? O Tino de Rans terá quantas licenciaturas?

A confusão desvanece-se um pouco com o período seguinte: “Tal como o CM avançou, em Portugal, o candidato frequentou um curso superior no Conservatório Nacional de Lisboa, em 1976, mas que não confere o grau de licenciatura.

Dirá o leitor do CM, se Sampaio da Nóvoa tem uma licenciatura em Ciências da Educação pela Universidade de Genebra e não tem nenhuma licenciatura em Portugal, provavelmente a lei exige que os candidatos à Presidência da República tenham concluído os seus estudos superiores em território nacional.

Não, afinal não é isso.”Sampaio da Nóvoa explica ainda que conseguiu fazer a licenciatura, na Universidade de Genebra, em apenas dois anos porque era um aluno exemplar” Diz ele ao CM que “o curso não tinha uma duração fixa. No meu caso, devido à dedicação total e exclusiva ao curso, consegui concluí-lo em dois anos. É esta, como referi, a minha única licenciatura“.

E é assim que, não havendo na realidade qualquer notícia, fica o caldinho feito para que o leitor crie a sua, fazendo a síntese: Dois anos? Ah, então a licenciatura foi uma borla. Se assim foi, não admira que o homem tenha dois doutoramentos! E que, para os conseguir, os tenha ido buscar, à sorrelfa, lá fora! O primeiro, claro, na Universidade da licenciatura, fica tudo em casa, não é?, e com classificação máxima, como convém para espantar a caça. E o segundo na Sorbonne, pois, e já sabemos como os franceses aceitam teses que nem são escritas pelos próprios. Assim também eu sou reitor, etc.

Há uma norma no Código Deontológico do Jornalista português que diz o seguinte: “5. O jornalista deve assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e actos profissionais, assim como promover a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas.”

Ao não corrigir a notícia da véspera (ela sim, falsa, não a licenciatura) e ao tentar endrominar os leitores apresentando os novos dados como uma confirmação daquela (“tal como o CM avançou, em Portugal, o candidato frequentou um curso superior no Conservatório Nacional de Lisboa, em 1976, mas que não confere o grau de licenciatura”, como se essa fosse a verdade do dia anterior), o CM demonstra que não faz jornalismo, antes descarada mente quando lhe dá na real gana.

 

 

Corre miúda, corre

“A corrida dela é uma metáfora para a minha vida; sempre a mexer-me sem verdadeiramente sair do sítio.” No Purgatório também se escrevem diários.

Prémio “poker face” do ano

Ontem, na companhia – perplexa – de quem nunca tinha apreciado este espectáculo, assisti – por gentileza dos “Altos e Baixos”, do canal Q – a um estarrecedor best of das exibições de Pedro Arroja no Porto Canal. Frente a ele, o rosto admiravelmente impassível desta mulher, Ana Guedes, que tudo suporta sem um grito, um estalo no cretino, um esgar de revolta. Ele abre as penas e aqui vai disto: racismo, fanatismo religioso, misoginia a um grau patológico, reaccionarismo agressivo, estupidez delirante. E tudo a jovem jornalista suporta estoicamente. [Read more…]

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Isto é, o maior número primo actualmente conhecido.

Acordo pornográfico?

Nem o JN escapa.

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Rankings que lideramos

Migrants

Segundo este artigo da Forbes, que cita um estudo da OCDE, Portugal é o membro desta organização que ocupa o terceiro lugar no ranking referente à percentagem da população nativa a viver no estrangeiro: 14%. Na União Europeia lideramos o ranking dos países com a taxa de população emigrada mais alta. Resta agradecer a Pedro Passos Coelho e restante tropa que fez o que pôde para expulsar a piegada toda daqui para fora. Já agora, aquela treta eleitoral do programa VEM, chegou a dar em alguma coisa ou confirmaram-se as previsões e não passava mesmo de propaganda barata?

Mais valia ter continuado de luto

Maria de Belém Roseira rejeita uma campanha de “demagogias e populismos” mas responde à polémica das subvenções vitalícias convidando a eurodeputada Marisa Matias a comparar o seu salário com o dela.

Grandes frases

Sampaio da Nóvoa afirmou ontem que  “Marcelo já negou nesta campanha mais vezes Pedro do que Pedro negou Cristo.” Com a Páscoa à porta, falta saber quem vai parar à cruz.

Domingo, não faltes à festa de despedida

Com a idade, essa teimosa realidade que nos persegue, vamos percebendo que o mundo não é feito em tons simples, não é apenas preto e branco e que, algures ali pelo meio, há uma infinidade de outros tons a pintar o mundo.

Mas, contraditoriamente, há dias em que tudo é muito simples e domingo é um desses dias. Há uma opção a fazer – e sobre essa, escrevo mais à frente – mas, há um acontecimento a que nenhum português poderá faltar: a festa de despedida de Cavaco Silva.

Poderia recorrer a todos os adjetivos normalmente utilizados pelo Bruno de Carvalho e pelo Octávio para valorizar o trabalho das equipas de apitagem, mas  vou ser um pouco mais simpático. Cavaco é oposto de tudo. É o oposto da democracia, da liberdade, da cidadania.

Cavaco é o oposto ao que deveria ser um Presidente da República.

Não poderia, em caso algum, faltar a tal festa e por isso, domingo, vou votar em Sampaio da Nóvoa.

Voto Sampaio da Nóvoa porque:
a) acho que é o tempo de uma pessoa “normal”, um de Nós, alguém que fez a sua vida a trabalhar, poder dar um rumo ao país. Não é “um Deus”, um tipo que não nasceu para ser rei numa república. É apenas uma pessoa;
B) um cidadão que não teve medo, que se apresentou e que fez o seu caminho de forma livre. E, a liberdade é para mim um conceito estruturante.
C) precisamos todos de alguém que valorize a Língua e o espaço da lusofonia como eixo da centralidade que podemos ter no mundo.
D) os direitos humanos, como a saúde e a educação são bens públicos para todos. Sampaio da Nóvoa, como eu, defende o Estado Social, de qualidade, para todos;
E) É um pensador, que quer ser político por Nós, pelo futuro. Diz hoje o que dizia ontem e não está dependente de grupos ou facções. Quem o lê, como eu, há muitos anos, sabe que o seu pensamento é estruturado e estável. Não muda em função do vento;
Fiz a minha escolha há muito tempo e, agora que chegou o momento da FESTA, estou convicto da certeza da minha opção.

E, quanto a Cavaco, ADEUS! Até NUNCA!

Reposição das subvenções vitalícias: como a casta tenta justificar o privilégio injustificável

Casta

A casta recuperou o seu privilégio aristocrata e o incêndio deflagrou na opinião pública. Cientes da indecência e da imoralidade que a decisão do TC constitui, uma decisão forçada pelo pedido de fiscalização preventiva da medida decorrente de um raro momento de convergência entre o bloco central, alguns deputados sentiram a necessidade de se justificar, o que por si só é ilustrativo do peso na consciência que carregam. De outra forma não sentiriam tal necessidade. [Read more…]

A carta do neto Manuel ao avô António

A carta do neto Manuel ao Avô António. Todos os avós e netos deveriam ler esta carta comovente, muito sentida, lado a lado com uma vida linda cheia de partilhas.

Meet the Palins

Palins

A propósito de uma festa de chá da extrema-direita que teve esta semana lugar no Iowa, e enquanto Sarah Palin pedia aleluias à audiência, Donald Trump mostrava-se agradecido pela presença da amiga fundamentalista:

É uma pessoa que conheço e respeito há muito, que tem um marido e uma família incríveis. Não fazem ideia do quão honrado me senti quando soube que ela me iria apoiar. Uma pessoa muito especial.

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Entretanto, no Correio da Manha

SNAP

Via Uma Página Numa Rede Social.

Marcelo, um novo presidente para um tempo novo

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É publico que fui, desde a primeira hora, um apoiante de uma eventual candidatura de Pedro Santana Lopes à presidência da República. Aliás, também como foi público, cheguei mesmo a administrar a página no Facebook – Pedro Santana Lopes 2016 – de apoio a uma sua candidatura.

O actual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tomou, em devido tempo, a decisão pessoal de não avançar com a sua candidatura facto que respeitei pela amizade e estima pessoal que tenho pelo ex-primeiro-ministro e antigo presidente do PSD.

Agora estamos a três dias das eleições. A campanha está no seu final. Esta é a altura de fazer opções. Eu já fiz a minha. No próximo Domingo votarei Marcelo Rebelo de Sousa para presidente da República.

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