António Alves
Devo dizer que os taxistas em geral não me são simpáticos e considero que prestam amiúde um serviço de muito má qualidade. Considero também que o sector dos taxis tem em Portugal uma regulamentação anacrónica, quase feudal como os coutos concelhios que não fazem qualquer sentido em grandes áreas metropolitanas como Lisboa e Porto.
Há uns anos atrás, em conjunto com outras pessoas de uma associação que se dedica à defesa do transporte público, participamos numa reunião com a efémera Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto e sugerimos que fossem terminadas as limitações ao serviço de taxi dentro da área metropolitana.
Sugerimos o metrotaxi. Os taxis registados em qualquer concelho da AMP deveriam poder circular, tomar e largar passageiros, em qualquer ponto da AMP cobrando apenas a tarifa mais baixa. Essa simples medida, acabando com as coutadas concelhias, aumentaria a concorrência entre taxistas, mas também aumentaria o mercado de cada um deles e a oferta aos consumidores.
Todos ganhariam. É uma indústria que tem que mudar e modernizar-se.
A única diferença entre a Uber e outras aplicações do género, que até surgiram antes, é o facto da Uber ter por trás a grande finança internacional (Goldman Sachs) e ter por objectivo desregulamentar totalmente este sector de actividade. Instalar uma selva global onde milhões de infelizes desempregados com automóvel trabalharão para eles, “em regime liberal”, assumindo todos os custos e responsabilidades civil e fiscal. Uma mina que, obviamente, ficará sediada no paraíso fiscal mais próximo.
A mytaxi, uma app que funciona em Lisboa, surgiu antes da Uber e cumpre as regras estabelecidas. Não tem a Goldman Sachs por trás. Este comunicado que emitiram é uma prova de bom senso e uma posição esclarecida e honesta.
“Informação mytaxi
mytaxi – Táxi App (noreply@mytaxi.com) 4/28/2016 Keep this message at the top of your inbox Groups, Newsletters
To: António
noreply@mytaxi.com
Olá António Alves,
Cumpre-nos informar que no dia 29 de abril poderão registar-se alguns constrangimentos no serviço prestado pela mytaxi, devido à greve convocada pelas associações representativas dos táxis – Antral e FPT – para protestar contra os serviços prestados pela Uber. Apesar de sermos alheios a essa situação, pedimos desde já desculpa por qualquer incómodo causado.
Para a mytaxi, o princípio fundamental da prestação de serviços associados ao transporte ligeiro de passageiros passa por cumprir a legislação e as regulamentações em todos os mercados onde estamos presentes, como sempre fizemos em Lisboa.
A mytaxi revolucionou profundamente o mercado internacional dos táxis. Quando arrancámos a nossa atividade em 2009, ainda antes da fundação da Uber, encontrámos muita resistência em sectores mais tradicionais do táxi, e atualmente, apesar de muito menos, continuamos a encontrar. Assim, por experiência própria, estamos conscientes da situação em que se encontra a Uber.
A indústria de táxi é um sector altamente regulamentado e com inúmeras normas para cumprir, onde as taxas de licenciamento e de impostos periódicos são extremamente elevadas. Como tal, é lógica e compreensível a reação do sector do táxi ao tipo de operação da Uber.
A mytaxi considera que o sector do táxi deve inovar e procurar cada vez mais formas de satisfazer a procura, oferecendo serviços de grande qualidade e comodidade. Acreditamos que os modelos atuais de regulamentação necessitam de se adaptar às novas opções e assegurar uma maior flexibilidade. Para nós é claro que o transporte ligeiro de passageiros deve garantir os padrões de segurança e de qualidade e ir de encontro aos regulamentos locais e nunca os contornar.
Assim, conforme exigido por lei, cada veículo da mytaxi passa por revisões periódicas, deve estar sempre em condições ideais de conforto e higiene e tem de possuir toda a documentação legal requerida por lei, bem como todos os condutores profissionais que estão associados ou que pretendem pertencer à mytaxi. Consequentemente, estas regras e leis devem ser aplicadas a outros métodos de transporte de passageiros que se desenvolvem a troco de um pagamento ou com fins comerciais, como é a Uber.
Na mytaxi defendemos sempre o espírito de debate e de moderação perante, o que consideramos ser, um novo desafio da indústria do táxi.
Já sabe que com a mytaxi as viagens de táxi mudaram para melhor e se ainda não o comprovou, experimente agora!
A sua equipa mytaxi”
Hoje houve 3 grandes manifestações conta os clientes de transportes públicos.
Quem defende o cidadão que precisa de ser transportado ?
Rui Silva
Os xulos dos taxistas só querem defender a candongas das licenças. Compram por mill e vendem por 100 a 200 mil. Sem a goldman sachs.
Se o argumento é esse a solução é fácil: o estado voncede mais licenças.
O problema é mesmo esse, os taxistas não deixam que o estado conceda mais licenças, porque dessa maneira deixavam de estar protegidos contra a concorrência.
Veja se os taxistas “lutam” contra as regras que lhe impõem ? Claro que não, uma vez, que os protegem da entrada de novos taxistas.
O proteccionismo é muito prejudicial para toda a economia ( ou seja para toda a gente) menos para os protegidos.
Somos mesmo muito engraçados:
Estamos sempre a protestar contra os “lobbys” mas quando acontece algo contra esses lobbys logo temos a opinião que nada se deve fazer.
Estamos sempre, a bem dizer da inovação , mas só se essa inovação deixar tudo como sempre foi.
Rui Silva
Não são os taxistas que não deixam. O estado é que não prescinde das taxas e impostos que cobra.
E os taxistas alguma vez fizeram “uma marcha lenta” por causa das taxas e impostos ?
Não.
Sabe porquê ?
Porque não são eles que pagam essas taxas e impostos.
cps
Rui SIlva
Xulos é a Puta k te pariu…
Ó totó Alves: dos 40b que vale a Uber a goldman sachs tem menos de 2b. Mas não há nada como meter medo às criancinhas, certo ?
O que a uber vale é virtual. É treta de bolsa. Esfuma se na primeira bolha que estoure. A dívida à gs fica.
Por Pedro Lains,
“Há a ideologia e depois o raciocínio económico. Como diria o outro, (sem ganhos de produtividade) almoços grátis é que não há. Leiam-se os números por trás do negócio: perdas de 1,7 mil milhões de dólares em 3/4 de 2015, financiadas por sítios cheios de dinheiro. Tudo para tirar os concorrentes do mercado e mais tarde fazer os preços. A economia de partilha para totós. A mesma que levou à crise do “subprime”. Aqui: ”
http://www.theguardian.com/commentisfree/2016/jan/31/cheap-cab-ride-uber-true-cost-google-wealth-taxation
Sempre a mesma explicação.
O nosso querido Estado protege-nos dos monopólios, promovendo os próprios monopólios. O Socialismo no seu melhor, viva a contradição, viva a utopia.
O Socialismo nunca acerta porque não quer saber como a realidade funciona. Um monopólio é uma “entidade” altamente instável, a menos que obtenha “ajudas” do poder politico.
Rui Silva
O único monopólio que os cidadãos podem minimamente é o do estado. É por isso que ele é melhor que os outros.
Que o digam os Venezuelanos, Coreanos(Norte) , Soviéticos, Chineses etc.
cps
Rui SIlva
Chamar à colação soviéticos, chineses, coreanos, venezuelanos, cubanos, etc., é pura prova de ignorância, porque mete no mesmo saco coisas distintas, estupidez ou pura má fé porque se esquecem sempre de, entre outros, falar da Noruega e o seu petróleo, por exemplo.
Caro António Alves, então a sabedoria é considerar que o Estado é que é fácil de controlar! Pois está, a meu ver, muito enganado. Veja que as maiores crimes alguma vez praticados contra a humanidade foram praticados por Estados, alguns até eleitos democraticamente ( assim de repente: Alemanha – de Hitler, Venezuela – de Chavez).
Dei-lhe alguns exemplos e claro que para si não servem. Numa coisa você tem razão, não mencionei todos, faltou-me por exemplo o mais óbvio, o Salazarismo, onde a par de outra violências, o proteccionismo a determinados grupos era também a politica praticada. E a intenção é “sempre boa”, proteger-nos da invasão de estrangeiros que querem trazer para cá:
inovação, preços mais baixos, melhor qualidade e abundância.
O que quero dizer é que, os Governos de tendências totalitárias como o Fascismo assim e o Socialismo tem este modo de actuar.
Rui Silva
Continua a misturar alhos com bugalhos. Não é fácil de controlar. É mais fácil apenas. Num país democrático é perfeifamente controlável. Meter Hitler à mistura é uma tentativa tola de enganar os incautos. Porque não mete as actuais sparkassen alemãs? Deixe lá o seu pavloviano reflexo condicionado de neo liberal de bancada em casa e faça uma discussão construtiva.
Quer melhor controlo democrático que aquele que é exercido sobre uma multinacional ou grande empresa ? Basta que não haja proteccionismo por parte do Estado. Sabe porque é que uma empresa é grande ? Porque as pessoas ( podíamos aqui chamar votantes ) precisam e lhes compram os respectivos seus serviços/produtos (votam). Portanto se uma empresa subir os preços , fornecer baixa qualidade , ou fornecer produtos inadequados, as pessoas democraticamente “fecham” essa empresa ( assim de repente pense na Kodak p.e.).
Este sistema democrático só é desvirtuado pela ingerência dos Estados/Governos.
Um caso perfeito é o caso é o que se está a passar com os taxis.
Existe neste momento uma boa alternativa e o Estado via governo vai interferir numa escolha democrática dos cliente, que iriam determinar qual das empresas é que melhor serve os seus interesses.
P.S.: Essa de estar sempre a dizer que não se argumenta , que se mistura alhos com bugalhos, para mim é que não é nenhum argumento. Tudo o que argumentei , se se der ao trabalho de pensar um bocadinho, tem tudo a ver com o assunto, escamotear isso é que me parece tentar ” tapar o Sol com a peneira”.
Já agora diga lá, o que é que tem a ver as sparkassen alemãs com este assunto, para eu não pensar que você mistura alhos com bugalhos.
Cumps
Rui Silva
O único monopólio que os cidadãos podem minimamente controlar é o do estado. É por isso que ele é melhor que os outros.
Este artigo é paleio tipo Daniel Oliveira do eixo do mal