Uma turba passista encheu as redes sociais de indignação, por haver uns quantos socialistas a lamentar a saída de Sócrates do PS, socialistas esses que até elogiaram a governação do ex-recluso. Onde é que já se viu tamanha falta de respeito pelos portugueses?
Importa, contudo, saber onde estava esta malta quando Pedro Passos Coelho cumprimentou Dias Loureiro “de forma muito amiga e especial”, durante uma inauguração em Aguiar da Beira, a que se seguiu uma sequência de elogios do então primeiro-ministro a um dos dois grandes responsáveis por uma das maiores fraudes bancárias da história de Portugal, que custou aos contribuintes alguns milhares de milhões de euros. Estariam ocupados a empreender? Estariam a manipular o Fórum da TSF ou a parir perfis falsos no Facebook? Estariam a observar desde o centro de operações liberal-fascista? Estariam no Panamá a contar notas desviadas através de matrioskas de paraísos fiscais? Estariam a visitar a campa de Salazar? Estariam numa acção de formação sobre como escapar ao pagamento da Segurança Social, ministrada pela Tecnoforma?.
Ninguém sabe.
“Estariam a observar desde o centro de operações liberal-fascista? Estariam no Panamá a contar notas desviadas através de matrioskas de paraísos fiscais? Estariam a visitar a campa de Salazar? Estariam numa acção de formação sobre como escapar ao pagamento da Segurança Social, ministrada pela Tecnoforma?”.
Todas estas hipóteses são possíveis, e até… verosímeis !
A “universidade” de Verão do PSD, é pródiga “a parir gentinha” desta…
Nesta coisa das relações entre as pessoas, existem dois conceitos, acompanhados das correspondentes atitudes, que grande número de pessoas não entende e muito menos pratica, mas frequentemente confunde: lealdade e fidelidade.
Lealdade leva-nos para a solidariedade – na graça e na desgraça -, mas não abdica do espírito critico e, porventura, da admoestação – tem mais a ver com a pessoa, enquanto tal;
Fidelidade tem mais a ver com posição, estatuto, de natureza interesseira e acrítica, porque não interessa que o outro mude. A fidelidade é comportamento dos vassalos, em troca de algum benefício obtido. As religiões e as ideologias exigem fiéis e fidelidades. Por isso o estatuto dá muitos fiéis – resmas e resmas.
Claro que tudo isto, se no dia-a-dia já é de difícil destrinça e uso, em política nem vale a pena falar. Não nos admiremos pois que muitos não entendam certo tipo de atitudes, mormente as manifestações de solidariedade para com a pessoa, apesar do mal feito. Nos seus fracos espíritos, quem é leal, solidário, para com a pessoa, nada mais poderá ser – à sua imagem e semelhança – que fiel.
Vão-se os anéis, também os fiéis; ficam os dedos, também, os amigos, os leais.
Que lindo, ó Caeiro! Li, e tão me comovi, que ca(er)í!
Lágrimas de Crocodilo
“A expressão, como sabem, surge da ideia do crocodilo aparentar chorar pela morte de sua caça, quando na verdade só está tentando saboreá-la o mais rápido possível. As lágrimas são mecânicas, ou seja, com total ausência de emoções ou sentimentos.”
Esta tirada do ZE LOPES faz-me lembrar – não, não sejam maldosos, não é o Zé do Telhado, porque esse sabia o que era lealdade – faz-me lembrar, dizia eu, as lágrimas de crocodilo. Este, chorando de contentamento enquanto devora a sua presa – não sabendo, não é da sua natureza, o que é lealdade – apesar da sua voracidade e ferocidade, tem um receio. Também ele tem medo, precisamente: o hipopótamo, essa força bruta que o rodeia – o mesmo acontece com os fiéis.
Tenho medo é do gajo que manobra o carrossel!
Precisamente. A cada a um o seu hipopótamo – os seus medos.
SE não for V. Exa, não há problema!
Mas quem acha que Sócrates é corrupto tem de ser passista?
Há algum corrupto em Portugal do nível de Sócrates para a troca?
Há !
O Dias Loureiro.
O dias loureiro foi corrupto enquando governante? 1o ministro?
Tinha a ideia que teria sido quando era gestor de um banco privado e nesse sentido seria mais para a troca com Ricardo salgado?
Comparar o incomparável costuma dar nisto.
Sei lá, um presidente e um chefe do banco “central” que estiveram calados invés de tentar poupar 4 mil milhões de euros aos contribuintes, ministros que oferecem monopólios a preços abaixo do lucro de 5 anos, ministros que perdoam dívidas fiscais à sua agremiação desportiva ou ao empregador seguinte, ministros que mandam apagar registos financeiros, presidentes de câmara que fornecem equipamento para a cidade inteira, políticos que vem a espinha e o cérebro por carreiras em Bruxelas… Corruptos não faltam, meu caro.
A mim o que me preocupa é:
Processa a esquerda e arquivasse a direita. Essa é que é essa!
Há uma cambada que sonha com um Caudilho de esquerda.
A caricatura que mais os comove é o 44!
Sim, concordo, mas há mais caricaturas comoventes que o 44! Ó larilas!
E eu revelo apenas algumas: o 33 (idade de Cristo), o 88 (idade do Keith Richards, se lá chegar), o 666 (número do JgMenos, segundo o Apocalipse), o 123658001 (número da Segurança Social da minha empregada doméstica, nos dia úteis) e o 3888875688849991234451 que é o próximo número da taluda da Lotaria segundo a Maya.
Ó Menos! Joga na Lotaria!
44? Será Dias Doureiro?