Soy Maior pero no Idiota – Crónica do Rochedo #50

Carlos San Juan, 78 anos, nascido em Valencia, Espanha. Lidera a campanha “Soy Maior pero no Idiota” contra a forma como a banca trata os seus clientes e em especial os mais idosos num processo vergonhoso de aceleração da transição digital sem respeito pelos clientes.

Juntou mais de 600 mil assinaturas. Chamou a atenção da opinião pública. O Governo ouviu. Parte da banca já recuou. Carlos, 78 anos. Reformado. Um exemplo.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Ainda bem que do outro lado da fronteira alguém nos traz alertas destes. De uma oportunidade única.
    Os mais velhos já fizeram as delícias dos bancos, quando aforrar era a palavra de ordem. Hoje, com juros abaixo de zero por via do BCE, transformam-nos numa espécie de excrescência social. Bom, bom é o consumo e o crédito, mesmo que por vezes se estatelem no chão e depois venham pedir ao governo ajuda para limpar os balanços, ou será mais o ranço(?), que não conseguem cobrar.

    PS. Parabéns, Fernando. Tem brilhado nos últimos tempos.

  2. balio says:

    Pois. No meu banco obrigam-me a usar uma app para fazer transferências de dinheiro. Como eu não tenho um telefone esperto, fico sem poder fazer transferências. (Posso fazê-las, mas somente com multibanco.)


    • Pode usar o PC para essas operações.

      • balio says:

        Não. Só dá com a app. Para confirmar as transferências, tem que ser com a app.
        Atualmente, só consigo retirar dinheiro da minha conta bancária recorrendo ao Multibanco.
        (É o Banco Montepio.)

  3. Carlos dos Anjos Correia says:

    Eu Carlos dos Anjos Correia ,português com 78 anos de idade residente em Faro
    Estou actualmente a ser totalmente ignorado e maltratado pelo Novo Banco
    num caso de recuperação de uma transação que não se realizou e o banco até a data de hoje faz um mês 12/01 que foi enviada não me devolveu a respectiva soma e não me deu explicações
    A minha indignação e revolta é total
    Sou tratado de maneira criminosa para um cliente que vem desde 35 anos de antiguidade

    • joana Quelhas says:

      Pois sr. Carlos , espere sentado e com muita paciência.
      Veja que o novo banco é um estilhaço do implosão da relação “maléfica” Estado/Banca que desvirtua o capitalismo.
      Não se lembra que a derrocado do BES só aconteceu quando o Banco num primeiro movimento não emprestou mais dinheiro ao Governo(Socrates) e num segundo movimento o governo se recusou a ser o emprestador de ultima instancia(Passos Coelho)?
      Foram estas a as circunstâncias do estoiro final…
      Ou seja o Governo serve-se da Banca para pagar as promessas da sua incompetência e a Banca exige a contrapartida de ser protegido pelo governo.
      Num sistema capitalista saudável ( perdoe-me a redundância) o Banco intermedia os aforradores e os empreendedores e o Estado serve para resolver os conflitos de interesse que sempre surgem(provendo Justiça como poder independente , não como por cá…).
      Num sistema Comunista o Banco é o Governo não há conflito nenhum, mas a festa acaba rápido , normalmente com inflação na ordem dos milhões %…
      No nosso caso do socialismo Fabiano o Estado para não falir associa-se aos bancos para escravizar as pessoas extorquindo-lhe cada vez mais .
      Os bancos é onde isto se nota mais, mas igual se passa no pomposamente chamado (enganosamente ) sector empresarial do estado, e PPP´s
      Veja a ultima, do aluguer dos dispositivos de controlo nas auto-estradas (que eram gratuitos , quando queriam acabar com os portageiros). Mas ninguém diz nada , interessante …andam ocupados a ilegalizar o Chega

      Joana Quelhas

      • POIS! says:

        Pois admitamos…

        Que é um belo filme. Direi mais, candidato a vários Óscares, e também Robertos, Afrânios e Zulmiros.

        O argumento deixa-nos preplexos, atalhados e autointerrogativos perante tão inesperados desfechos. Será que Fabiano encontra um novo amor? A Maria Caixa dará uma geral? O noivo Branco continuará a mamar milhões? A Santa Ander aparecerá em cima de um chaparro?

        Quando estreia? Ainda demora muito?

        Que ansiedade, meu deus! Estamos todos em Quelhas!

      • Paulo Marques says:

        Como se quem tivesse sido a favor da privatização e financeirização desregulada da banca fossem comunistas. Claro que sim, Joanita, claro que sim.
        Alias, descobre-se agora que Alemanha, Reino Unido, Suíça, EUA, são todos países comunistas onde a banca se endivida a apostar na bolsa, invés de ser simplesmente para empréstimos. Como se vê igualmente nos projectos de lei dos vários países.
        Não fosse o malvado Sócrates, e o BESA nem existia, nem a lavagem pelo Dubai que o gestor Carlos Costa ignorou. Não, não, foi o socialismo.

  4. Joana Quelhas says:

    Contra este poder temos que contar com independência da “moeda” tecnológica” que está paulatinamente a impor-se. Imaginem um futuro em que a Banca e o seu amigo/ sócio Estado , não consigam impor a sua vontade aos Maiores e a todos .

    Joana Quelhas

    • Vai dar banho ao cão, vai! says:

      Coitadinha da Joaninha. Deu-lhe agora para um certo romantismo.
      Cuida-te rapariga, que ainda te podes afogar em tanta imbecilidade.

    • POIS! says:

      ´Pois sim, ó Quwelllhass…

      Mas porque razão o Estado tem de ser amigo/”sócio” da Banca?

      Isso só costuma acontecer, e com frequência, nos regimes ditos…”liberais”…

      A Comissão Europeia também costuma ser bastante amigalhaça dos roubalheiros financeiros. Totalmente a favor da concentração de mercado, para acabar com essa maçada da pouca concorrência que alguns dizem que existe.

      Aliás…esteja atenta a quem quer pôr limites ao desbragamento dos banqueiros, no Parlamento e não só. E veja quem está/vota contra. É simples!

    • Paulo Marques says:

      Tudo o que a criptocornice conseguiria entra trocar uns banqueiros por outros com ainda menos regras, e provavelmente nem mudar as moscas conseguia devido à disparidade da posse de capital.
      Mas nem vale a pena ter medo, roubam-se aos milhões uns aos outros diariamente, é claro que essa patetice nunca vai a lado nenhum.

  5. Paulo Marques says:

    O governo que os ouviu, contra os interesses do grande capital, também foi um bom exemplo.