A Renault, a exemplo da Nestlé*, a manter uma velha tradição nacional colaboracionista. Anda Macron pelos palcos internacionais a bradar contra Putin e no segredo dos gabinetes do capitalismo selvagem business as usual…. hipócritas do caralho.

*Sim, erro meu, a Nestlé não é francesa. De todo o modo, aqui ficam outras empresas (palmado ao nosso Carlos Osório) que, tal como a Renault, continuam na Rússia: Leroy Merlin, Danone, Auchan ou Decathlon.
Em que é que a Renault e a Nestlé são colaboracionistas? Os soldados russos utilizam Renaults na guerra? E alimentam-se de empacotados da Nestlé?
As respostas são “não” e “não”. Logo, a Renault e a Nestlé não são colaboracionistas.
O povo russo não deve ser punido pelos disparates que os seus dirigentes estão a fazer. Nem a economia mundial deve ser punida por isso.
É bem provável que usem Renault que tem uma grande penetração no mercado russo. Se não usam Renault bem podem usar Lada que também é propriedade da Renault.
Quanto á Nestlé, a Rússia pediu á China o fornecimento de rações de combate. Sei que a Nestlé não se limita a fabricar pequenos almoços e comida de bebé.
Xiu, pá. Fazem-se coisas, e isso é que é importante!
Pois, mas há pior!
Como foi denunciado, a extrema-esquerda através de um obscuro esquema de “crowdfunding” forneceu milhões de euros em armas ao Putin, apesar do embargo decretado a nível europeu por causa da anexação da Crimeia.
Já foi pedido um rigoroso inquérito à participação do Bloco e do Podemos em tão sórdido esquema, prontamente denunciado por governos liberais com selo de qualidade cotrimtintin, tais como o alemão, o checo e o eslovaco.
e eu a pensar que a Nestlé era suiça, com sede em Vevey
Sim mas…
Trata-se de um boato propagado pela extrema esquerda. Na realidade, a Nestlé tem as sedes dispersas. Há uma sede em cada pacote, uma delegação em cada lata.
E os pacotes franceses são considerados os da melhor qualidade. Não admira que sejam os preferidos para lá da cortina de alumínio.
É na Suíça, mas no Cantão Francês. Convinha já agora explicar isso.
A Suíça tem muitos cantões de língua oficial francesa. Não somente um.
A sede da Nestlé é no cantão de Vaud, um cantão de língua francesa cuja principal cidade é Lausanne.
Os cantões da Suíça têm um elevado grau de independência entre si, pelo que não convém confundi-los.
Bem, na realidade, é no Cantão de Vaud, um dos que fazem parte da chamada “Suíça Romanda” ou francófona.
Estas regiões baseadas na língua dominante não são entidades administrativas, sendo designadas por “regiões não-administrativas”. A Suíça Romanda, ou “francesa” é composta por quatro cantões e pelas populações francófonas de três outros.
Os cantões, isso sim, são realidades administrativas e, mais que isso, soberanas, embora deleguem uma boa parte da sua soberania na Confederação.
Sim, a Nestlé tem sede na Suíça. E depois?
Depois, a referência à “repetição da história” do autor do “post” fica sem sentido(*).
Até porque a distinção entre resistentes e colaboracionistas só tem sentido se estivermos a falar de França. A Suíça nunca parou de “colaboracionar”. Esse foi sempre o seu “core business”, em conjunto com a “neutralidade”.
E assim se encheu guito, dourado e não só, parto da qual veio cá parar, em troca de volfrâmios e outras merdas.
(*)Nada que não ocorra com frequência, principalmente desde que o Aventar se tornou no “twitaventar”.
No final estamos todos a falar da mesma coisa. Preciosismo.
Eis o capitalismo…nada de novo na frente ocidental! Eis a guerra inter-imperialista…😎