O vassalo de Putin infiltrado na UE e na NATO

Putin apressou-se a parabenizar Orbán pela vitória nas Legislativas de Domingo, sublinhando a importância dos laços que os unem, e que são sobretudo ideológicos.

Orbán é um dos líderes europeus que mais entraves tem colocado à estratégia da União Europeia para sancionar Moscovo, postura que já remonta à anexação da Crimeia. Nas últimas semanas, e só para dar alguns exemplos, opôs-se a sanções ao sector energético russo e à passagem de armamento oferecido à Ucrânia por outros estados-membros da União Europeia. E este Domingo, no discurso de vitória, deixou bem clara a sua posição:

Apesar de uma situação internacional difícil, o desenvolvimento futuro dos laços e parcerias bilaterais [entre Moscovo e Budapeste] corresponderá aos interesses dos povos da Rússia e da Hungria

Viktor Orbán

Orbán, que tem assento nas instituições europeias, mas também na NATO, é hoje um espião ao serviço de Moscovo e um representante dos interesses russos na Europa, que usa a sua posição para respaldar a violência perpetrada pelo Kremlin. Estivesse Le Pen, Salvini, Chrupalla, Wilders, Abascal ou Ventura na mesma posição e a história seria a mesma, apesar de alguma dissimulação inglória da extrema-direita europeia. Aliás, o deputado do CH, Gabriel Mithá Ribeiro, dedicou recentemente um livro a Orbán e outros extremistas de direita, como se de faróis de democracia se tratassem. E teve sentada ao seu lado Maria Luís Albuquerque, general na reserva do passismo, que não sentiu necessidade de se demarcar de uma obra de glorificação dos vassalos de Putin na Europa e América. Esta sim, é a grande ameaça que enfrentamos internamente. Não são os PCP’s da vida, sub-financiados, sem espaço mediático e a anos-luz do poder, quem ameaça a democracia na Europa. São os novos fascistas, financiados pelo poder económico, com recursos aparentemente ilimitados, não raras vezes garantidos pelo próprio Kremlin, e plenamente integrados num sistema capitalista que não os exclui, como nunca excluiu Putin. E Orbán, cujos métodos são amplamente conhecidos há muitos anos, ainda ontem fazia parte do PPE, a família política que congrega os partidos conservadores e populares europeus, como o CDS e o PSD. Depois ficamos muito admirados com a quantidade de gente que se transferiu destes dois partidos para o CH. A mim admira-me não terem ido mais.

Comments


  1. O capitalismo selvagem sempre viu com muitos bons olhos a camarilha neonazi, a aponto de ter reconhecido sem reservas o novo governo nazi saído da praça Maidan. Porque será?

    • JgMenos says:

      Discurso putinesco.
      A política russa é;
      – nacionalista; a Grade, a Mãe Rússia
      – define culturas inimigas: a decadência do ocidente
      – apela a fundamentos étnicos: Crimeia Donbass, Rus ucranianos
      – é imperialista: chechénia, georgia, Crimeia, Moldova….

      … e nazis são os outros?
      Lacaio, comuna pela certa!

      • Paulo Marques says:

        A política americana é;
        – nacionalista; a Excepcional, o farol da liberdade e polícia do mundo, o manifesto destino, a doutrina Monroe
        – define culturas inimigas: a decadência do Médio Oriente, da Ásia, e da América Latina, tudo xuxalista
        – apela a fundamentos étnicos: tudo a sul do continente é porco e mau, tudo o que é russo é para proibir, os palestinianos estão bem é a deixar-se chacinar, o Médio Oriente é para bombardear, os chineses são uns copiões
        – é imperialista: Iraque, Afeganistão, Venezuela, Bolívia, Chile, Irão, Nicarágua, … ou cumpre o seu papel, ou leva com um golpe de estado à força

        … e nazis são os outros?
        Lacaio, fasço pela certa!

        Pera, tenho mais um desenho!

        A política Menos é;
        – nacionalista; a Glória e o Império lusitanos, a metrópole
        – define culturas inimigas: a decadência do homosexuais e dos comunas; africanos, chineses, russos e asiáticos, todos burros com pila pequena
        – apela a fundamentos étnicos: muçulmanos e outros meio escurinhos são todos terroristas, menos quando são trabalho escravo, se tiverem caladinhos; África estava bem era quando era toda controlada pelos países civilizados
        – é imperialista: Angola, Moçambique, Goa e Macau, já fui até Timor, e há-de ser tudo nosso outra vez

        … e nazis são os outros?

        • JgMenos says:

          Vai estudar, ignorante….
          ‘muçulmanos como fundamento étnico’!
          Quanto a pilas, saberás do que falas.

          • Paulo Marques says:

            O Menos até come Kebab, como é que pode ser racista?

  2. jose Micaelo says:

    Ainda bem

  3. jose Micaelo says:

    Hora de pararmos ser marionetes

  4. luis barreiro says:

    Os vassalos de Putin são a extrema esquerda, acorda!

    • POIS! says:

      Pois mas…

      Ó barreiro! Vosselência tem…a cabeça debaixo do braço?

      Um calcanhar nas costas?

      Continua a mijar pela cova do braço???

      Vosselência está mesmo todo torcido, ó barreiro! Está com a espinha que é um dó!

      Mude de ideias, ó barreiro! Olhe que o contorcionismo é uma arte difícil!

    • Paulo Marques says:

      Quando é que me mandam o cheque?

  5. JgMenos says:

    Sempre berram quanto a uma UE não democrática.

    Mas em tudo em que esta lhes acolhe o corretês, viram ferozes defensores desse suporte contra quem se rebele.
    Cambada!

    • Paulo Marques says:

      Há regras a cumprir, ou não há regras a cumprir? Os Menos, mas não só, nem sequer defendem que devem ser outras, só que defendem a “lei e ordem” de não as cumprir.