Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. E de recordar Alcindo Monteiro

Hoje celebramos o nosso país, Portugal, celebramos os portugueses, celebramos a nosso fabuloso idioma (hoje brutalizado por um acordo ortográfico absurdo), celebramos as forças armadas, as comunidades portuguesas e um dos nossos maiores vultos literários, Luiz Vaz de Camões, que, alegadamente, terá falecido neste dia, em 1580. Um dia de festa, de evocar o nosso passado e as nossas raízes, de enaltecer os nossos feitos, de comemorar a nossa existência comum e de pensar o nosso futuro. Um grande dia! [Read more…]

25 depois da morte de Alcindo Monteiro, no país onde o racismo “não existe”

AM

Se fosse vivo, Alcindo Monteiro teria hoje 52 anos. Azar o dele, foi apanhado pelos “festejos” do 10 de Junho de 1995, que, em extrema-direitês, significou passar a noite a espancar negros no Bairro Alto. Alcindo foi um deles, apanhado por uma matilha raivosa de escumalha skinhead, e não resistiu aos ferimentos. Como ele, vários outros negros foram espancados nessa noite. Felizmente, mais nenhum faleceu.

Dizer que Portugal é um país racista é uma falácia. Dizer que não existe racismo em Portugal é desrespeitar a memória de Alcindo Monteiro, e de outros, que, de formas mais ou menos bárbaras, sofrem, ainda hoje, discriminação com base na sua cor de pele. E importa não esquecer que, alguns destes racistas violentos, com longos e assustadores cadastros, transitaram recentemente de organizações neonazis para o partido unipessoal daquele cujo nome não pode ser mencionado. [Read more…]