Está dada licença para construir no litoral alentejano

Lê-se aqui. Agora é construir, construir, construir!

Blogues locais – O Cântaro Zangado

Algarvear a Serra da Estrela, não obrigado!

Aqui está uma boa causa, impedir que a Serra da Estrela se converta num monstro de cimento por muitos turistas que traga.

Comece na Covilhã a subir, vai encontrar o antigo sanatório à esquerda, a seguir os móteis, mais à direita e acima, à sua direita começa a descida belíssima que o levará a Manteigas, com o Mondeguinho a descer no vale talhado a verde. Antes de chegar lá abaixo, à sua direita, por um caminho onde só cabe um carro, apanhe o trilho que o levará À boca do Inferno. Volte, desça até aos tanques de trutas, viveiros que alimentam rios e lagoas. Saia do carro e respire, mexa as pernas, é tudo único.

Torne a subir, lá em cima volte à sua direita, até ao cume, com a serra a dominar os sentidos, granito, neve e lagoas, grande e pequena, e enfim o cimo, agora cheio de neve natural e artificial para glória dos amantes dos desportos de inverno. Pistas, e transportes para voltar a subir as pistas antes de nova descida, uma e outra vez, mas se não quer experimentar, não perca tempo e desça na direcção da mais alta aldeia de Portugal, Sortelha, linda de morrer, com casas de turismo rural, belos passeios e o cabritinho no forno é de chorar por mais.

Se tiver um quintal traga um cachorrinho Serra da Estrela, com pêlo ou sem pêlo, ou ambos, se olhar para um já não vem de lá sem ele, acelere para a Cova da Beira, Fundão, Alpedrinha, Idanha -a -Nova e a Velha, Monsanto, Castelo Novo, e as cerejas, Ó meu Deus as cerejeiras em flôr…

Ernâni Lopes – oportunidade na Madeira

Ernâni Lopes, ex-ministro das Finanças, diz que a tragédia da Madeira é uma oportunidade para salvar a ilha e para mudar o modelo de desenvolvimento.

É agora possível, já que tem que se investir milhões para recuperar a Madeira, proceder à correcção dos erros cometidos, e relançar a principal actividade económica da região, o Turismo, em outros moldes, abandonando a política de betão e tirar maior partido da beleza natural da ilha.

Manda o bom senso que os túneis, pontes, autoestradas, edifícios, hotéis deixem de  ocupar todo o bocadinho de terra que resta e se passe a exigir um turismo de qualidade, incompatível com a concentração do betão e da demografia predadora.

Já agora vale a pena falar na ilha de Porto Santo, santuário recentemente descoberto pelos “artistas” do betão, as construções já andam muito perto da areia da praia e da água, tudo gigante, a invasão já deu os primeiros passos.

Adeus ilha de Porto Santo

Como tu não há igual

és a praia mais bonita

do reino de Portugal

cantava o MAX com o lenço na cabeça, ainda o vi já velhinho, nas festas das empresas a desafinar que era uma aflição. Pobre MAX se soubesses o que fizeram à terra que tanto amaste e que tanto cantaste!

Desemprego – O falhanço das políticas do governo

O desemprego tem um comportamento que é o espelho das políticas do governo. Mais de 500 000 pessoas estão desempregadas, o que representa 9.8% da população activa, o maior número dos últimos 23 anos.

 

Nos últimos três meses, 40 000 pessoas perderam o emprego e no desemprego homónimo ( Outubro a Outubro) mais de 140 000 pessoas .Estes números, que não são contestados por ninguem ( o que se pode dizer é que a realidade é ainda pior) mostra bem que as políticas de criação de emprego são um falhanço em toda a linha.

 

O governo que tem estes resultados não quer mudar de políticas, quer continuar a deitar dinheiro em cima das empresas habituais, quer avançar com os megaprojectos que  só criarão postos de trabalho daqui a dois anos e nenhuma riqueza.

 

Estretanto, "esmiuçando", verifica-se que 140 000 pessoas com habilitações até ao antigo 9º ano perderam o emprego e 40 000 pessoas com o 12º conseguiram um, somados a mais 12 000 empregos para licenciados.

 

A criação do emprego líquido é pois negativo, a renovação do tecido empresarial não está a ser feita, e Sócrates, incapaz de criar postos de trabalho nas áreas da produção de bens transaccionáveis e exportáveis e que substituem importações, lança-se às obras públicas em que se trata de pedir o dinheiro emprestado lá fora e fazer mais "betão" com emprego de baixa qualificação. Fácil demais para ser meritório…

 

Por um lado já decretou várias vezes o fim da crise, e que fomos dos últimos a entrar e os primeiros a sair, mas quando aparece o desemprego descomunal, o crescimento do PIB desgraçado, o déficite humilhante, aí a crise já serve de desculpa.

 

E a par desta desgraça envolve-se em "negócios escutados" e perde o tempo todo a "arredondar" os estragos na Justiça e na Comunicação Social…

Considerações breves sobre o novo Governo

Basicamente, o novo Governo é mais do mesmo. Teixeira dos Santos, Pedro Silva Pereira, Augusto Santos Silva, Vieira da Silva, Luis Amado, Rui Pereira, Ana Jorge e Mariano Gago continuam. Jorge Lacão, João Tiago Silveira e Alberto Martins já faziam parte do sistema. Isabel Alçada há muito que estava sob a alçada do PS. O resto são minudências sem qualquer força política – irão apagar-se perante a força do primeiro-ministro.

No meio disto tudo, estou curioso para ver o desempenho de Santos Silva na Defesa – para quem gosta tanto de malhar, vai ser engraçado a tropa pô-lo em sentido. E também vou gostar de ver Isabe Alçada, que vai ter os seus principais problemas resolvidos logo que a Oposição acabar com a divisão do Estatuto da Carreira Docente e com o actual modelo de avaliação de professores. Quanto à ministra Pássaro, mais valia chamar-se Betão, porque tem sido esse o papel do Ministério do Ambiente – a glorificação do betão.