Bailinho

O dia de ontem foi peculiarmente sumarento ao nível da exposição dos verdadeiros intentos da fraudemia.

Por um lado, ficámos a saber que a Madeira adoptou o sistema de castas que já prolifera por alguns países do mundo. Mercados, restaurantes, cabeleireiros e convivência social em geral é luxo inalcançável para quem não se sujeitar ao tratamento médico experimental imposto, nem sequer por médicos note-se, mas por sociopatas engravatados. Obrigarem os madeirenses não-vacinados a deixar crescer o cabelo demonstrou em definitivo que o menosprezo do estado de Direito e o uso da Constituição como papel higiénico não foi circunstancial, mas sim deliberado e permanente. Com esta agravante: a acreditar que a taxa de vacinação na Madeira é semelhante à do resto do país, quantos são os não-vacinados? Meia-dúzia? Considerar que representam um perigo de saúde pública não é não entender de epidemiologia, é declinar qualquer tipo de razoabilidade e honestidade. Direitos inalienáveis, diziam orgulhosas as prostitutas do sistema, proclamando-se amantes da liberdade, de cravo presunçoso na lapela. Que hilariantes montes de merda.

Porém, a melhor notícia de ontem foi a informação de que qualquer injectado com a mistela Janssen terá de tomar uma dose de reforço. Não é “poderá tomar”, que é o spin que foi dado por muita comunicação; foi bastante explícito que “terá” de o fazer. Esse reforço terá necessariamente de ser…de outra marca. Algum obscurantista poderia aqui especular interesses financeiros: para citar um apenas, fico-me pelo vencedor de um Globo de Ouro, o nosso amigo Popeye das vacinas, o herói nacional que diz que quem afirma que estamos a usar cobaias humanas por putrefactos interesses corporativos é um perigoso obscurantista, mas que esta terceira dose é inadmissível, porque é claramente usar cobaias humanas por putrefactos interesses corporativos. Poderíamos até, num assomo de loucura, ousar afirmar que reforços de vacinas completamente distintas não são reforços imunitários, é uma roleta russa que se torna particularmente anedótica se verificarmos que a taxa de mortalidade de infectados abaixo dos 50 anos é virtualmente de 0%.

Ficar-me-ei pelo optimismo: atendendo a que a população que tomou a mistela Janssen é maioritariamente composta por homens abaixo dos 40 anos, parece-me que irritaram o sector populacional errado. Esta não é propriamente a população mais impregnada da narrativa. Muitos destes jovens tomaram a injecção em troca de uma liberdade da qual nunca deveriam ter abdicado e rapidamente se aperceberam de que ela não irá voltar por continuarem a submeter-se aos apetites insaciáveis de uma elite psicopata e de compatriotas autoritários. Sentem-se defraudados e agora também assustados. Além disso, homens abaixo dos 40 são os que melhor sabem andar à porrada, o que será uma skill de grande utilidade quando inevitavelmente vivermos no limiar da guerra civil. A todos os jovens que se recusarão a injetar mais doses, bem-vindos ao grupo dos não-vacinados. Não se julgavam mentirosos conspiracionistas de extrema-direita? Não se preocupem, rapidamente os jornalistas vos vão informar de que são.

Pandemia evidencia a relevância da regionalização

A regionalização é ainda assunto de melindre e pouco consentâneo, mas os países regionalizados evidenciam características particulares que permitem à União Europeia conhecer e responder melhor às populações locais.
Ontem e hoje, por exemplo, ficámos a saber que a Região Autónoma da Madeira entrou, e bem, na “lista verde” da Irlanda, de Inglaterra e Escócia, situação que só poderá acontecer às duas regiões autónomas que temos, tendo o Continente agregado como um todo, com todas as NUTS (regiões) a influenciarem-se negativa e positivamente umas às outras.

Penso ser tempo de repensar com ponderação a questão da regionalização, sem esquartejar o país em quintais como tentaram outrora, mas tão-só reconhecer as regiões de Portugal que a União Europeia já reconhece.
Para mais, com a bazuca anunciada, faria todo o sentido que cada região pudesse decidir como investir para melhor rentabilizar os investimentos estruturais.
Entretanto, e a talhe de foice, parece muito bem avisado irmos rapidamente e em força para Sevilha!

Financiamentos do bem: CDS, Chega e a família DePaço entram num bar…

Ficamos esta semana a conhecer um novo caso com contornos bastante suspeitos, envolvendo um dos principais financiadores do Chega, César DePaço, e vários dirigentes do CDS Madeira. César DePaço, próximo de André Ventura e destacado mecenas do partido de extrema-direita, ficou conhecido como fugitivo da justiça portuguesa, procurado pelos crimes de furto qualificado e fuga às autoridades, que o governo de Pedro Passos Coelho – na pessoa de Rui Machete, político com estreitas ligações ao caso BPN e a outros escândalos nacionais – distinguiu com o título de cônsul honorário de Palm Beach. Mais recentemente, ficamos ainda a saber que DePaço ostentava um diploma falsificado de Harvard, onde nunca estudou. Uma obsessão que não deixa de ser curiosa, ou não nutrisse a extrema-direita portuguesa que patrocina um profundo ódio ao mundo académico e ao conhecimento científico.

[Read more…]

Nas Regiões Autónomas e na Infopédia também há “contatos”

Lisboa é Portugal, mas o resto não é paisagem. O país, tirante a capital, não é apenas uma cara bonita que Lisboa pode apresentar ao parceiro de negócios estrangeiro. O resto do país tem, igualmente, direito a “contatos”, também por não ser menos que a Eleven Sports.

As Regiões Autónomas fazem parte do resto do país, porque a autonomia não é à vontadinha. Como a globalização é grande e o acordo ortográfico é o seu pastor, os “contatos” já chegaram aos Açores e à Madeira. Sim, podemos dizer, em termos ortográficos, que já chegámos à Madeira ou que isto é a casa da Mãe Joana.

Nos Açores, o gabinete da Vice-Presidência do Governo dos Açores usa duas vezes “contatos”. O gabinete do Presidente, por sua vez, tem “contactos”, mas é mesmo assim que deve ser, porque a ortografia medieval é variegada e, portanto, avariada.

Na belíssima página Visit Madeira, da responsabilidade da Direcção Regional do Turismo, também há – todos juntos, agora! – “contatos”!

As imagens que provam a existência dos “contatos” insulares vêm mais abaixo. Não é preciso agradecer, é para isso que cá estamos.

O jovem português em idade de formação poderá ficar com a impressão de que se pode escrever das duas maneiras ou poderá optar pela que está errada, mesmo sendo difícil saber qual é que está certa. O estrangeiro desejoso de aprender a escrever a nossa língua tem à sua disposição uma grafia dupla, mas poderá escolher a que mais lhe agradar, porque, com o AO90, há liberdade, mesmo que não haja ortografia. [Read more…]

Madeira, as eleições que todos perderam…

-Bem sei que em eleições há sempre quem interprete os números da forma que lhe convém, procurando exaltar a derrota do adversário, mesmo que não tenha razões para cantar vitória.
-O PSD perdeu a maioria, para governar precisará uma coligação ou acordo pós-eleitoral com o CDS.
-O PS apostou forte na vitória, sonhou que poderia ultrapassar o PSD ou no mínimo construir uma geringonça. Apesar do crescimento, perdeu.
-O CDS viu fortemente reduzida a sua representação parlamentar, apesar de se ter tornado indispensável à formação do próximo governo regional. Perdeu.
-A CDU conseguiu eleger in extremis 1 deputado, o que lhe valeu ainda assim ficar à frente do partido rival à esquerda. Perdeu.
-O BE foi riscado do mapa parlamentar regional madeirense. Foi o grande derrotado, porque além de ter perdido, passou a ser irrelevante.
-O PAN continua irrelevante na Madeira. Perdeu.
-O JPP, partido com expressão na região autónoma, também perdeu 2 deputados.

As eleições na Madeira e um PSD que já não existe

A Madeira era o último grande bastião de um PSD que já não existe. Talvez volte a existir, mas, de momento, não existe. Está obsoleto, sem rasgo, não transmite a emoção de outros tempos, fragmentado por uma guerra interna de facções que nada têm que ver com a social-democracia, e revela-se incapaz de enfrentar a grande máquina socialista, que ocupa hoje uma posição hegemónica que já foi sua. Que era do PSD, até ontem, no arquipélago da Madeira.

O PSD Madeira ganhou as eleições, é certo, mas perdeu, pela primeira vez, a maioria absoluta. Pela primeira vez, em 43 anos, o PSD terá que entender-se com outro partido, que, tudo indica, será o CDS-PP. Não chega sequer aos 40%. É o pior resultado de sempre no arquipélago que, durante décadas, foi um importante e poderoso baluarte laranja.

Não quero com isto dizer que o PSD Madeira se vai pasokizar. Os social-democratas estão bem enraizados na região autónoma, continuam a deter um grande poder, ocupam todas as posições-chave no sector público, e o CDS-PP, diz-nos o histórico, não será um parceiro problemático. A não ser que o líder do CDS-PP Madeira decida que quer ser vice-presidente do Governo Regional da Madeira e se demita de forma irrevogável, deixando o aristocrata Albuquerque com as calças na mão.

Mas é inegável que o desfecho da noite de ontem é um sinal dos tempos. Um sinal dos tempos que parece indicar o fim do domínio absoluto do PSD sobre a região autónoma, algo que, em certa medida, acaba por ser um reflexo daquilo que está a acontecer no PSD pós-Passos Coelho. Um partido desorientado, sem a chama eleitoral de outros tempos, com correntes internas não-oficiais que, ora empurram o partido para um conservadorismo ultrapassado, ora o encostam a uma espécie de liberalismo predador, enquanto a social-democracia é cada vez mais uma lenda, à deriva no imaginário de alguns militantes mais utópicos, e sem qualquer tipo de aplicação prática.

Com a recente fragmentação partidária da direita, que fez emergir um partido assumidamente conservador e um partido assumidamente liberal, para não falar numa outra experiência, fundada num populismo que também existe no seio do PSD (ou não tivesse sido ali, no PSD, e pela mão de Passos Coelho, que André Ventura desabrochou), pese embora este último esteja mais na esfera da extrema-direita, o PSD caminha para perder o estatuto que ainda partilha com o PS. O estatuto que já perdeu nos grandes centros urbanos e que poderá agora perder no Parlamento. O estatuto de um PSD que, sendo ainda um grande partido, apoiado essencialmente por uma teia de caciquismo autárquico a norte, já não existe.

Ri-te agora, Joe

jb.jpg

Fotografia: Pedro Catarino@Jornal de Negócios

O Jardim Tropical Monte Palace, residência fiscal de Joe Berardo, avaliada em cerca de 40 milhões de euros, foi arrestado por ordem do Tribunal do Funchal. Já só falta pagar uns 300 e tal milhões de euros e fica saldado o calote. Vai em frente, justiça portuguesa!

Quanto é que é mesmo a dívida da Madeira?

AJJ.jpg

Fotografia via Dinheiro Vivo

E o que é que isso interessa? Para quem em 10 anos “emprestou” 17 mil milhões de euros a bancos geridos por piratas e incompetentes, sabendo que nunca os irá receber de volta, manter o buraco madeirense não dói nada. E Alberto João Jardim sempre fez umas autoestradas e umas praças catitas, já os piratas e os incompetentes comeram tudo e não deixaram nada. Merece ou não merece a mais alta condecoração madeirense?

Tragédia na Madeira

Recorte: Público

Pela teoria “são todos iguais”, assistiremos por parte dos representantes e simpatizantes do PS às seguintes declarações:

  • Pedidos de inquéritos;
  • Ultimatos de 24 horas;
  • Declarações sobre suicídios;
  • Pedidos de demissões;
  • Contagens e recontagens de mortos, tanto pela parte de órgãos de comunicação social “de referência”, como por parte de empresários altruístas.

Haverá um continuado zum-zum para alimentar a comunicação social e os discursos políticos ou vice-versa. Por fim, as correias de transmissão da direita, dado os elevados padrões que exigiram perante as recentes desgraças a nível nacional, não deixarão de apontar dedos, apesar deste infortúnio se ter passado num bastião laranja.

Assalto ao (nome do) aeroporto

Claro que, quanto ao caricato disparate do aeroporto da Madeira, poderíamos desejar que Cristiano Ronaldo recusasse a honra. Porém, apesar de um génio da bola e um sobredotado em vários aspectos, no fundo é ainda um garoto imaturo e deslumbrado demais para perceber a armadilha que lhe ficará amarrada aos pés. Quanto ao presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, seria esperar demais vê-lo abdicar do seu rasteiro oportunismo e populismo barato e perceber que um jovem ainda tem muito tempo – e direito – para desgostar – por razões respeitavelmente humanas – quem o homenageia com um cheque de confiança absoluta no futuro. Não é por acaso que gente bem mais sábia que Albuquerque espera pela maturidade ou morte do homenageando para o honrar na toponímia. É porque, na velha tradição positivista, estes homenageados se constituem em referências cívicas e culturais que podem servir de exemplo aos vindouros. Homenagear deste modo após a morte não é sinal de morbidez, mas de sabedoria. Claro que o governante madeirense já refutou esta ideia, debitando as tolices apropriadas ao tema naquele tom modernaço e négigé tão grato aos neo-reaccionários.
Suponho que quem faz o favor de me ler está, neste momento, a pensar em vultos madeirenses de indiscutível grandeza, como Herberto Helder, ou em grandes figuras ligadas à aviação e ciência como Gago Coutinho. Qualquer deles seria mais adequado. Mas duvido que o primeiro desejasse tal honra e o segundo a quisesse vinda de quem vem e, de resto, já tem o seu nome espalhado por toponímia dos quatro cantos do mundo.
Finalmente, já o escrevi aqui, não me parece que os que dão o nome a aeroportos venham a ter uma memória alegre. É que não há boas notícias relacionadas com esses lugares. Só más. E, se tudo corre bem, notícia nenhuma.

Madeira, a ilha dos gerentes

lista-madeira

Ontem à noite, a ilha da Madeira teve honras especiais no programa Heute Show, um imperdível programa satírico de elevado nível, da ZDF, o segundo canal de televisão pública alemã.

A Madeira veio à baila a propósito da “lei da transparência”, aprovada esta semana no Bundestag e destinada a “pôr fim à evasão fiscal”. Os proprietários de “empresas caixa-de-correio” em paraísos fiscais ficam agora obrigados à declaração das mesmas para a criação de um registo electrónico central. Registo central que, em vez de ser público, será apenas acessível a autoridades fiscais, bancos, jornalistas especializados na matéria, em casos específicos a organizações não governamentais e quando existir “interesse fundamentado”. [Read more…]

Para que não restem dúvidas à República

coelho

Corpo Diplomático na Ilha da Pontinha – Serviços Secretos do Principado. E ainda disse ele que o Arnaldo Matos é que tinha sido agente secreto da CIA!

Da Série: As cocas que andam por aí

Horror

Madeira

Foto: Gregório Cunha/Lusa@DN

Como se faz uma escola?

6a00e54f8422f488330120a67f5ca3970c-800wiApesar de o ponto de partida poder induzir em erro, a reportagem sobre a Escola Básica 123 do Curral das Freiras deve ser lida com muita atenção, porque proporciona ensinamentos acerca do modo como as escolas se devem organizar para ajudar os alunos provenientes de meios desfavorecidos. Proporciona ensinamentos a quem queira aprender, entenda-se.

Explico-me, antes de mais, acerca do ponto de partida: a reportagem só acontece por causa dos resultados dos exames, insistindo, portanto, na ideia de que estes servem para avaliar a qualidade do trabalho das escolas (o próprio título da peça é indicador desse tique: “Escola da vila mais pobre da Madeira é uma das melhores do país”). [Read more…]

Alberto João Jardim enfrenta a justiça pela primeira vez

AJJ

Foi preciso esperar 22 anos para que António Loja pudesse ver chegar ao tribunal o processo por injúrias de que acusa o rei-sol do Funchal. Terminada a era da imunidade, Alberto João Jardim vai mesmo sentar-se no banco dos réus e responder pela chacota pública a que remeteu o ofendido, através do Jornal da Madeira, onde publicou artigos em que usava vocabulário que ilustra bem a pessoa que é, e que incluía termos como “ordinarote” ou expressões como “o homenzinho, ao ler isto, caem-lhe mais três dentes, dois de raiva e um de senilidade“.

Estando o teor deste processo longe das mais elevadas tropelias do jardinismo, entre casos gritantes de despesismo e férias de luxo patrocinadas pelos contribuintes, a verdade é que é absolutamente refrescante ver Alberto João Jardim em tribunal. Cheguei sinceramente a pensar que tal nunca seria possível. Ficará por aqui? Ou será este o primeiro episódio de uma fabulosa série em que o regime do compadrio madeirense começará a responder perante a justiça? Uma sugestão: que tal começarem pelo Banif?

Foto@O Jogo

Será que o PSD pagou o que devia ao BANIF? Ou serão os contribuintes a pagar?

Regime Madeira

Em meados de 2014, Tolentino de Nóbrga, no jornal Público, dava conta da situação de falência técnica do PSD Madeira, fruto da gestão danosa de regime jardinista, que não contente com a destruição das contas públicas do arquipélago, fez questão de arrasar as contas do partido também. Despesismo e viver acima das possibilidades sempre foram a regra na ilha do Alberto. Férias por conta dos contribuintes incluídas. [Read more…]

Ilhas do Futuro: Madeira

madeira1

imagem: Arte

Devo penitenciar-me pela minha ignorância quanto à Ilha da Madeira, à qual pouco mais associo do que o patusco Alberto João Jardim, o bailinho, o vinho e o sotaque peculiar da sua gente. Qual não foi o meu espanto ao ver, enquadrado na série documental “Ilhas do Futuro” do programa franco-alemão Arte, o documentário “Madeira – A luta pela água e pela electricidade”, que apresenta a ilha como pioneira em matéria de energia renovável.
Segundo diz, aquilo com que sonham gestores de energia do mundo inteiro tornou-se realidade na ilha da Madeira: foi construído “um enorme reservatório para armazenar energia eólica, possibilitando assim a produção de energia eléctrica de origem renovável, mesmo quando não há vento. Nos próximos anos, a ilha pretende aumentar a produção de energia hídrica, eólica e solar para, já em 2020, cobrir metade do seu consumo de electricidade através de fontes de energia renováveis. Em comparação, a UE planeia, até a 2030, um aumento da produção de energia eléctrica renovável de apenas 27%.” [Read more…]

O Presidente da República das Bananas

Cavaco

Quando o país atravessa uma crise política, Cavaco Silva faz a mala e ruma à Madeira. Foi assim em 2013 quando Gaspar e Portas se demitiram, repete-se a façanha esta semana com o país em suspenso à espera que sua majestade delibere. O que o presidente não faz pela estabilidade da nação!

Na Madeira, Cavaco fez-se acompanhar pelo novo regime mas não perdeu a oportunidade de se encontrar com os valorosos sociais-democratas que passavam férias à custa dos contribuintes. Numa das suas visitas, quiçá inspirado pela traquinice jardinista, Cavaco aproveitou o momento para, em tom maroto, elogiar as bananas madeirenses, maiores e mais saborosas, depois de uma primeira incursão pelo humor brejeiro quando explicava à comitiva, de sorriso travesso, que o dourado não era o macho da dourada.

Enquanto Cavaco passeia e graceja, o país espera. Ciente da situação como é seu apanágio, Cavaco aproveitou as férias na Madeira para mandar uns recados para o “contenente”, avisando os netos e os hereges de esquerda que também ele esteve em gestão durante 5 meses e aproveitando os holofotes para fazer, com é seu hábito, o frete à propaganda do PàF. Sorte das cagarras que desta vez não tiveram que o aturar. Haja pagode que o país pode esperar. Tudo pela nação, nada contra a nação!

As aventuras de Cavaco na Ilha da Madeira

“Agora vocês têm uma banana maior e mais saborosa”

Prioridades

Afinal, está perfeitamente justificada a visita de Cavaco Silva à Madeira enquanto o país espera que indigite um novo primeiro-ministro. O presidente tinha de ir inaugurar um centro de design, uma adega e um hotel.  Que diabo, já podiam ter dito! A gente espera, era o que mais faltava.

Decisão

Cavaco Silva olhou para os problemas que tem pela frente. O país precisava de uma rápida decisão. Era a hora do Presidente! Endireitou-se, pigarreou e, com ar decidido, passou à acção: fugiu para a Madeira.

A história dos sociais-democratas que passavam férias à custa dos contribuintes

AJJ férias

Durante décadas, Alberto João Jardim e alguns membros da sua corte passaram férias em casas luxuosas pertencentes ao Governo Regional, o que equivale a dizer que eram suas. A nova administração laranja, ciente do embaraço que tal situação configurava, tentou alienar as datchas (nome dado aos imóveis pela oposição madeirense, numa referência às casas de férias da cúpula do regime soviético) mas tal hipótese revelou-se impossível devido à inexistência de registos patrimoniais e pelo facto de estarem localizados em domínio marítimo público. Perante este cenário, o Governo Regional da Madeira prepara-se agora para concessionar os dois edifícios para turismo. E que edifícios: duas vivendas, com court de ténis e acesso directo à praia, amplos jardins e uma localização geográfica de excelência. Não faltarão interessados. O preço até então pago pela elite social-democrata da Madeira é que poderá sofrer uma ligeira alteração. [Read more…]

Alberto João Jardim prepara o assalto a Belém

O que me proponho é isto: se aparecerem pelo menos 10 mil proponentes, eu avanço, mas é preciso que apareçam” (Expresso). O “contenente” vai estremecer…

Depois do afastamento pré-eleitoral

Miguel Albuquerque expõe toda a sua admiração e vassalagem a Alberto João Jardim. Na Madeira, o regime será sempre o regime.

O jardim tem um Alberto

11133852_801567303269992_3382832141625558861_n
Alberto João Jardim não está politicamente morto; está é mal enterrado. Há pouco, perante a possibilidade de o Tribunal Constitucional promover uma recontagem (apoiada, agora, por quase todos os partidos), proferiu declarações absolutamente lamentáveis, abrindo guerra à CNE – com argumentos que visam colher nos habituais fans e fazer reviver o seu estilo “agarrem-me que me vou a eles” -, tentando fazer dela “bode expiatório” e propondo a sua extinção.

Assim, procura distrair os incautos do verdadeiro problema que é o das chapeladas a que certas mesas não resistem, se se julgarem impunes. Com isso, embaraça o seu próprio partido – se é que tal coisa, para ele, existe – já que este, com compreensível habilidade, subscreveu o pedido de recontagem ao TC promovido pela CDU. Jardim é o emplastro político que quer continuar a assombrar-nos a todos, incluindo os seus próprios apaniguados. Eles que tratem do assunto. Nós, para esse peditório, já demos.

Eleições da Madeira

ONU vai enviar observadores internacionais para acompanhar recontagem de votos na Madeira.

Calma, isto ainda não acabou

O Alberto João não anunciou os votos das Ilhas Selvagens com que ganha as eleições.

Vieram mais cinco

Pelo estúpido método de Hondt se a CDU tivesse mais cinco votos o PSD perdia a maioria absoluta, fora a estrondosa subida da esquerda ser ainda maior. Alguma vez teria de calhar uma vigarice dar jeito.

Não lemos nada disto na segunda-feira. E é portanto tempo de devolver a toda a direita, não apenas ao PS, o recado: votaram, contrariaram as sondagens (que chatice, Paulo Portas): há ou não que tirar lições daqui para todo o país?

Não abusando, há e não há. O absolutismo madeirense acabou, o que até seria uma vitória liberal se estivéssemos no séc. XIX, a esquerda progride e…

…não volto a assinar este texto porque a malta de esquerda não faz batota. Unam-se, caralho, deixo o repto, agora em versão mais norte.

Adenda: parece que o erro nem estava nos votos nulos, mas numa acta falsificada. O 25 de Abril chegou hoje à Madeira.

Adenda seguinte: afinal o PSD continua com hilaridade absoluta.

Próximas adendas possíveis: O partido do Marinho não concorreu mas ganha por nulidade absoluta. Ronaldo assume a presidência do governo regional da Madeira. Cristiano demite-se, assumindo que não estava preparado para lances de bola parada.

Duarte Marques perdido entre regiões autónomas

Costa que correu a aparecer na selfie da vitória do Syriza escondeu-se da derrota do seu partido nos Açores.