Desumanidade premente

Enquanto os palestinianos carregavam o caixão onde se encontrava a jornalista da Aljazeera assassinada pelos militares da IDF, as mesmas forças armadas israelitas decidiram carregar sobre os palestinianos, dificultando o velório da jornalista.

O mundo caminha a passos largos para a total desumanidade, para a robotização da sociedade que nos faça tomar lados consoante nos dizem. E nós cá andamos, a gostar ou desgostar destes e daqueles, consoante tenham mais ou menos cor na pele, olhos escuros ou claros, sejam ou não europeus. Hoje, fala-se muito em “valores ocidentais”. Mas nos vinte e seis anos que tenho, vi zero de valor ocidental. Vi, isso sim, carnavais fora de tempo.

Aqui, nos territórios palestinianos ilegalmente ocupados pelo Estado de Israel, como por parte dos manda-chuva russos, não há Humanidade nenhuma. Há, apenas e só, jogo de poder, a tentativa do extermínio de uma nacionalidade. Tudo se torna mais chocante, quando semitas atacam semitas… e há quem ouse falar em anti-semitismo.

Caríssimos, anti-semitismo não é, pois os palestinianos são, também, um povo semita. Mas é apartheid. É ilegal. É crime contra a Humanidade.

Vamos agir ou ficar de braços cruzados, deixando que os sucessivos governos sionistas dos nacional-fascistas do Likud ou dos novos ultra-nacionalistas do fascista New Right (do actual Primeiro-ministro de Israel – aquele que disse em tempos, cito, “eu já matei muitos árabes e não há mal nenhum nisso”) assassinem aleatoriamente quem lhes apareça à frente?

Abaixo o apartheid. Palestina vencerá!

Fotografia: AFP.

A Culpabilização da Vítima

Mariana Seabra da Silva

Em pleno ano de dois mil e vinte e um, ainda se ouve muitas pessoas a proferir que a violação acontece fruto de acções, comportamentos ou caraterísticas específicas da vítima. É impressionante que, mesmo quando os indivíduos se deparam com uma quantidade abismal de casos de violação no mundo, no país vizinho e no próprio país, ainda hajam pessoas a culpabilizar o sucedido pelos sujeitos que passam pelo próprio trauma sexual.

Até quando vamos continuar a culpabilizar a vítima por ter sofrido de assédio, violação ou trauma sexual? Já não basta que as vítimas tenham de lidar com a própria experiência traumática, por si só? Ou a sociedade também tem de cair sobre os ombros das mesmas, dizendo-lhes que as responsáveis por aquilo ter acontecido são elas?

Até quando vamos continuar a contribuir para um discurso que perpetua as diferenças e violência de género, a violência doméstica e no namoro? Até quando?

A violação não é culpa da vítima, é de quem viola. A violação não acontece pela forma como a vítima fala ou veste, se tem mais ou menos tecido no corpo. A violação é um atentado aos Direitos Humanos, é um boicote à Liberdade e à Dignidade Humana.

Empenhemo-nos na mudança dos discursos sociais em casa, no café, com amigos, colegas de trabalho, familiares e simples civis que se encontram no passeio, principalmente no que respeita ao fenómeno da violação. Empenhemo-nos em educar os homens e as mulheres da sociedade para que a violação não seja vista como algo normal e justificável. Empenhemo-nos em consciencializar as crianças e jovens, adultos e idosos, que o consentimento é chave principal para o respeito da vontade de cada um, aceitação e empatia pelo outro. Passar a mensagem de que precisamos de saber como o outro pensa e sente, os seus limites e barreiras, para sabermos o nosso lugar.

Por isso, espero que aprendamos a conhecer melhor o nosso lugar no mundo.

Tony Blair pede desculpa

pelas consequências dos «erros da guerra do Iraque». Mas pede desculpa a quem? Aos refugiados que acorrem neste momento à Europa? Será preciso julgar estes crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional.
[Expresso e International Business Times]
blair

Noam Chomsky sobre o ataque israelita ao navio de ajuda humanitária

Este perigoso terrorista, perdão, muçulmano, perdão, talibã, perdão, membro da Al Kaeda, perdão, palestino, perdão, Gazeado, chama-se Noam Chomsky e deu ontem a entrevista que se segue ao programa de televisão Ce soir ou jamais.

Não fala apenas sobre Israel, naturalmente. Por alguma razão Chomsky é, por muitos, considerado o maior pensador americano vivo.

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