Odeio culpabilizar quem não tenha culpa. Mas a vida pública, na verdade, é feita de permanentes juízos políticos e eu faço os meus, eventualmente a tender para a hipérbole, dado o grande eufemismo da responsabilização pública, e com um pendor para o espancamento, com pontapés e ganchos, aos socialistas que na verdade nem são socialistas, lá por terem socialista na sigla. Deve ser porque na verdade não ando longe do limiar da loucura. O que me enlouquece? Bem, a tragédia em decurso no País em que me coube nascer e tudo o que de inútil embora profiláctico escrevi e vi ser escrito desde 2006. Boa parte da nulidade dos nossos horizontes diz respeito à miséria eleitoralista de quem foi sendo Governo até aqui. Pouco ou nada me consola. Tu, Querida, e as filhas. Esta manhã, a menos de metade de um pedido teu, corri a buscar pasta de dentes para a tua escova. Subi as escadas, desci com ela bem disposta, deitada nas cerdas da tua escova — sou o teu pau-mandado. O teu pau. Feito. Mas este meu País em que não nasceste, que dor!!! [Read more…]
Um Pau-Mandado é um Pau-Mandado
Merdiavélico Soares
sugeriu a forma de resolver todos os nossos problemas: acrescentar mais um. Vá lá, Dr. Merdiavélico Soares, vá lá mudar a fralda.
Luís Amado e a Jangada de Passos
Chamo a atenção para o que tem sido a palavra convergente [com o Governo] de Luís Amado [o dissidente-herói em lume brando do anterior Governo Despesista ManiCómico]. Está num Banco, dirige um Banco, tem mais é que falar. Falar é importantíssimo, especialmente para um banqueiro que varie o tom e o modo dos ulrichs e dos outros. Falar sobre poesia, coelheira, cultura, caça e, claro, sobre política, em contraponto total ao que tem sido o discurso abaixo de baixo [porca demagogia!] do PS-não-alternativo.
Não vale a pena começar agora a separar a política dos negócios, uma vez que os negócios e a política fizeram um pacto e têm um coito com décadas, os quais, para resumir, explicam grande parte desta crise estrutural portuguesa, pelo que falar de uma é falar dos outros e unir o que o interesse nunca separou. A política deve-nos, aliás, grandes explicações pelos efeitos nulos e contraproducentes dos grandes negócios entretecidos até ao último momento pré-Troyka. [Read more…]
Oportunidade
para os “menos qualificados” se fazerem à vida? Ou à morte? E se começássemos pelos desqualificados do Governo?
Cantigas de Fevereiro
De um lado, cantores-voluntários do tema de Zeca Afonso Grândola Vila Morena, em grande número e reproduzindo-se por toda a parte – de forma agora justamente dita inorgânica, que os grupos organizados serão outra coisa, apesar das certezas discursivas do Governo quanto à mão do B.E. sim, dos malvados radicais do B.E., que o PC ‘é um partido institucional, que respeita os procedimentos legais democraticamente enquadrados’ – elementos do Governo com esses protestos cantados, e mobilizando-se para todas as agendas e lugares de Portugal. [Read more…]
Meu Coração Desiludido e Amargo
Portugal, como eu te amo! Na minha loucura por ti cheguei a pensar que quem quer que viesse a ser Governo depois de Governos de Festa e Saque, faria as coisas diferentemente e mesmo quem no passado te devastou não teria vida fácil. Mas não. Nenhuma das esperanças se fez Verdade. O próximo ano será o ano da nossa catástrofe porque quer este Governo-Máfia quer a Oposição-Máfia não imaginam outras saídas senão impostos sobre impostos, condenando-nos à retracção e depressão económicas. Não há coragem para se romper com as Fundações Estado-Dependentes e isentas em Fisco, mas há coragem para nos assassinar devagarinho. Do ponto de vista político, da sensibilidade e da visão meramente humanas, Relvas está para o míldio como o Borges para o carcinoma: falham clamorosamente no plano humano, desumanizam a política, tal como Sócrates fizera com o mesmo brilhozinho sacana nos olhos. O Povo Português está absolutamente só. Olha e não vê senão capatazes ao serviço dos que já têm dinheiro, dos que muito podem, dos que há muito mandam. A desfaçatez de um Governo é não querer passar de capataz zeloso que vai além-obediência à Troyka e ao Diabo, se o Diabo for credor. Em face de tudo isto, as ruas terão de encher-se sempre, todos os dias, a todas as horas, mas não só para contestar o circunstancialismo falhado em que consiste o Governo Passos, mas para mudar os fundamentos mesmos deste Regime. O Regime é anti-cidadão e contumaz nessa sanha. O Regime é a quinta rendosa que os Rendeiro, os Dias Loureiro, os Soares e os Cavaco, os Mexia, os Alegre, os beneficiários das PPP e todo o friso de repetidos, useiros e vezeiros, frequentam vagamente, ignorando o pardieiro Portugal onde os outros, nós, agonizam. Estou desiludido porque ousei iludir-me. Sofro. Amargo. Não há responsabilização. Não há equidade. Só há corrupção e a níveis astronómicos. Não se pode tolerar mais um Regime menos digno que uma tirania africana qualquer.
Os Facciosos Nunca são Facciosos
Meses depois de PSD e CDS assumirem a governação verifica-se isto: por mais que o PS-Sócrates tenha tido um papel determinante para a necessidade de resgate do Estado Português, e como é impossível escrutinar e julgar todo um Regime que traiu um Povo, não se pode ventilar sequer o menor sopro de incómodo pelos negócios ruinosos com autoria e supervisão socialista. Só se pode escrever e apostrofar a saga sacana e impiedosa do Governo Passos à pala da Troyka. Não se pode ser faccioso, vocifera o fanatismo bronco e o deboche dos protectores da impunidade. Daí a cassete da não criminalização da política como forma de essa gente facciosa, que não admite faccioso no outro, se defender e defender ter o Povo de suportar a factura que está a chegar: é uma factura socialista. Daí toda a impostura, uma vez mais facciosa, de Mário Soares. [Read more…]
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