“O euro não seria o mesmo hoje se Portugal ou a Irlanda tivessem falhado os seus programas“, Passos Coelho, como habitualmente sem pensar, disse. Recordemos as metas iniciais e não as que foram sendo reescritas à la Animal Farm:
- Diminuição da dívida pública: meta falhada, a dívida pública é superior ao que era em 2011.
- Défice inferior a 3%: meta falhada, o défice numa foi o planeado.
- Recuperação económica: meta falhada, o desemprego disparou e a criação de riqueza é uma miragem.
Ah!, perdão, o número de privatizações foi superior ao planeado, tal como o foram os cortes em salários e pensões. O número de dias de trabalho aumentou e as amnistias fiscais para fugas ao fisco passaram a ser lei. As nomeações continuaram em bom ritmo e a duplicação do estado continua (agora com a chamada municipalização da educação). Deve ser a isto que o primeiro-ministro se referia ao pretender que o “programa” não falhou. Pontos de vista, lá está.
A propaganda eleitoral já começou. Os maus são todos os que não providenciarem um tacho para os amigos.