É demais

Depois de suportar as baboseiras dos governantes alemães e portugueses (ah! a harmonia entre os pequenos e os grandes filhos da puta, como diria o Alberto Pimenta), após ser massacrado pela cáfila do Eurogrupo, o governo grego foi – oh, inclemência! – vítima do apoio do Alberto João. Irra, que há dias de azar!

Não há tempo para jogos na Europa

Yanis Varoufakis

Yanis Varoufakis

ATENAS— Escrevo este artigo à margem de uma negociação crucial com os credores do meu país — uma negociação cujo resultado poderá marcar uma geração, e tornar-se mesmo um ponto de viragem quanto aos efeitos da experiência da Europa com a união monetária. [Read more…]

Era uma vez um primeiro-ministro desorientado

Manif Grécia

Foto@Expresso

Quando questionado pelo jornalista Rui Pedro Antunes (DN) no rescaldo da vitória do Syriza nas legislativas gregas, a eurodeputada do BE Marisa Matias referiu que “finalmente Portugal terá um primeiro-ministro que o defende no Conselho Europeu“. Concordo com esta premissa e só lamento que esse primeiro-ministro não seja o português. Esse já há muito demonstrou que as suas prioridades são a Alemanha, a corte e os boys do seu partido e a sua agenda ideológica além-Troika. E à medida que o cerco anti-austeridade se aperta e o vazio de ideias se avoluma, pouco mais restará a Passos Coelho do que esconder-se debaixo das saias de Angela Merkel, refém da sua própria inércia.

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O resultado é sempre o mesmo

O capitalismo pode ter inúmeros defeitos, mas sempre que um país muda rumo ao socialismo, inevitavelmente acaba falido. É uma questão de tempo…

O Egito, o Egipto e o Estado Islâmico

Exactamente: o Egito e o Egipto. Efectivamente.

o egito e o egipto

 

O infiltrado fascista

Petro Poroshenko

Fico sempre muito comovido quando assisto a declarações do milionário ucraniano que os EUA adquiriram para servir os seus interesses nos jogos de poder em curso fronteira russa, posteriormente convertido em presidente da república daquele triste país transformado em ringue de boxe por russos e ocidentais. Como se já não chegasse serem governados pela extrema-direita que, apesar de extremamente violenta e perigosa, não desperta a obsessão pelo uso dos termos “radical” e “extremista” por parte dos Josés Rodrigues dos Santos desta vida, os ucranianos têm também que aturar este mercenário alinhado com os neonazis no poder chamado Petro Poroshenko.

Depois do encontro em Minsk, e de Poroshenko ter imediatamente afirmado não acreditar que o cessar-fogo entre forças ucranianas e separatistas pró-russas fosse respeitado, a verdade é que, à excepção de pequenos incidentes que se verificaram durante o fim-de-semana, os beligerantes parecem estar empenhados em cumprir o acordo assinado na capital bielorrussa, o que poderá complicar os planos de imposição da tão pretendida lei marcial por parte dos fascistas ucranianos. A NATO vai ter que esperar.

Êxodo de treta

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O absurdo apelo de Benjamin Netanyahu para que todos os judeus do mundo fossem viver para Israel, não é só demencial; traduz a expectativa, muito em voga, que nos vê a todos como idiotas. Com esta patranha, o governante israelita quer fazer passar a ideia de que todos os judeus são sionistas e, portanto, solidários com todos os desmandos que por lá se fazem.

Para além dos imperativos da realidade física – eles não cabiam todos lá…-, talvez seja útil lembrar o governo Israelita que os judeus da Diáspora têm, há muitas gerações, as suas próprias pátrias, elas próprias muito mais reais que a ficção que era Israel enquanto país. E o facto dessas pátrias os terem tratado, em muitos momentos da História, com a violência que conhecemos, nada tem a ver com a existência ou inexistência de Israel, nada tem a ver com “este” Israel. Tem a ver com razões muito mais complexas, que aqui não se discutem, a não ser lembrando que as perseguições que os judeus sofreram em muitos países da Europa têm muito mais a ver a barbaridade e os interesses torpes dos perseguidores que com qualquer demérito ou culpa dos perseguidos. [Read more…]