Fazer uma gravata a alguém consiste em ir pelas costas e apertar-lhe o pescoço com o braço. Uma boa definição do objecto mais ridículo que pode conter uma indumentária moderna.
Ter o pescoço amarrado com um trapo qualquer sem utilidade alguma seria puro masoquismo se a sua imposição não fosse sádica. Recorda-me sempre a lenda patética do Egas Moniz, da família amarrada pelo pescoço.
Tendo sempre recusado tal nó (e não me venham com os protocolos, já tive de invocar o mesmo direito que os eclesiásticos a tapar o pescoço de outra forma, abençoadas camisolas de gola alta) e se não entendo o seu uso compreendo o gosto de alguns pelo penduricalho, tal como compreendo os homossexuais, gostos não se discutem e cada um é como cada qual, já a sua obrigatoriedade sempre me fez espécie.
Vem tudo isto a propósito da escandaleira e tolice, para moderar a linguagem, que aí anda porque a maioria dos novos governantes gregos não usam gravata. [Read more…]
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