Dualidade de critérios

Os bancos que estoiram ao final da tarde de sábado tem que esperar até segunda-feira para serem assistidos pelo Estado?

Não há nem pode haver desculpa

Aventem o que quiserem: eu chamo-lhe homicídio. O que passou no Hospital de São José no passado foi puro homicídio. Não há nem podem haver desculpas.
Não existe teoria da conspiração possível para mascarar o que passou: Paulo Macedo sabia. Sabia demais. Tinha sido alertado pelo grupo parlamentar do Bloco. Tinha sido alertado pelos administradores hospitalares. Tinha sido alertado várias vezes pelas Administrações Regionais de Saúde. Não actuou. Matou. Por omissão, o que torna a situação muito mais grave. No São José, nas urgências do Garcia de Horta, no Hospital de Aveiro. Não tenho a menor dúvida quando penso que Paulo Macedo foi longe demais: a ruptura total do SNS tinha como objectivo claro fazer morrer gente para criar um fenómeno de desconfiança dos cidadãos para com o SNS. Quando o ser humano sente que um serviço nacional de saúde completamente desmembrado afecta-lhe o seu bem mais precioso e é uma máquina de criar mortandade, o ser humano pensa duas vezes. Foge. Tem medo. Vai para o privado onde sabe que, pagando, será bem atendido, será tratado na hora.

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O presépio que faltava

Presépio

Mais um notável conseguimento do Jovem Conservador de Direita, futuro líder do PSD.

Carta do Canadá: Os exemplos vêm de cima

Quando solicitado por Barak Obama a participar na luta contra o Estado Islâmico,  Justin Trudeau, o jovem primeiro ministro do Canadá, foi de meridiana clareza: o Canadá participa recebendo e ajudando refugiados, não entra em bombardeamentos.

(Nem tem que entrar porque, não tendo contribuído para o desastre do Médio Oriente, não tendo pretensões imperialistas, não precisando de petróleo porque o tem de seu, tudo quanto tem a fazer é  ajudar quem foi desgraçado pela guerra).

Quando chegou a primeira leva de refugiados sírios a Toronto, nos meados de Dezembro, Justin Trudeau esteve a recebê-los no aerroporto, acompanhado da chefe do governo do Ontário, Kathleen Wynne.  Soltos, descontraídos, sem discursos enfadonhos, deram as boas vindas aquelas famílias. O primeiro ministro, em mangas de camisa e revelando bom treino na matéria, ajudou as crianças a vestirem os robustos agasalhos com que por cá se enfrenta um inverno duro.

(Ambos estiveram bem fazendo as honras da casa em nome de todos os canadianos, dando abrigo e passaporte a quem chegou. Ficam os refugiados a salvo e, ao mesmo tempo, sob a lei do país. Se algum desrespeitar essa lei, responde por isso. É simples. O Canadá é um país libérrimo e generoso mas não é o da Joana).

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