Pinto Monteiro: e não se pode demiti-lo?

A notícia da Sábado, seguindo o Público,  é simples:

no dia 24 de Junho de 2009 houve uma reunião na Procuradoria-Geral da República e a partir de dia 25 de Junho as escutas feitas no âmbito do processo Face Oculta revelam uma mudança de discurso dos intervenientes, em especial no que diz respeito ao negócio da PT e da TVI. As escutas relativas a este último período terão estado na base de pelo menos um dos despachos de Pinto Monteiro, com data de 18 de Novembro de 2009.

Estas datas coincidem também com a altura em que alguns dos arguidos, nomeadamente Armando Vara e Manuel José Godinho, mudaram de telemóvel ou começaram a utilizar cartões diferentes.

Agora é somar 2 + 2. Ou subtrair 2 a 3: nessa reunião estiveram presentes Pinto Monteiro, o procurador Marques Vidal (que já sabia das investigações  que conduziram ao processo Face Oculta) e o procurador distrital de Coimbra Braga Themido (que também sabia). Dá um, Pinto Monteiro. Esse mesmo que manda investigar as fugas ao segredo de justiça. O dos despachos que se contradizem.

Juridicamente não sei nem me interessa, politicamente (e o poder judicial não está acima do poder político), a esta hora já devia estar demitido preventivamente. E investigado, é claro.

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