Hoje fui matar saudades ao Twitter…

…e deu nisto:

lpedromachado: Há tempos,umas virgens queriam a demissão do PR por suspeita de baixa intriga política. O Sol mostra q o PM é criminoso. Onde estão elas agora?

e igualmente nisto:

Mesquita Machado afirma que Ricardo Costa, actual Presidente da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, é “O homem de mão do Benfica. Isso não deixa qualquer tipo de dúvidas a ninguém”, naquele orgão da justiça desportiva.

Grandes Frases:

HenriquMonteiro: “Vivi muitas situações com o pais à beira do abismo, é a primeira vez que o vivo à beira da vergonha.” – M. J. Avillez, SIC Notícias.

Sócrates, Manuela Moura Guedes, Eduardo Moniz e os sapos

Entendamo-nos: Eu achava o programa de “informação” apresentado às sextas-feiras por Manuela Moura Guedes abjecto. Por isso não o via.

O cidadão José Socrates e seus acólitos eram livres de achar o mesmo que eu ou, até, pior. Desligavam a televisão e não viam. Sabendo-se insultados faziam o que faz um cidadão: queixavam-se a quem de direito, os tribunais.

O primeiro-ministro José Sócrates espero que não tivesse tempo para perder com o programa porque estava ocupado com assuntos do país, portanto não o via. Sabendo-se insultado fazia o que faz um cidadão a quem acontece ser primeiro-ministro. Como não tem tempo a perder com minudências, manda processar o programa. Ou não, se quiser passar a imagem de quem convive bem com as críticas. Toma a decisão – espera-se que um primeiro-ministro tome decisões – de apresentar ou não apresentar queixa e age em conformidade.

O cidadão-primeiro-ministro José Sócrates quis o melhor de dois mundos. Passar a imagem de quem convive bem com a crítica e acabar com ela como se fosse primeiro-ministro-cidadão do Irão.

Eu, olhando os personagens, não me sinto bem com nenhum. Mas, neste caso, estou com Moniz e Manuela Moura Guedes. Informo o cidadão José Sócrates que engoli um sapo para escrever esta última frase. Peço ao cidadão José Sócrates que informe o primeiro-ministro José Sócrates de que engolir sapos faz parte do cargo.

Não gostando de sapos resta a demissão.

O bailinho de Sócrates

Esta espécie de crise madeirense andava a dar-me comichão atrás da orelha. Sócrates e Teixeira dos Santos defendendo heroicamente o fim da sangria desatada que tem sido o financiamento do Carnaval de Jardim, contra todos, da esquerda à direita? Por reflexo pavloviano via-me obrigado a dar-lhes razão. Isto perante a informação que detinha. Ontem li este texto de Francisco Louçã no Facebook:

Há dois detalhes que pouca gente conhece acerca desta crise política artificial que Sócrates quer criar com a lei das finanças regionais:

1) O PS votou na Madeira, ao lado do PSD, CDS e PCP (só o Bloco não a aprovou), a lei que agora considera que é inaceitável e que poderia provocar a demissão do governo. A lei era mesmo inaceitável (com o voto do PS), porque levava a disparar a despesa e o défice, beneficiando o incumpridor (por exemplo, se o défice era ilegal, a dívida seria transferida para o país inteiro no mesmo montante da ilegalidade… Alberto João Jardim ganharia duas vezes). O Bloco conseguiu impedir esse disparate, retirar mais de 150 milhões desse despesismo, impor regras e conseguir transparência.

2) O Governo, que agora contesta esta lei (que o PS aprovou na Madeira), deu 79 milhões de euros ao governo regional da Madeira em aumento de dívida, em Dezembro deste ano. Foi Sócrates quem decidiu essa benesse, contra o parecer do ministro Teixeira dos Santos, que terá mesmo pedido a demissão. O governo que deu 79 milhões de euros debaixo da mesa não está disposto a impor uma lei que de controlo das contas e da dívida.

Assim se percebe como esta crise é artificial.

E a comichão passou-me num instante.

É só uma pergunta técnica

Depois de ver o alinhamento dos telejornais (apenas a SIC abriu e desenvolveu o caso Sócrates-quero-mandar-na-comunicação-social-toda) uma pergunta:

– como se defende o estado de direito português da hipótese de o Procurador Geral da República ser eventualmente e no exercício das suas funções conivente com um crime?

– ou, já agora, de ser atacado de doença grave que o incapacite para exercer o seu cargo com isenção?

Espero que alguém me responda, por estas e muitas outras a minha passagem pelo curso de Direito foi efémera,  e espero que a resposta não seja golpe de estado.

Quanta vida cabe numa mochila?

“Quanto pesa a vossa vida? Imaginem, por um segundo, que carregam uma mochila. Quero que a encham com todas as coisas que têm na vossa vida…”

Ryan Bingham, Up in the air

Podia ser o lema de Nas Nuvens (Up in the air): quanta vida cabe numa mochila? As coisas e as pessoas de que e de quem gostamos ocupam que espaço? O quê ou quem deixaríamos pelo caminho se não conseguíssemos transportar tudo e todos aqueles que consideramos importantes?

upintheair

Esta é uma das perguntas que nos ocorrem quando a personagem de Ryan Bingham realiza palestras sobre motivação profissional. E sobre o que nos cabe na mochila. O homem interpretado por George Clooney vive a fazer ligações aéreas. É nessas que ele é bom, é nessas que tem objectivos estabelecidos. As ligações pessoais não constam do seu cardápio. São passageiras, quase irrelevantes.

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solidariedade

Este conceito não foi criado por mim. Em 1883, Émile Durkheim definia a solidariedade como o apoio e coordenação de pessoas entre si. Nemhuma sociedade seria capaz de funcionar se não houver apoio mútuo. Bem sabia Durkheim que essa solidariedade era uma ilusão, como socialista que era. Ideologia Socialista Democrata aprendida das suas leituras da obra de Karl Marx e de trabalhar com outro socialista, bem mais avançado do que ele, Marcel Mauss. Durkheim apoiava a igualdade no seu texto acima citado e lutava pela abolição da propriedade privada, como refiro num livro escrito por mim em 2008: O Presente, essa grande mentira social. A mais-valia na reciprocidade, Afrontamento, Porto. Porque acabar com a propriedade privada? Porque dividia à sociedade em classes: os que tinham bens e os que nada tinham. Estes, trabalhavam para os primeiros por um salário que nem permitia alimentar a família.

O Grande Mestre lutou em favor dos que nada tinham e escreveu o livro de 1883, intitulado De la division du travail social. Étude sur lórganization des sociétés supérieures, editado por Félix Alcan, Paris. O que ele denomina sociedades superiores, refere a sua própria forma de organizar a sua vida na França, a sua Nação. Não é despreçar aos já conhecidos povos de uma outra forma de organizar a vida, denominados Nativos,povos que ele estudava e analisava, comparando as suas formas de vida como a dos franceses e outros povos europeus. A sua conclusão foi simples: havia dos tipos de solidariedade, a organizada pelo Direito, e a espontânea ou denominada por ele forma mecânica ou de apoio mutuo espontâneo. A dele, era solidariedade orgânica, por outras palavras, organizada pelo Direito e pela Economia. O seu texto é um debate com Adam Smith, como sabemos, sobre o seu livro de 1776: A riqueza das Nações. [Read more…]

Presente e futuro da advocacia: uma questão de República (3)

No seguimento do que escrevi aqui, começo por aquilo que, entre Advogados, causa maior divisão de opiniões: a massificação da profissão. É matéria controversa quanto baste. E se com ela começo, será também com ela que concluirei, em tempo, esta série de artigos.

Isto, porque a massificação da profissão de advogado – no que concerne ao actual estado e a possíveis soluções -, está na base da grande divergência dentro da classe.

Comecemos pelos números:

– Em 1991, a totalidade de cursos de Direito em Portugal “produzia” cerca de 1.500 licenciados por ano, sendo que a partir de 1994 passou para cerca de 2.000 por ano. Destes, em média, cerca de 82% inscreveram-se como Advogados (após conclusão do respectivo estágio).

– Em 2003, havia cerca de 20.000 advogados inscritos na Ordem dos Advogados (doravante OA).

Hoje, existem cerca de 31.000, dos quais cerca de 27.000 exercem, sendo cerca de metade, jovens advogados (com inscrição na OA há menos de 10 anos). Uma racio de um advogado para cada 350 habitantes (na Áustria será um para cada 4.200, na França um para cada 1.800).

– Hoje, com o chamado Processo de Bolonha, as licenciaturas deixaram de ter 5 anos, passando a ter apenas 4.

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ETA tanta coisinha da boa…

No dia em que o Aventar faz história com a posta mais hilariante da blogosfera nacional e já que se fala de terrorismo, ficamos a saber que a ETA também gosta de Óbidos, onde tinha aquilo que todos nós desconfiávamos mas as autoridades nunca quiseram assumir: a ETA utiliza Portugal como um dos centros operacionais.

Entretanto, a polémica lei com custos idênticos ao Euromilhões desta noite, acabou aprovada. Só falta saber se o governo vai querer continuar a prolongar este momento silly da season.

Em época de lampreia, nada como o regresso dos robalos como entrada para uma jantarada saudável. Mesmo quem não gosta do abrupto JPP, terá de concordar que o homem não é gago e está carregadinho de razão – nesta matéria.

O que fazer num avião quando o passageiro do lado é um chato

PASSO 1. Tirar o portátil da mala;
PASSO 2. Abrir o portátil devagarinho e calmamente;
PASSO 3. Ligar o portátil;
PASSO 4. Assegurar-se de que o vizinho está olhando;
PASSO 5. Ligar a Internet;
PASSO 6. Fechar os olhos por breves momentos, abri-los de novo e dirigir o olhar para o Céu;
PASSO 7. Respirar profundamente e abrir este site;

PASSO 8. Observar a expressão facial do vizinho

Nota de Rodapé: Sou alérgico a mailes reenviados.  Mas neste caso nem sequer precisei de tomar um anti-histamínico.

ISTO ESTÁ MESMO COMPLICADO….

Aquilo a que assistimos-e agora, com o orçamento de Estado , isso está tornar-se muito visível – é que não temos partidos com sentido de Estado,e todos são eleiçoeiros, procurando, exclusivamente , posicionamentos que lhes possam trazer votos, para aumentar bancadas, e sentar mais pessoas das suas familia politicas, ou pessoais, á mesa do orçamento de um estado debilitado,para se locupletarem .
Os partidos em vez de tentarem diminuir o deficit, pelo contrário, fazem-no crescer ,com o pretexto que é muito pouco, com o objectivo de terem simpatias nos seus eleitorados, para aumentarem os seus votos.. .. são sobretudo populistas,muito embora, com um argumento político de um decreto antigo aprovado por unanimidade,que mais tarde o PS rasgou .
Rompeu-se totalmente a solidariedade social.
Enquanto os sindicatos com o apoio do PCP se manifestam , fazem greves, e pedem aumentos- quando o que pode acontecer é, no mínimo,com o Pacto de Estabilidade que se tem de fazer, até 2013- o bloqueamento dos ordenados, o aumento das taxas da ADSE, cortes nas reformas ,e até, talvez cortes do 14º mês, senão, mesmo o seu fim.

Outras alternativas são piores ,porque se não preenchermos os padrões comunitários tornamos-nos para a CE um peso tal- como a Madeira se torna para Portugal- que isso não interessa à Europa,porque não produzimos riqueza, só recebendo fundos, que não sabemos investir corretamente.e à CE interessa lhe competitividade,para marcar um lugar no concerto mundial .

Por outro lado, a corrupção ao mais alto nível , o atraso no seu julgamento, e o exemplo também não vêm de cima. [Read more…]

Óculos para OUVIR melhor

Ideais para escutas.

Quinto quadro 2010

(adão cruz)

Amargas trevas invadem-nos, por vezes, já que o Homem é um ser atravancado de mitos. A arte, caminhando a par da razão e da matéria pura, no espinhoso percurso da prisão à liberdade, dá luz à utopia que ilumina as ruas sepulcrais da nossa cidade interior.

O governo e a oposição passam a pasta ao presidente

O Governo e a oposição estão de acordo em 99,06% do orçamento e fazem uma guerra por 0,04% ?

Estão principios em discussão e com principios não se transige? Mas alguem acredita nisso com estes políticos? O esticar da corda, tanto da parte do governo como da oposição foi até ao ponto de não lhes rebentar nas mãos. Dramatizaram tudo o que havia a dramatizar, tipo “agarrem-me que eu demito-me…”

Mas a verdade é que nunca pisaram a linha de não retorno. Não só a situação não admite recuos como ninguem perdoaria que o governo ou a oposição, deixassem o país com os graves problemas que enfrenta.

A vontade de Sócrates é largar tudo e depressa, tudo desabou, agora já não são jornalistas em campanha negra, são altas figuras e instituições internacionais a dizerem o que ele sempre negou. O país está numa crise tremenda, a dívida é mesmo um caso muito sério, o crescimento nem vê-lo.

Mas o PSD não pode deixar cair o Alberto João, ele que é um jardim, e aí está a fazer que faz mas não faz . Porque ninguem compreenderia que numa altura em que todos dizem que é preciso gastar menos o PSD queira gastar mais.

Há uma saída, para este círculo vicioso, a contento de todos, o Presidente, que veste o seu melhor fato , veta a lei das Finanças Públicas! O PS já tem o que quer, não deixar que a bola de neve cresça na cabeça dos autarcas, o PSD passou a mão pelo lombo do Jardim e o Presidente passa a tambor para os partidos e a salvador para os cidadãos.

Et voilá, continuamos é num beco sem saída no que à economia diz respeito, mas se não há dinheiro para as Finanças Locais menos há para os megaprojectos e recuam todos perante as autoridades da UE, sem perder a face.

O Cavaco Silva é que não deve gostar nada disto, embora ganhe novo mandato!

Uma mulher corta o cabelo

Talvez inquietada pelo comentário do Miguel Dias, fui cortar o cabelo.

A esperança que uma mulher deposita num corte de cabelo chega a ser comovedora. E se a operação inclui mudança de cor, então estamos a falar de um processo de quase transmutação.

O Francisco corta-me o cabelo há uns dez anos, e não precisa de grandes explicações. Basta um “não sei, queria assim qualquer coisa mais… curta” e por um processo químico, mediúnico, de metempsicose ou coisa do género, consegue decifrar, mais do que aquilo que eu quero, aquilo de que preciso.

Temos longas conversas ético-filosófico-morais enquanto a tesoura dança certeira sobre as pontas do cabelo e eu espreito, com uma inquietação que já sei disfarçar, a frenética chuva de cabelos que vai caindo sobre o chão. [Read more…]

O jargão político

Existe um instrumento linguístico, de comunicação, usado pela classe política, que se sustenta numa lógica já conhecida: quanto mais se falar de um assunto, mais se afasta o interesse por via da exaustão ou, pura e simplesmente, banaliza-se o que deveria ser importante. As pessoas ficam cansadas e desistem. Tanto mais que têm as suas difíceis vidas para viver.

Faz parte dos velhos manuais de táctica de guerra política, as duas principais manobras a fazer quando se quer pôr fim a um certo assunto incómodo: a par de uma outra: cria-se uma comissão de inquérito o mais complexa possível.

Nada de novo, portanto.

A isto, soma-se a manipulação de conceitos, de acordo com as conveniências.

E, assim, temos um jargão, usado e abusado.

Nos últimos 10 anos, nunca a classe política usou tantas vezes o termo “responsabilidade”, ora no singular ora no plural. Usou e usa sistematicamente o termo que define aquilo que nunca é devidamente apurado neste país: obrigação de se responder pelas acções próprias ou de terceiros, ou por aquilo que nos é confiado.

No entanto, não deve haver dia que não haja um político a falar de “responsabilidade”.

Como se pode ver num claro exemplo, partindo daquele mesmo termo, “responsabilidade”, sempre cheio de actualidade:

Aquando das eleições legislativas de 2005, o apelo do PS à maioria absoluta, para fazer face a “tempos difíceis”, foi insistente, e a fórmula era simples:

Maioria relativa = responsabilidade relativa.

Maioria absoluta = responsabilidade absoluta.

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O centralismo é mau mas nós não nos queixamos

Costuma-se dizer que à primeira caem todos e à segunda só cai quem quer e cá pelo Norte nem precisamos que nos empurrem para cair vezes sem conta nos mesmos erros.
Vem isto a propósito da linha da Trofa.
A Trofa fica a 25km do Porto (S.Bento)  (a povoa fica a 30 da estação da Trindade) e tem actualmente a passar na linha de comboio que liga porto-braga cerca de 50 (urbanos e regionais) comboios por dia e este ano ainda ficará melhor servida quando o túnel e a nova estação entrarem em funcionamento.

A Trofa já teve também outra ligação ao Porto, através da antiga linha do Porto (Trindade) a Guimarães e Fafe (derivava a partir da Linha da Póvoa na Senhora da Hora), essa linha foi parcialmente fechada (Guimarães-Fafe) em 1990 . Em 2002 (em conjunto com a da Póvoa) foi encerrada totalmente para ser reconvertida em parte para o Metro do Porto com a promessa que seria posteriormente reactivada até à Trofa (actualmente fica no ISMAI-Maia).

Estamos em 2010, conhecemos as criticas que a linha da póvoa tem recebido, no entanto seguimos em frente.
Claro que poderiamos pegar no dinheiro que se vai torrar nessa linha e criar um sistema urbano de transportes que alimentasse ainda mais a infraestrutura já existente, por exemplo com a introdução de autocarros com percursos urbanos na zona da trofa e arredores que ligassem directamente às diferentes estações da linha porto-braga.
Mas não, temos que cumprir as nossas promessas, porque como sabemos todos os politicos cumprem sempre literal e estritamente todas as suas promessas.

Períodos de céu muito nebulado aguaceiros fortes em S. Bento

Há dias assim, chovem escutas do processo Face Oculta, ou melhor, do processo que não nasceu desse processo, onde magistrados encontraram indícios de

de um plano governamental para controlar a comunicação social,

ao que altos magistrados responderam não haver crime nenhum, e é justo, nunca um governo de Portugal deixou de tentar controlar tudo o que comunica e foi judicialmente acusado por tal.

Dias em que pelos lados das Caldas se encontrou uma casa de apoio da ETA, e como vivemos num país de brincar a fonte de informação da polícia é divulgada pela comunicação social, lá está, o governo devia controlar estas coisas, promovendo por exemplo os seus bloguéres oficiosos a coronéis censores, isso é que era, publicar os mailes dos jornalistas do Público sim, conversas de Vara não, que como diz o seu advogado torna tudo tão ridículo com as cartas de Pessoa à Ofelinha.

O tempo não está bom está mau para manifes, como a da Função Pública que hoje atravessa Lisboa, “uma forma de chantagem” diz um tal de Castilho dos Santos, secretário de estado do Marcelo Caetano, ou Sócrates, tanto faz, um tipo que acusa os sindicatos de terem

um discurso “passadista, retrógrado e conservador”.

e está certo, sindicatos prafrentex pediam redução salarial e carreira congelada, embora hoje me pareça um dia menos frio que o de ontem, em que o ministro das Finanças andou a ameaçar a oposição por causa de uns trocos para a Madeira, sim, de uns trocos, o grosso do Carnaval funchalense tem sido pago todos os anos, quer chova, quer faça Sol.

O país está em alerta, de acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia. Eles é que sabem.

Faltam 431 dias para o Fim do Mundo

Enquanto lá fora vamos conhecendo a realidade económica nacional, nós por cá continuamos a discutir casos judiciais. Não que estes sejam menos importantes que aqueles mas a situação está a ficar negra, muito negra e a verdade é só uma:

Os nossos dirigentes máximos não são capazes de governar o país. Se isto fosse uma empresa privada e um país civilizado, já estavam todos ou em casa ou na cadeia…

A Revolta de Fevereiro de 1927 – Lisboa – a «Revolução do remorso» (Memória descritiva).

A partir de 5 de Fevereiro de 1927 começaram a verificar-se em Lisboa greves e agitação nos meios operários, solidários com os revoltosos do Porto. Os trabalhadores, pelo menos os mais politizados, sentiam-se revoltados com a imobilidade dos militares que, sabendo o que se estava a passar no Porto, salvo raras excepções, se mantinham nos quartéis. Operários socialistas, anarquistas, comunistas, de uma forma geral, organizados na Confederação Geral dos Trabalhadores, incitaram os militares a sair para as ruas.

Na verdade, o que estava planeado era que, 12 horas depois do levantamento militar do Porto, a revolta deveria eclodir em Lisboa, onde as unidades militares apoiadas por civis enquadrados pelas organizações operárias e democráticas, deveriam boicotar o envio de reforços às tropas governamentais no Norte, e imobilizar o aparelho militar e repressivo, dando tempo a que se consolidasse a situação no Porto o movimento se estendesse a unidades de outras regiões. Nada disso aconteceu [Read more…]

Escutas de Sócrates: O juiz será louco?

«Das conversações entre Paulo Penedos e Armando Vara resultaram indícios muito fortes da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo, nomeadamente o primeiro-ministro, visando o controlo da estação de televisão TVI e o afastamento da jornalista Manuela Moura Guedes e do seu marido, José Eduardo Moniz, para controlar o teor das notícias.»
Leiam bem por favor. Leiam bem e respondam: um juiz que não está louco escreveria um despacho destes?:
«Das conversações entre Paulo Penedos e Armando Vara resultaram indícios muito fortes da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo, nomeadamente o primeiro-ministro, visando o controlo da estação de televisão TVI e o afastamento da jornalista Manuela Moura Guedes e do seu marido, José Eduardo Moniz, para controlar o teor das notícias.»
Já leram? Se o juiz está louco, internem-no. Se não está, façam alguma coisa. E voltem a ler isto só mais uma vez:
«Das conversações entre Paulo Penedos e Armando Vara resultaram indícios muito fortes da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo, nomeadamente o primeiro-ministro, visando o controlo da estação de televisão TVI e o afastamento da jornalista Manuela Moura Guedes e do seu marido, José Eduardo Moniz, para controlar o teor das notícias.»

Clara Pinto Correia – A alma e o embrião


Na tertúlia de que já aqui falei (ver Tintaralela de Luna), hoje foi a vez da Prof. Clara Pinto Correia nos falar sobre um tema fantástico, que é discutido desde os Egípcios que, aliás, até fixaram um prazo para a alma entrar no embrião! Dez dias!

Antes de tudo, tenho que dizer que a Clara é uma mulher extremamente simpática, sem ponta de peneiras, que ouve e dialoga como fazem todos os que estudaram e sabem muito.

Aristóteles começou por abrir uma janelinha no ovo da galinha e foi comparando o que acontecia ao embrião nos diversos ovos, tendo percebido que eram iguais até uma certa altura e depois começavam a divergir e a modificarem-se, a que atribuiu a entrada da “alma” no embrião.

Grandes nomes da filosofia e da ciência estudaram esta questão que continua sem resposta, como ficou bem patente na discussão do aborto, há ou não ali um ser, ou é apenas um conjunto de células..

A dissecação de cadáveres veio, mais tarde, postular que a alma afinal vivia no coração (até que foi descoberto o funcionamento do coração e a circulação sanguínea) ou noutros órgãos do corpo como na cabeça.

A regeneração, capacidade que alguns animais têm , veio dar um contributo enorme a esta questão quando se percebeu que a calamandra, por exemplo, ou o ouriço do mar, eram capazes de  continuar a fazer a sua vida mesmo depois de lhes ser cortada a cabeça ou o rabo. É caso para dizer que “vendem a alma ao diabo”.

Com Santo Agostinho , S. Tomás de Aquino e Sta Ildegarda, chegamos ao conceito da origem sobrenatural da alma, o que desde logo esbarra com o conceito do “pecado original”,  pois difícil é compreender que sendo o “ser” de origem divina possa carregar o pecado.

Com o advento do microscópio, cada vez mais potente, percebe-se a existência de uma vida até ali desconhecida, infinitamente pequena, e que começa a responder e a dar significado a questões até aí desconhecidas, como a existência do espermatozóide que o homem ejacula aos milhares de cada vez, mas que só um se transforma num ser com alma. Perdem-se os outras milhares de almas com os espermatozóides que perderam a corrida?

E Clara Pinto Correia termina com humor mas que é também uma verdade científica: se a alma entra no embrião no momento da união então só pode ser pelo ânus, que é, nos vertebrados, o início da vida!

PS: é um resumo, necessariamente incompleto, de uma bela aula que quis partilhar com os meus leitores.

Apontamentos do campo (7)

(Ponte de Lima)

Eu vi um Sapo…

Ó meu Sapo, sapinho, cada vez mais pequenino, andas bastante mauzinho.

Foi o teu chefe que te mandou coaxar baixinho para os dele e alto para os outros?

Será que só eu notei que tu, meu sapinho, apenas linkas quem no Crespo bate sem ser de mansinho?

Ai sapo, sapinho que tu andas aflitinho e só ouves a voz do dono? Será bicho, será medo? Gente não é, certamente. Bichano, bichinho, não sejas tontinho, faz por cumprir, nem que seja de vagarzinho, as regras do joguinho e sê plural, pois todos nós, até o Crespo, pagamos o teu salário e não é pouquinho.

Será a PT, será o nosso Primeiro? O que será que te faz mansinho para o Poder e tão bravo para a Oposição? É que sabes menino, ou será menina?, nós andamos atentos e não aventamos injustamente mas que só vimos linkados os maledicentes, ai isso vimos, (com estes olhos que a terra há-de comer) que o diga o mártir Crespo.

Ai Sapo, sapinho, vê se ganhas juizinho e não te esqueças nunca que há amanhãs que cantam a Paz, o Pão e a Liberdade e nesse dia podes ter de ir de carrinho…

O país merece…

O SOL …quando nasce é para todos – II

Ora então, vamos lá ver: quantos são, quantos são?

Despacho do juiz do processo Face Oculta refere:  “das conversações entre Paulo Penedos e Armando Vara resultaram indícios muito fortes da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo, nomeadamente o primeiro-ministro, visando o controlo da estação de televisão TVI e o afastamento da jornalista Manuela Moura Guedes e do seu marido, José Eduardo Moniz, para controlar o teor das notícias”.

E ainda: tentativa de condicionar o Presidente da República. Assim lido, de relance, assiste razão ao Procurador:

É destruir tudo, rapidamente e em força!

Morreu o Libânio do Sporting


Diz quem o viu a jogar que foi um dos maiores guarda-redes do futebol português.

São Jacinto – Ria de Aveiro