Para os meninos da discussão no fórum!

Os Vencedores de 26 de Março#1:

Declaração de interesses prévia: Até hoje os dedos da minha mão direita chegam e sobram para contar as vezes que estive com Marco António Costa e nos cumprimentamos. Não o conheço pessoalmente nem ele a mim.

Feitas as apresentações, vamos ao tema. Ao longo das últimas semanas e em especial durante a campanha para as directas no PSD, alguns bloggers e outros tantos opinion makers, apresentavam como exemplo negativo dos apoios de Pedro Passos Coelho, entre outros, o Marco António Costa. Como vivo na mesma região do actual Presidente da Distrital do Porto, conheço melhor o seu trabalho que o dos restantes exemplos apontados.

Ora, para os críticos, Marco António Costa é um aparelhista cuja única obra conhecida seria/será arregimentar ovelhas para o rebanho laranja. Sem perder tempo com explicações sobre liberdade, pensamento próprio e outras, no entender dos críticos, minudências, prefiro lançar a debate as realizações palpáveis de Marco António.

Enquanto autarca fez um bom trabalho em Valongo e está a repetir a façanha em Gaia. Pelo que me é dado a ver, a sua capacidade de trabalho é imensa. Aliás, segundo sei por amigos comuns, é frenético no que toca a trabalho. Enquanto líder da distrital, a ele se deve o crescimento do PSD no distrito nos últimos anos. Nas recentes eleições autárquicas foi uma peça fundamental para os autarcas da região e marcou presença em todo o lado. A sua equipa de trabalho, nota-se, está bem coordenada e raramente falham.

Foi deputado na Assembleia da República e conseguiu uma visibilidade suficientemente positiva para ser convidado como um dos elementos fixos de um dos painéis de debate da RTP. Nas últimas legislativas preferiu não se recandidatar ao lugar, demonstrando não estar agarrado a nada.

Então, qual é o problema de Marco António para gerar tantos anticorpos? É fácil: é um homem do Norte. Daqueles que não esquece nem renega as origens e isso, como todos sabem e nós por cá já estamos habituados, causa pele de galinha a muito boa gente para quem, nós, nortenhos, não passamos de uns broncos e, quiçá, não temos hábitos de higiene.

Quer se queira, quer não, Marco António é um dos vencedores da noite de 26 de Março e mereceu-a. Quem quiser e estiver de boa-fé acredita que foi trabalho. Quem preferir alimentar a maledicência e nos considera a todos acéfalos, continuará a acreditar na teoria do rebanho.

Eta um presunto!!!

Por momentos, ao ler a notícia do La Vanguardia até pensei que a malta tinha trocado um tipo da ETA por um presunto!!! Era um “presunto implicado”, je, je, je.

Hoje salvei o mundo

Imagine que algures no mundo há alguém a quem você pode salvar a vida. Não com acrobacias intrépidas de super-herói, sem necessitar de se equilibrar no parapeito de um arranha-céus, ou saltar para um mar infestado de tubarões, ou desactivar, no último instante, um engenho explosivo.

Imagine que a única coisa que teria a fazer seria sentar-se num cadeirão almofadado, desses onde se pode adormecer com um livro em cima do peito, e estender o braço. Mais nada.

E que, com um pouco de sorte, num desses acasos que a cega lei das probabilidades determina, ser contemplado com a feliz notícia de que você, sim!, você, cidadão anónimo, igual a tantos outros, boa pessoa, talvez um pouco teimoso, que é dos poucos defeitos que não nos importamos de admitir porque achamos que revela força de carácter, você vai salvar uma vida. [Read more…]

Greve aos Domingos?

Para as almas que sempre aparecem quando as greves alastram queixando-se dos prejuízos para o país, valha-me deus, dizendo dos grevistas o que não dizem dos banqueiros, sobra por vezes um argumento fantástico: os malandros marcam as greves em datas que permitem prolongar um fim-de-semana ou fazer uma ponte (heresia máxima, esta).

Tenho visto exemplos de irracionalidade maior, mas raramente tão parva.

Vamos lá ver o que é uma greve: é uma falta ao trabalho. Falta que acarreta perda do salário desse dia de trabalho.

Ora se eu prescindo de um dia de salário, porque não há-de coincidir com o dia em que me dá mais jeito não ir trabalhar? Qual é o problema de prolongar o fim-de-semana? O trabalho à segunda-feira tem alguma diferença em relação ao de quarta?

Patetas são os sindicatos que com medo desta opinião pública marcam mesmo as greves para o meio da semana. De cedência em cedência ainda acabam a marcar greves para o Domingo. Ou seja, perco um dia de salário, e nem um dia de descanso ganho. Só falta.

Blogue local – Torre de Moncorvo

Blogue da terra onde viveu e onde está sepultada a minha amiga Lurdes Rocha Girão. Foram os seus filhos que mo indicaram.  O bloguer é um homem de cultura que olha pela rica arqueologia da terra, atento ao museu municipal, à biblioteca, às festas e romarias que tanto enriquecem o património de Moncorvo.

a doçura de uma mulher

O parvo sonho de todo homem

para Rita Conde, amiga impagável, que me salvou o texto…

Não é simples escrever sobre a doçura de uma mulher, depois de ter escrito que as mulheres não gostam de nós. Sobretudo, pelos comentários que o meu ensaio recebeu, a maior parte de mulheres. Também não é simples por me parecer sentir nos meus ouvidos: caramba, este tipo parece gostar das melhores fêmeas. E não simples, porque no país machista em que vivemos, todo o homem com desejo libidinoso, gostaria de beijar esse corpo que escolhi entre várias imagens de mulheres belas. Mulheres que não falam, só se exibem e mostram as suas intimidades levemente escondidas por um pano, em frente de uma paisagem maravilhosa.

Se os meus sentimentos forem orientados pela libido que Freud tão bem estuda e analisa nos seus textos, por mim sempre citados como uma bíblia, o de 1906, Três ensaios sobre a sexualidade e o de 1923, O Ego e o Id, que aqui pode ser lido. Por os ter já comentado diversas vezes em anteriores ensaios, gostaria, apenas, de dizer, como Freud, que não é o sentimento libidinal o que orienta as nossas emoções. Não é a coxa nua da mulher da imagem, a que acorda os nossos sentimentos. Os nossos sentimentos são orientados pela companhia da mulher que acabamos por sentir ser a nossa companheira nas aventuras da vida. [Read more…]

É a notícia do dia no JN

Universitária com corpinho Danone? Hum!

Aventar's Day Parade


Na comemoração do primeiro aniversário, desfilou diante do Grande Líder Ricardo Santos Pinto – de uniforme verde -, o regimento de defesa Aventar. Video à disposição de todos, num computador Made in China, perto da sua sala de estar.

Ciência e poesia

(Com especial abraço ao amigo Raul Iturra)

Encontrava-me num café de Paris, na Place de Contrescarpe, onde Edith Piaf (un petit oiseau) iniciara a sua carreira como cantora de rua.

Eu sonhava…nessa altura não era proibido sonhar, pelo contrário, era obrigatório sonhar.

À medida que a luz da manhã crescia, insubstancial e fria, eu descia a Rue Mouffetard. À minha direita descia Tchaikovsky e à minha esquerda subia Van Gogh. Madrugavam ambos as suas inquietas e inflamadas personalidades nessa horizontal e fresca manhã do século dezanove. [Read more…]

O impoluto Ricardo Rodrigues fala de corrupção

Ver aqui o seu envolvimento num «gang» internacional.

Ops! PArece que me enganei no link. Afinal, ele fala é sobre os submarinos.

Submarinos: O mundo ao contrário

 
É o mundo ao contrário. Se no negócio de corrupção dos submarinos estivesse envolvido Sócrates ou alguém do PS, seria uma campanha negra, um ataque pessoal, maledicência pura, um golpe baixo. O PS manifestaria todo o seu apoio ao Governo e todos seriam mantidos no seu lugar até serem corridos. O «Jornal de Notícias» ocuparia umas linhas sobre o assunto numa obscura página interior.

Como os envolvidos são do CDS e do PSD, o foi desde logo suspenso, o PS dá todo o apoio ao Governo, o Ministro da Malhação promete ajudar a Justiça e Alberto Martins ainda não veio falar do Ministério Público. O «Jornal de Notícias» enche a primeira página com o assunto.
Definitivamente, é o mundo ao contrário.

Submarinos: A notícia do Der Spiegel

Wednesday, March 31, 2010

Corruption Investigation
Germany’s Ferrostaal Suspected of Organizing Bribes for Other Firms
By Jörg Schmitt

German engineering group Ferrostaal is under suspicion of paying bribes to secure contracts and of organizing bribery payments on behalf of other firms for a fee. The case could have repercussions for the whole of German industry, says one former executive of MAN, Ferrostaal’s former parent company.

It was enough to arouse suspicions. For many years, there had been recurring stories about presumed bribe payments by Essen-based plant construction group Ferrostaal. In one case, the company allegedly paid 200,000 deutsche marks (€102,258, $138,099) to former Indonesian President Bacharuddin Jusuf Habibie. In another, the family of former Nigerian dictator Sani Abacha is believed to have received 460 million deutsche marks for the construction of a metal-processing plant.

Few of these allegations have stood up in court, however, partly because some of the payments occurred during a period when so-called “useful expenditures,” or payments made to procure contracts, were not yet illegal in Germany.

But since Wednesday of last week, there are many indications that bribery payments were commonplace at Ferrostaal. Klaus Lesker, a member of the executive board, was arrested last week, and the Munich public prosecutor’s office is also investigating two former board members and other senior executives for “a particularly serious case of bribing foreign officials in connection with international business arrangements,” as well as for suspected tax evasion.

The prosecutors’ list of suspects now includes about a dozen people. Investigators have their sights set on five projects, worth a total of almost one billion euros, which the group is believed to have secured through bribery. [Read more…]

Favas com peixe frito à algarvia

Vi hoje, no mercado, as primeiras favas tenrinhas. Se fizerem o favor de descontar o exagero, confesso-vos que passo o ano à espera da época das favas. Eu, como quase todas as crianças e adolescentes, detestava favas, ou julgava detestar, até ao dia em que, convidado a almoçar em casa de amigos, me foram servidas favas à algarvia. Comi a primeira precocemente enjoado, a segunda e a terceira com enfado, a quarta e a quinta com relutância e o resto do prato com verdadeiro prazer e surpresa: como era possível ter perdido, durante tantos anos, tal maravilha?

Passei a gostar de favas de todas as maneiras, à algarvia, à moda da Estremadura, favas secas fritas, arroz de favas, favas com codornizes… E, se eu já estava convertido, faltava ainda a revelação final, um dos pratos mais estranhos da cozinha tradicional portuguesa, o mais suspeito e inverosímil casamento: favas à algarvia com peixe frito. Passei a admirar – eu que sou pouco dado a admirações – a anónima mente brilhante capaz de tal ousadia inventiva.

É o segundo post que faço sobre o assunto. O primeiro, acompanhado da respetiva receita, foi deixado há uns anos aqui. Provem agora, nos tempos mais próximos, enquanto as favas estão tenras e saborosas, e digam de vossa justiça.

Portas, Barroso e os submarinos

Em conferência de imprensa, directamente do parlamento, Paulo Portas relata o “que se lembra passados 7 anos…” e claro, não esteve com ninguem, as regras vinham de 1998, os preços foram os melhores, o concurso estava lançado, foi a Zurique como todos os ministros da defesa vão, o consul de Portugal na Alemanha cumprimentou-o no aeroporto e nunca mais o viu…

A polícia Alemã anda atrás de luvas? Deve ser por estar “engadanhada” como se diz na Beira Baixa! Se se meter a fundo no assunto ainda sai daqui com um fato completo, não apenas com luvas.

Barroso que se cuide.

Eu e o Aventar

Só hoje escrevo acerca do aniversário do Aventar por duas razões: primeiro, porque estive ausente durante uns dias e só hoje regressei a esta casa; depois, porque é tradição nesta casa dar-se os parabéns ou antes ou depois da data devida (isto é uma piada interna, ou como dizem alguns em bom português, uma “private joke”).

Entrei nesta casa a convite do Fernando Moreira de Sá, em Dezembro de 2009, e e fui recebido como amigo de longa data pelos demais. Não conheço todos os Aventadores pessoalmente – e  tenho pena – mas estou certo que um dia – ao ritmo a que este blogue tem crescido – seremos capazes de fazer uma espécie de assembleia geral e reunir toda a gente. Seria excelente.

Tenho orgulho em pertencer a esta equipa, e habitar – partilhando – esta casa. O Aventar é um projecto fantasticamente absorvente, – viciante, até – e que tem atraído cada vez mais gente à sua leitura. E, como dizia Ary dos Santos: “Cada vez seremos mais!” (poema “Tomar Partido”).

Parabéns a todos: aos Aventadores e aos leitores.

Apenas um pequeno remate, amigo Raul Iturra

 

Permita-me que o trate assim. A mim trate-me por Adão Cruz. Aliás, não sou professor, sou assistente graduado em chefe de serviço hospitalar. Mas isso pouco interessa.

Em primeiro lugar as suas melhoras e os meus agradecimentos pelas suas elogiosas considerações.

O estímulo, a imagem, a emoção, o sentimento, a consciência, a reflexão e a decisão são elos da mesma cadeia fenomenológica, mas são diferentes e não podem ser misturados aleatoriamente dentro de um texto ou de uma conversa. [Read more…]

Enfermeiros o que quer dizer isto?

“E que tal criar um doutoramento em fazer um penso? Ou um pós-doc em medir a tensão?
Deixem-se de tangas e em vez de obrigar o estado a suportar um conjunto de auxiliares de acção médica que é obrigado a fazer o trabalho de enfermagem, trabalhem!”

Um nosso comentador deixou esta mensagem na caixa de comentários. Querem pronunciar-se, explicar ?

E que tal criar um doutoramento em fazer um penso? Ou um pós-doc em medir a tensão? Deixem-se de tangas e em vez de obrigar o estado a suportar um conjunto de auxiliares de acção médica que é obrigado a fazer o trabalho de enfermagem, trabalhem!


Faltam 410 dias para o Fim do Mundo

Ora vamos lá falar de submarinos, essas máquinas infernais para determinados políticos portugueses naquele que aparenta ser o maior esbulho da década aos nossos bolsos. No dia em que Cravinho volta ao tema da corrupção dando mais um tiro no porta-aviões…

Entretanto, no i, ANLeite numa excelente entrevista. Quem o acompanha na blogosfera e demais redes sociais já não se espanta. Hoje é dia para Branquinho brilhar e demonstrar que a hora é de unidade interna. Ontem Pinto da Costa deixou pistas sobre o futuro. E que audiência!

O mundo está a ficar perigoso mas há sempre boas notícias.

A prenda de aniversário é um poema!

A Maria Monteiro é nossa comentadora desde sempre, foi a primeira a deixar aqui todos os dias os seus comentários, logo se viu que era (é) uma pessoa cheia de capacidades, culta, com muito para dizer. Já a convidamos para aventadora uma série de vezes. E aquilo que é tão ambicionado para alguns não lhe desperta o mínimo de excitação. Bem puxo por ela, uma e outra vez, é óbvio que a Maria é uma aventadora, mas não publica textos. Não escreve. Fantástico! Só faltava este tipo de aventador. Não escrever! É mesmo caso para dizer que no Aventar há de tudo…bom!

Mas como convencer mulheres a escrever  se mesmo quando lhe oferecemos o coração, elas não aceitam? Missão impossível? Nã…leiam:

Uma carreirinha de palavras de gentes acordadas (10/75)

Ei-los que morrem
porque lutam
porque lançam
na cara do mundo
o ódio, a inveja
a autoridade
que a gente tem
de se vingar
duma palavra
que seja,
dum gesto de revolta
contra uma verdade
que se veja
antes de nascida
morta;
mas vivos se ficam
nas gentes, nas armas
nas mentes que se obrigam
rebeldes, activas
ei-los que ficam
noites acordadas
lavrando castigo
por serem mortas
com balas crivadas
suas gentes queridas
suas gentes amadas

PS: Maria, desculpa, mas no aniversário do Aventar é mais que justa esta pequena homenagem.

Eles Vivem!

Olha, olha, eu a pensar que estes ainda estavam na tenda do líbio assassino e afinal eles vivem! Então já andam com medinho? Afinal parece que o job pode estar a acabar? Hummm, eles estão preocupados!

O Afonso pede calma que já trata deles. Eu vou adiantando serviço: meninos, ó meninos, olhem bem para cima, sim, lá no alto. Estão a ver o enorme telhado de vidro? É esse mesmo, aqui vai calhau: então o vosso patrão não andou lá para os lados da Internacional a fazer inglês por fax e licenciatura ao domingo? Cuidado meninos rabinos que já não estamos no tempo da outra senhora! Ó Afonso, coloca no 31 umas fotos daquelas casas catitas do nosso “inginheiro” para entreter a rapaziada do corporações que eles apanharam o sol do deserto e ficaram com a cabeça avariada, sff!

Breve história do Aventar

Com a autoridade que me é concedida pelo facto de ter fundado este blogue e de ser, digamos assim, o chefe, queria dizer umas palavrinhas no dia do primeiro Aniversário do Aventar.
Recuemos até ao dia 15 de Março de 2009. Tudo começou quando enviei um e-mail ao Luis Moreira, que conhecia pelo facto de comentar todos os meus posts no 5 Dias (os meus e os dos outros), dizendo-lhe o seguinte:
«Olá.
Queria pedir-te um conselho. Estou a pensar lançar um blogue colectivo, tendo já alguns nomes «pensados». Chamar-se-á «Esquerda e Direita» ou algo do género, ou seja, teria autores de todas as facções partidárias e não de uma só, como costuma ser usual nos blogues políticos. Que viabilidade é que achas que uma coisa destas teria? Que nomes é que poderias sugerir para fazer parte do blogue?
Quanto ao convite, se calhar já adivinhaste. Queria convidar-te a participar neste projecto, que para já não passa de uma ideia. Reconheço-te valor para fazeres mais do que comentários nos blogues dos outros.
Fico à espera de uma resposta.
Abraços.»
Com efeito, conhecia o Luis Moreira apenas como comentador do 5 Dias. Um blogue de onde saíra uma semana antes e que deixara em mim o vício da blogosfera. De certa maneira, o 5 Dias faz parte da história do Aventar.
O Luis Moreira aceitou de imediato e comecei então a tratar de fazer os convites. Quanto ao nome do blogue, como disse o Luis, esteve para ser Antes Assim, mas acabou por ficar Aventar.

No dia seguinte, 16 de Março, convidei o José Freitas e o Isac, meus amigos pessoais há 15 anos. A minha ideia era que o José Freitas abordasse mais assuntos ligados à televisão e ao cinema, e que o Isac tratasse da parte informática. Curiosamente, por falta de resposta do Isac, acabou por ser o José Freitas a assumir essa parte, da qual eu nada percebia. Assim, foi ele que tratou da Base de Dados, da plataforma WordPress, do alojamento na Esotérica (maldito sejas, Zé!). [Read more…]

Parabéns aventadores

Tambem pelo ano de vida, mas principalmente, porque o Aventar esteve para se chamar “antes assim…”.

Já viram do que se safaram?

Um abraço sem excepção e um beijinho para as aventadoras.

E para o “poderoso” Ricardo os meus agradecimentos, afinal eu andava tão sossegadinho…

Um Ano Maravilhoso

12 ABRIL, 22H59

Dia e hora do meu primeiro post, aqui no Aventar.

Nesse dia e nessa hora, mas deste ano, escreverei sobre o assunto.

Hoje, fico-me pelos parabéns a todos nós e pelos agradecimentos ao Ricardo pelo convite que me fez para integrar esta que se tornou numa maravilhosa equipa.

É uma honra fazer parte de tão brilhante equipa.

Do Ultimatum ao reconhecimento britânico de 1911

De todo o longo processo que o PRP desenvolveu no sentido da subversão do regime da Monarquia Constitucional, a questão da Aliança Luso-Britânica foi sempre um dos principais polos de virulenta propaganda. Mesmo antes dos acontecimentos decorrentes do Ultimato de 1890, os feros ataques ao predomínio da Inglaterra em Portugal, consistiram no eixo primordial da acção política, onde um nacionalismo de laivos retintamente demagógicos, visava antes de tudo, mobilizar uma parte da facilmente excitável e ociosa população das duas principais cidades portuguesas.

Num período onde a expansão colonial atingiu o climax e ameaçou a Europa com a eclosão de uma guerra generalizada, Portugal conseguiu preservar um relevante património colonial, objecto da cobiça dos novéis actores da cena internacional, como a Bélgica de Leopoldo II – a questão do Congo – e logo após a unificação de 1871, o II Reich do Kaiser Guilherme I e do chanceler Otto von Bismack. A arbitragem a que Mac-Mahon foi chamado para decidir (1875) a posse do valioso território banhado pela baía do Espírito Santo (Lourenço Marques), deveria ter representado para a opinião pública nacional, num claro sinal demonstrativo da necessidade da manutenção de um firme apoio britânico à posse portuguesa dos estratégicos e potencialmente ricos territórios em África. De facto, Lourenço Marques era o porto natural do hinterland sul-africano e num ponto de partida da mão de obra destinada às minas do Rand. O desencadear da segunda Guerra Boer (1899-1902), valorizaria enormemente a área geográfica que os britânicos displicentemente designaram até à década de 30 do século XX, como Delagoa Bay.

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O Hommer celebra por mim

Não sou muito dado a sentimentalismos. Raramente verto lágrimas, seja de alegria ou felicidade ou tristeza, não sou grande apreciador de festejar aniversários, muito menos o meu. Enfim, um chato monocórdico, com uma leve tendência para o irónico e uma queda para algum sarcasmo.

Quando o Ricardo enviou o desafio, mais ou menos este: “Vamos lá escrever um post no dia do aniversário a falar do relacionamento de cada um com o Aventar”, não pude deixar de torcer o nariz. Eu? Um indivíduo tão reservado e discreto a falar de relacionamentos? E logo com o Aventar? Nem pensar, o gajo é doido.

Portanto, nada melhor que utilizar um convidado para celebrar o aniversário deste blogue, que já me retirou uma longas horas de merecidíssimo descanso.

Para o ano cá estaremos para soprar a segunda vela.

Estamos de parabéns!

Lírios de Saitn- Rémy, pintado por van Gohg em 1889

Os diversos períodos da pintura do Neerlandês Vincent van Gogh, reflectem os diversos períodos ao longo do nosso primeiro ano de vida como sítio para debate, expor e comentar ideias, divulgar a nossa própria obra.

Foi um telefonema, apenas um telefonema de Ricardo Santos Pinto, para se apresentar como professor de História no Porto e me convidar para escrever textos da minha autoria, neste afamado sírio denominado Aventar. Referiu quem mais colaborava para me incentivar. Pessoas de nomes conhecidos no campo das letras e da ciência. Falámos, se tanto, dois minutos ao telefone. Não hesitei. Primeiro, porque a sua voz era calma e persuasiva e para nós analistas da mente social, um som de voz já diz muito. Uma voz de respeito sem falar na primeira pessoa, sem contar a sua vida, falando apenas do projecto e da liberdade de escrita, com a condição de nunca ofender ninguém.

Como escritor, não como etnopsicólogo, de imediato aceitei: estava a falar com um homem sério e novo, com toda a vida em frente.

Um segundo telefonema foi ainda mais convincente. Explicou-me que era um sítio para arejar os nossos problemas ideológicos e de saber. Era Luís Couto Moreira, amigo de telefone. Um terceiro nome que ouvi, foi o de Carlos Loures, escritor e editor, que me convidou a pôr de parte as formalidades e sermos eu e tu. Amigo que nunca me tem abandonado, esse Senhor que em tempos de avarias dos [Read more…]

No aniversário do Aventar

O Ricardo Santos Pinto não sabe que, quando me convidou para integrar o projecto de um novo blogue, que estava para nascer, mudou a minha vida. Ou talvez possa pensá-lo mas não creio que saiba exactamente até que ponto assim é.

Mudou-a porque introduziu um elemento que foi ganhando importância, que se imiscuiu no quotidiano, que se foi entrelaçando nessa tela que é a vida de cada um de nós até se tornar um dos seus fios.

Recordo-me de nessa noite inicial ir espreitar, à meia-noite, o Aventar, onde acabava de ser publicado o poema “Coro”, e de pensar que começava uma aventura e de sentir essa excitação que acompanha o início de todas as aventuras. Nessa noite o Aventar foi abaixo (lembram-se?), inaugurando uma já respeitável lista de intermitências, mas regressou, como sempre faz, e eu embarquei, com a insegurança dos principiantes mas com entusiasmo. [Read more…]

Somos todos enfermeiros, somos todos valencianos

O Ministério da Saúde só poupa no que não deve.
Quer poupar nos enfermeiros, a quem paga mal e porcamente (alguns recebem hoje em dia 800 euros). Aceita vagamente que em 2013 todos estejam a receber 1200 euros, quando é a própria Lei que obriga a que os licenciados que entram na Função Pública recebam um valor superior. Mais do que os vencimentos, impressiona a instabilidade de quem vê a sua carreira protelada no tempo num sector com tantas carências humanas.
Quer poupar, mais uma vez, nas Urgências nocturnas das populações do interior. Já morreu gente com estas «brincadeiras», mas o Ministério não quer saber que um universo de cerca de 15 mil pessoas fique sem atendimento durante a noite e tenha de se dirigir a Espanha.
O Ministério da Saúde poupa no que não deve, mas não poupa no que deve: nos desperdícios dos hospitais de gestão público-privada, nos apoios e benefícios às grandes empresas privadas na área da saúde, na política do medicamento – promoção dos genéricos, difusão da venda por unidose, obrigatoriedade da prescrição por denominação comum internacional, diminuição dos lucros pornográficos das Farmácias.
Todos sabemos por quê. Porque não interessa aos grandes grupos – os Grupos Mellos e quejandos, as Farmácias, a indústria farmacêutica. E neste caso, os enfermeiros e os valencianos são apenas «peanuts».

A Espuma dos Dias

Ontem foi um dia intenso. Em menos de 10 horas fiz pouco mais de 600km o que não me permitiu dar a devida atenção ao Aventar. Mas fiquem os aventadores a saber que, mesmo assim, estive a trabalhar igualmente para este espaço através do “recrutamento” de mais-valias.

Entretanto, pelo caminho, fiquei a saber que ganhei mais uma medalha. Sim, quando nos atacam anonimamente é mais uma medalha que se ganha e a demonstração da importância que, pelos vistos, temos e nem sabemos. Antes assim. Como disse no Facebook, “não expliques, os amigos não precisam e os inimigos não acreditam“. Eu gosto muito e prezo ainda mais os meus amigos mas tenho um certo gozo pelos inimigos que vou coleccionando. É sinal que não sou indiferente. E como isso nos sabe bem. Freud e os seus companheiros explicam.

Ora, ontem foi dia de jantar em Lisboa com amigos, com companheiros “de luta”, e o reconhecimento de um trabalho bem feito. No fundo, nunca se pensa nestas coisas quando se está empenhado a trabalhar, mas neste estranho país é tão raro reconhecerem o nosso trabalho (e aqui nosso significa colectivo, pois fomos um grande colectivo) que quando o fazem ficamos sem palavras.

E hoje segue-se mais um encontro e jantar de amigos naquele que será um regresso a uma casa onde passei dias felizes e que, por força de inúmeras circunstâncias, deixei abandonada por meia dúzia de anos. Lentamente, regresso. Calmamente. Definitivamente.

É a espuma dos dias.