Prof. Dr. Engº José Sócrates

Com o curso tirado numa escola de grande reputação – A Independente – (nome apropriado tendo em vista a sua particular independência em relação ao conhecimento e ao mérito), o nosso primeiro e os seus ministros chamam empresários e economistas para lhes darem aulas de política e de empreendorismo!

Com um curriculum particularmente activo e com obra feita (vejam-se as famosas casas ) e com passagem na JSD, meteórica, é certo, mas de grande relevo, e na JS com êxito absoluto (chegou a secretário de Estado, a ministro e agora a primeiro-ministro), José Sócrates tem mais do que capacidade para dar lições a quem arrancou com empresas, vende para a exportação, paga a trabalhadores e ainda paga impostos!

Ontem, no CCB, chegou atrasado 45 minutos, sem um desculpem, avançou com um discurso que ninguém percebeu se se tratava do “seu sonho de menino” e, antes que alguém dissesse alguma coisa, arrancou como chegou e deixou toda a gente a falar sozinha.

O Dr. João Salgueiro ( um tipo que tirou o curso numa coisa que está instalada numa rua que se chama “Quelhas” o que diz tudo sobre a sua reputação), ainda foi dizendo que o sr primeiro-ministro tinha dado uma prova de grande orador, mas que  tinha falado de coisas que ninguem entendia, tal era a complexidade do tema e a originalidade!

À noite, no que já foi o “Prós e Prós e agora é o “Contra e Contra”, na RTP1, todos os que lá foram debitar assuntos sem interesse, disseram que não conheciam as matérias em que o governo é perito o que mostra bem o avanço civilizacional que, Portugal pobre e mal agradecido, não reconhece.

Entretanto, o ingrato e pouco reconhecido Constâncio já veio para aí dizer que “está muito pessimista”, eu percebi logo que se referia ao lugarzinho na Europa, era o que faltava quando o país vai de vento em popa, que a questão fosse os desempregados, a dívida e o déficite.

E é preciso que se perceba de uma vez por todas. O nosso défice é igual ao dos outros países, o endividamento também, por isso nada de chatear, porque a capacidade para  aumentar a riqueza para pagar isso não é igual, mas também não há pressa nenhuma em pagar.

Afinal, o que querem? Não andamos sempre com uma mão à frente e outra atrás?

Veja os grandes golos de um grande jogo

Porto 5 – Sporting 2

João José Cardoso

Um jogo como não se via há muito tempo. As goleadas dão-se aos concorrentes directos, não é aos pobres. Entendido?

E já agora, Carlos Queirós, viu o jogo, não viu?

Ao intervalo, Luís Moreira:

Com golos de grande nível espectacular e com uma exibição que me (nos) deixa de boca aberta, um meio campo que nem sequer deixa respirar o pobre do leão, o FCP tem positivamente cilindrado o adversário, o que só pode ser uma de duas coisas. Ou o Rúben é um “10” do outro mundo e poucos percebiam isso, ou o Dragão esteve a guardar-se para esta fase decisiva do campeonato!

Se ganhar por mais e aguentar este ritmo é porque se juntaram aquelas duas hipóteses…

José Magalhães:

Realmente uma exibição de encher qualquer olho que goste de futebol. O FCPorto cilindrou um Sporting incapaz de reagir ao muito bom jogo dos donos da casa. Talvez o melhor jogo do FCPorto nesta época.

Os golos

1-0

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Avatar, um filme de cowboys

Habitualmente chego tarde a tudo o que está na moda. Quando já não é novidade para ninguém, quando já é notícia requentada, chego eu. Aconteceu justamente isso com o “Avatar”, de James Cameron, que só agora fui ver.

E fiquei muito surpreendida ao descobrir que, afinal, o “Avatar” é um western. Um western altamente sofisticado, visualmente estonteante, um western no qual os cavalos são pterodáctilos e tudo vem por cima de nós, mas um western.

Daqueles tocados pela veia sensível, em que os índios são seres humanos e os cowboys bons se juntam a eles para derrotar os cowboys maus, e apesar de se saber que os terrenos escondem petróleo, não se viola o cemitério sagrado para os nativos.

Tão western que, no momento mais difícil da batalha, quando tudo parece perdido, eis que irrompe, milagrosamente, a cavalaria, sendo que, neste caso, a cavalaria consiste em criaturas aparentadas com as que existiram no nosso planeta algures no Jurássico. [Read more…]

Dê-lhes com a pá de trolha, sr. ministro!

Andam revoltados, os clientes do BPP, porque o Estado não lhes garante as fortunas que livremente depositaram no Banco. Agora, atiram-se ao Governo porque não lhes garante mais do que 50 mil contos. Veja-se lá que ninharia! Hoje, junto do ministro Teixeira dos Santos, fizeram-se ouvir.
Não ligue, sr. ministro, não ligue. E olhe: dê-lhes com a pá de trolha de Serralves, que é disso que eles estão a precisar.

Braga: o alvo a abater

A Comissão Disciplinar do Sport Lisboa, ou da Liga ou lá como isso se chama, ataca na secretaria: desta vez uma suspensão por 3 meses aplicada a Vandinho, e três jogos aplicados a Mossoró, jogadores do Braga, é claro.

Em causa outro túnel, agora o da Pedreira, mas, e é claro, envolvendo jogadores da equipa da capital, que levam umas multazinhas para decorar o ramalhete. Uma situação que começou em campo com uma provocação de Di Maria, e que é “julgada” com recurso às imagens que no caso do túnel de Lisboa já não serão válidas.

Com um notável sentido de humor decidiram ainda multar o FC Porto por conta de um comunicado datado de 28 de Novembro de… 2008.

E assim se embala o menino, coitadinho, que não sabe caminhar.

Adenda: Acabo de ouvir Domingos Paciência:

podem dar-nos pontapés nos joelhos, no meio das pernas, que não desistimos.

É de campeão, que este moço tem a escola toda.

As interpretações dadas, na época , às causas do terremoto de 1 de Novembro de 1755 #2

Comunicação apresentada à Classe de Ciências da Academia das Ciências de Lisboa, na sessão de 29 de Outubro de 1987 pelo Académico efectivo Rómulo de Carvalho (também conhecido como António Gedeão).

Continuação daqui

O terramoto de 1755 deu origem a grande número de escritos que imediatamente vieram a público e em que os seus autores procuraram interpretar as causas do acontecimento. É interessante notar-se que tendo a cidade de Lisboa ficado praticamente destruída, logo as tipografias surgiram do caos para se entregarem à composição e à impressão dos textos que lhes eram apresentados para o efeito. Não é uma só mas diversas oficinas tipográficas lisboetas que recomeçam de imediato o seu labor tão tragicamente interrompido, o que se explica pelo hábil aproveitamento de uma oportunidade excepcional de comerciar colocando nas mãos do público, fortemente sensibilizado, notícias do terramoto. Poderíamos citar cerca de quatro dezenas de trabalhos escritos sobre o sismo, publicados em 1756. O interesse público por tais trabalhos prolongou-se até ao fim da década dos anos sessenta. [Read more…]

TRABALHO DE CAMPO EM ANTROPOLOGIA.

Como diz Alba Saluar, da Santa Catarina no Brasil, o trabalho de campo em Antropologia é transformarmo-nos em nativos de nós próprios. A frase é dela de um texto retirado do organizado por Cláudia Maria Almeida de Carvalho: Teoria e Prática do Trabalho de Campo. Bem como de vários textos meus e experiências de trabalho entre os meus analisados. Por ter escrito e ensinado muito sobre trabalho de campo, parece-me mais importante contar como ele se faz sem muitas citações.

O meu primeiro trabalho de campo foi aos meus vinte anos nos bairros de lata de Valparaíso, Chile. Praticava a minha profissão entre os mais pobres dos pobres, o proletariado sem trabalho que ocasionalmente trabalhava no Porto mencionado. Mas mais que trabalhar, os habitantes do Bairro Rocuant, no cerro do mesmo nome, dedicavam o seu tempo à pilhagem, a pedir esmolas e a viver da caridade de Caritas. Eram mais de trezentos habitantes. [Read more…]

José Leite Pereira é o Pais do Amaral dos pobres


Há uns anos, o líder da TVI, Pais do Amaral, foi falar com o professor Marcelo Rebelo de Sousa. A mando do Governo de então, o de Santana Lopes, pediu-lhe moderação nos ataques ao Executivo. Marcelo bateu com a porta.
Desta vez, o director do JN, José Leite Pereira, telefonou a Mário Crespo, pedindo-lhe moderação no ataque a José Sócrates. Mário Crespo bateu com a porta.
Quais são as diferenças? É que no primeiro caso, ia caindo o Carmo e a Trindade, era um lamentável ataque à liberdade de imprensa, estava em causa o normal funcionamento das instituições. Hoje, tudo vai bem na República de Portugal, não se devem ouvir conversas privadas, o jornalista não é bom da cabeça.
Como refere hoje Henrique Monteiro no «Expresso», José Leite Pereira não passa de um lambe-botas que sabe bem qual é a sua função como director do JN. Sabe bem e como o tem demonstrado nos últimos anos! A voz do dono, o braço armado do «amigo Oliveira» na protecção ao Governo e a José Sócrates.
Dir-me-ão que ninguém lhe disse para retirar o texto de Mário Crespo. Foi de sua livre inicativa. Acredito que sim. Os cãezinhos amestrados são assim. Não recebem ordens do dono. Sabem, a cada momento, o que hão-de fazer para, no final, terem a recompensa merecida.

Rosa Lobato de Faria (1933 – 2010) e os programas do Herman


Morreu hoje Rosa Lobato de Faria. Tinha 77 anos. Escritora e actriz, não passou despercebida pela vida. Era uma personagem muito curiosa: aquela postura de fina e snob não parecia ter grande correspondência com a realidade. Lembro-me dos programas do Herman e do seu incrível sentido de humor. Na literatura, cheguei a ler «O Prenúncio das Águas», que recebeu o Prémio Máxima de Literatura em 2000 e que foi distribuída massivamente nas escolas.
Descansa hoje em paz depois de uma semana internada no hospital.

Foi Nuno Santos que ouviu a conversa sobre Mário Crespo

Tudo aponta para que tenha sido Nuno Santos, o director de programas da SIC, a fonte de Mário Crespo no caso de que se fala. Não porque estivesse numa mesa ao lado a ouvir a conversa, mas porque estaria a almoçar com o primeiro-ministro.
A ser verdade, é estranho. É estranho que um director de programas almoce com o primeiro-ministro. Mais, é estranho que um jornalista almoce com o primeiro-ministro. Um jornalista tem de se mostrar imparcial e estas intimidades, tão habituais na vida pública portuguesa, são lamentáveis.
E se for verdade, o que pretendia José Sócrates quando falou a Nuno Santos do problema que Mário Crespo constitui? O silenciamento do jornalista incómodo, claro. Sem vergonha nem pudor, como dizia o João José Cardoso aqui em baixo.
A julgar pelas últimas notícias, parece que não conseguiu.

Merda de artista e outras merdas

Em resposta a este post.

Eis um pequeno vídeo da recente exposição de Anish Kapoor, o primeiro artista vivo a ter uma exposição individual na Royal Academy de Londres. Para o assunto em causa repara nas imagens entre o espaço temporal 1:12 e 1:19 ( mas não deixes de ver o vídeo todo ). Alexandra Lucas Coelho, no Ypsilon, dá uma ajuda: “De resto, entre críticos, curadores e inspiradores, todos aludem a falos, vulvas, vaginas, orifícios, penetrações, intestinos e matéria fecal.”

E que me dizes a isto, especialmente sabendo que “Hirst registou um novo recorde para um leilão dedicado a um único artista, cujo anterior detentor era Pablo Picasso” ? -citação retirada daqui.

Na imagem: Vaca serrada ao meio e conservada em formol, de  Damien Hirst

Dizia eu no meu comentário, por outras palavras, que a afirmação, por parte do artista, de um objecto ou atitude como sendo arte, o transforma imediatamente em tal ( sim, eu sei que é uma afirmação polémica ). Se não acreditas, o que me dizes desta pergunta de Antony Gormley em cuja biografia podes encontrar dados como estes: ” In 1994 he was awarded the Turner Prize and in 1999 he won the South Bank Prize for Visual Art. In 1997 Gormley was made an Order of the British Empire (OBE) for his services to sculpture and in 2003 he became a Royal Academician.” ?

na imagem: Antony Gormley convida-o a ser uma obra de arte.

E, para finalizar, Ricardo ( porque alguma vez teria que terminar, poderia ter começado, por exemplo, no quadrado branco sobre fundo branco (1915) de Malevich até hoje, para validar a minha afirmação ) diz-me lá se há grande diferença entre um cagalhão e quem o produz, sendo que ambos são matéria orgânica tratável pela arte.

PS1: À excepção de Antony Gormley, os outros não fazem parte da minha lista de artistas preferidos – mas não os ignoro nem menosprezo a sua importância. Acontece que respondem, julgo que bem, à pergunta que me dirigiste.

PS2: Deixa lá esse rapazinho que me dás como exemplo. Não duvido que seja boa pessoa, “bom artista” entre os amigos lá da rua dele e bem intencionado ( na sua boa-fé deve julgar que está a inovar ). Como se vê, o comentário do JJC não deixa de ser verdade.

Na Imagem: Piero Manzoni
Merda d”Artista
1961
€120,000 ($162,206)
Sotheby”s Milan
May 22, 2007

De Fernando Charrua a Mário Crespo

Os defensores do Governo, os do costume, andam muito escandalizados porque uma conversa privada, num restaurante, foi ouvida por ouvidos alheios e chegou até Mário Crespo.
É muito curioso que essas Virgens ofendidas não tenham tido a mesma preocupação quando, em 2007, o professor Fernando Charrua foi suspenso e processado na base de uma conversa privada, em local público, na qual ele alegadamente chamara filho da puta ao primeiro-ministro.
Pois é, as coisas são sempre vistas pelo prisma que mais interessa. É como as conversas privadas. Podem ser ouvidas, mas depende sempre do que é dito e dos interlocutores envolvidos. É que uns têm mais direito a privacidade do que outros.

COMO UMA MINORIA É ARROGANTEMENTE MAIORITÁRIA

OS CEM DIAS DO GOVERNO

Faltam poucos dias para que este governo, liderado por D. Sócrates II o Dialogador, veja debatido na Assembleia da República o seu Orçamento para 2010. Pelo que se sabe, o executivo conseguiu acordos que lhe são francamente favoráveis, tendo a oposição sido levada, com areia nos olhos, a aceitar a arrogância socialista.
Como é de costume, nesta altura, cem dias passados sobre a tomada de posse do governo, faz-se um balanço da actividade governativa dos nossos mandantes.
Nestes três meses, já foram três as fases por que passaram.
Na primeira, quando ainda não tinham interiorizado que tinham deixado de ter uma maioria absoluta, o governo mostrou-se extremamente arrogante.
Na segunda, a oposição, quando ainda não tinha interiorizado que não era governo, mostrou-se extremamente arrogante, a ponto de querer que o País tivesse o seu Orçamento e não o do governo.
Na terceira, aquela em que agora vivemos, os ânimos acalmaram, o governo mostrou começar a entender que não tinha a anterior maioria, encetando o uso de um diálogo cheio de promessas, e a oposição vai-se deixando embalar pelas palavras doces do governo.
Nas duas primeiras fases, o clima de tensão foi grande, com o casamento gay, o adiamento da entrada em vigor do Código Contributivo, e a extinção do Pagamento Especial por Conta a tomarem conta dessa tensão.
A entrada desta terceira fase coincide com o início do ano. Chegou o ansiado diálogo. As negociações para a aprovação do Orçamento de Estado, culminaram na abstenção dos principais partidos da oposição, garantindo a sua viabilização. Passaram todos a ser amigos do peito. Mas atenção, que a alteração da Lei das Finanças Regionais, pode, de novo, fazer azedar os ânimos.
Estamos nos momentos em que o governo entende começar de novo a adoçar a boca ao zé povinho, através de medidas de carácter populista. E lá surge a abertura de uma conta a prazo, de 200 euros, para cada nascido em território Nacional. Com essa medida espera-se que os casais portugueses, os que podem procriar, queiram ter filhos, quantos mais melhor, já que as condições de vida vão melhorar consideravelmente. Com esse dinheirinho, o Estado espera receber mais um voto no futuro e dois votos no presente.
A par dessa medida, o anúncio da paragem de certas obras públicas, serve também para acalmar certos pensamentos mais pessimistas, mas a posterior mensagem da sua não paragem, em especial as obras do TGV, não é bom augúrio.
Temos ainda a prova provada da enorme amizade que o governo nutre pelos Portugueses. Para nos beneficiar, e apesar da admissão de erro crasso do Ministro das Finanças, os nossos mandantes, dizem que decidiram de moto próprio aumentar o déficit das contas públicas, no ano de 2009. Tudo a bem de Portugal e dos Portugueses.
Por último, não parece ser nada bom, o termos um Primeiro Ministro, que, sempre pelas piores razões, se mantém nas bocas do povo.

MUDAR – Justiça # 2

Para continuar o poste de ontem sobre o mesmo assunto.

No plano da formação é necessário que os juízes tenham acesso a aptidão técnico-jurídica por forma a enfrentarem novos problemas e novos assuntos, ou seja, voltada para aspectos práticos e para realidades emergentes.

Nos aspectos infra-estruturais, pouca impotância atribuímos ao funcionamento dos edificios judiciais, no sentido físico do termo. Há uma grande degradação em muitos tribunais, com os profissionais a trabalharem em condições muito deficientes.

Sob o ponto de vista informático continuamos a não ser capazes de dar um salto qualitativo, o que se fez é pouco e não há um verdadeiro “ambiente informático”.

No que diz respeito à celeridade processual há passos simples que podem ser dados como sejam, a obrigação de o Juiz ter que justificar a sua decisão em todas as situações, quando na tradição anglo-saxónica o juiz só tem que fundamentar as suas sentenças em caso de recurso.

Os recursos são outro aspecto que está associado ao peso processual, muitas vezes usa-se o recurso apenas com intuítos de ganhar tempo. Há tribunais, hoje, que estão por conta das empresas, com questões de pequenos pagamentos, sem dignidade para serem derimidos em tribunal. Não podemos cair na desjudicialização, porque seria abrir a porta a formas privadas de  fazer justiça, mas devemos socorrer-nos de outras formas alternativas de resolver letígios.

A investigação criminal devia estar menos politizada e mais independente, mesmo em crimes mais complexos depender de um juiz e não do PGR que é nomeado pelo poder político.

Não se pode ignorar a grande crispação que reina entre os profissionais, entre si, mas tambem relativamente ao poder político e ao governo..

Avatar, Nas nuvens e Estado de Guerra lideram nomeações para os Oscars

Sem surpresas, Avatar, Up in the air e The hurt locker surgem como os principais candidatos à vitória nos Oscars, apesar da presença de Precious em todas as principais categorias.  Os nomeados à cerimónia de 7 de Março foram anunciados esta tarde, em Hollywood.

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Pela primeira vez em muitas décadas há dez nomeados ao prémio maior, o de melhor filme. Up in the air, com George Clonney em grande forma num filme extraordinário, surge nos mais nomeados, a sete prémios sendo que seis nas principais categorias: filme, realizador, actor, actrizes secundárias e argumento adaptado.

Avatar tem nomeações para melhor filme e realizador, além das categorias técnicas, mas surge debaixo do chapéu do sucesso nas bilheteiras para ser encarado como o favorito. Inglourious Basterds, de Quentin Tarantino, é outros dos filmes em destaque, incluindo melhor filme, realizador, argumento original e actor secundário, mas tem apenas fortes hipóteses no argumento e no actor, o genial Christoph Waltz.

Também The hurt locker (Estado de guerra) surge em destaque, com indicações para melhor filme, realizador, actor e argumento.

Eis as principais nomeações:

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F.C. Porto – Sporting

Na semana em que o administrador Fernando Gomes bateu com a porta e foi substituído por Adelino Caldeira e em que Farias saiu para regressar, vamos receber os lagartos para a Taça e esperar que o estaladão que o Bruno deu ao Costa tenha servido para alguma coisa.

Algo vai mal no reino do Dragão…

Le Temps des cerises (Memória descritiva)

Concluído em Novembro de 1870 o processo de unificação dos 25 estados germânicos, no dia 18 de Janeiro de 1871, passaram há pouco 139 anos, era proclamado o Império Alemão. Em Abril a Constituição ideada por Otto von Bismarck entraria em vigor. Nada disto seria de estranhar se Guilherme I, o soberano alemão, não tivesse sido coroado imperador do Segundo Reich na sala dos espelhos do Palácio de Versalhes. Foi uma humilhação excessiva aquela a que os franceses foram submetidos.

Era a consequência da derrota da França na recente guerra com a Prússia. A causa próxima desse conflito fora a candidatura de Leopoldo Hohenzollern ao trono de Espanha. Mais bem preparado, o exército prussiano, deflagrada a guerra em 19 de Julho de 1870, infligiu sucessivas derrotas aos franceses, aprisionou o imperador Napoleão III em Sedan, e em breve cercava Paris. Foi proclamada novamente a República na capital francesa, tomando posse um Governo Provisório de Defesa Nacional presidido por Louis Adolphe Thiers.

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Podemos continuar no Euro?


“Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem inteligência se debatem em dúvidas e indecisões.” * (Bertrand Russell)

No meu artigo  “Porque vale a pena apostar em África” publicado em 04.07.1997, afirmei entre outras coisas:

“ … O caminho da saída da crise [de então], de valores ideiais e materiais, portanto, não é o do euro. Nem para Portugal nem para os UE. Esta, para assentar finalmente com os pés no chão, terá que ser construida, antes que venha o euro, em primeiro lugar nos corações dos seus cidadãos … “. Ao mesmo tempo propôs uma estratégia diversa cuja perseguição asseguraria a Portugal uma ascenção sócio-económica orgânica e sustentável.

Como é sabido, uma vez que na altura o mar ainda estava azul e calmo e os subsídios fluiam abundantemente, essa estratégia não foi perseguida. Com efeito, os “capitães de água doce” optaram pelas medidas de costume. Precisamente aquelas que nos levaram à situação em que hoje nos encontramos. O euro acabou por ser introduzido com sucesso e parecia uma solução definitiva não só para os problemas de Portugal mas também para alguns outros candidatos menos fortes da zona Euro – apesar das suas economias fracas e pouco diferenciadas do tipo “me too”. [Read more…]

Mário Crespo, Governo, China, crime e companhia

Se fosse há uns anos atrás, tipo época de Governo de Direita, o caso Mário Crespo dava direito, até, a intervenção do Presidente da República. Mas os tempos são de Esquerda, isto é são de PS. Será apenas um “problema” do Governo, para “solucionar”, entre o silêncio e o acto de silenciar.

No Governo, além do baile das prioridades entre TGV e estradas novas,  é o Ministro das Finanças que quer substitui José Sócrates no papel do “agarrem-me ou eu vou embora”. Teixeira dos Santos ameaçou demitir-se por causa da Madeira. Com a sucessão de casos, João Jardim deve sentir-se elogiado. E por falar em Madeira, os estragos do mau tempo acumulam-se. Mais um argumento para ajudar financeiramente a ilha.

Na China haverá, segundo a OCDE, excesso de créditos bancários. Por aquelas bandas até o dinheiro é mais barato. Esperemos que as famosas casas dos chineses comecem a vender, também, dinheiro ao desbarato. Isso é que era…

Steve Jobs, da Apple, terá criticado a Google e a Adobe, chegando mesmo a afirmar que a Google “quer matar o iPhone”. A qualquer momento espera-se uma abertura de inquérito por parte da Procuradoria Geral da República.

Francisco Van Zeller afirma não comprar produtos estrangeiros. Desconfio que também tem um Magalhães…

Por fim, e como está na moda criminalizar tudo, porque em tempos de fome, a moralidade demagógica aperta, Helena Roseta defende a criação do crime de abuso urbanístico. Já agora, podia-se criar também o crime político, tipo mentir aos portugueses, prometer e não cumprir, etc. É que também convinha moralizar um pouco a política. E que tal ler o Código Penal para perceber que todos os actos que sustentam o chamado “abuso urbanístico” estão lá previstos como crime? É que não há falta de Lei, mas sim de Justiça.

Mário Crespo VS Leite Pereira

Enquanto se discute a censura a Mário Crespo eu prefiro avançar para as comparações.

Ora vamos lá comparar o percurso jornalístico de Mário Crespo e de Leite Pereira. Por onde andaram e o que aconteceu a um e outro ao longo dos anos? Quem é o jornalista Leite Pereira e qual o seu contributo para o jornalismo em Portugal? E o mesmo para Mário Crespo? Quando é que um e outro censuraram e foram censurados? Algum deles é “a voz do dono”?

Deixo estas questões aos leitores.

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Telejornal

O gerente do café explica o funcionamento do mesmo aos clientes. O primeiro-ministro
diz que ganhou a batalha da governabilidade. O governo mantém o aeroporto e a alta velocidade. O ministro das Obras Públicas discursa. o “pivot” do Telejornal é sério e usa gravata. O primeiro-ministro garante que o aumento do défice não foi descontrolo. O país janta e vê o Telejornal. O presidente da Junta anda descontrolado e bate uma punheta. O gerente do café continua a explicar o funcionamento do mesmo. O Orçamento é bom para o país. O ministro das Finanças admite que se engana. A deputada do CDS é boa…para o país. O défice dispara. As agências de rating controlam. O Bloco de Esquerda é bom para o país. Os deputados do Bloco de Esquerda são sérios mas não usam gravata. O gerente do café gosta de Coca-Cola. O governo já aguentou 100 dias. As garrafas estão expostas. O gerente arrota teses de doutoramento acerca do funcionamento do café. O primeiro-ministro é sério e usa gravata. Além disso, nunca se enerva. O primeiro-ministro é bom…para o país. O Presidente da República é sério e usa gravata. O líder do CDS também. O primeiro-ministro dá dinheiro aos bebés. O primeiro-ministro quer casar com a Carochinha. O primeiro-ministro e todos os ministros são bons…para o país. O gerente analisa agora a problemática da cerveja. O Presidente da República é sério e não bebe cerveja. O PPM quer referendar a monarquia. O PPM é sério e usa gravata. A autarca corrupta não vai a julgamento. O Obama continua a pregar. O gerente do café também. Todos os homens do poder são sérios e usam gravata. O Presidente da República é sério, honesto e usa gravata. Uma bombista suícida detonou explosivos em cima dos peregrinos. O México continua cheio de pistoleiros. O Presidente da República é sério, honesto, usa gravata e quer a estabilidade do país. O Leixões defronta o Marítimo. O gerente do café já resolveu todos os problemas da Humanidade. A brasileira alapa o cu ao balcão. O poeta escreve o que vê, o que ouve e o que lhe vem à cabeça. O Presidente da República é sério, honesto, usa gravata, quer a estabilidade do país e não apanha bebedeiras. O primeiro-ministro é bom…para o país e também não apanha bebedeiras. O ministro das Finanças é sério, honesto e usa gravata. Todos os homens públicos são bons…por natureza. A televisão promove os “Ídolos”. Os “Ídolos” são sérios, honestos, querem a estabilidade do país mas não usam gravata. O presidente da Câmara é bom…para a cidade. O TGV mantém-se, apesar do aumento da dívida pública. A sabedoria do gerente do café faz o meu cérebro dar voltas. O poeta é bom…mas também é mau, não quer a estabilidade do país, apanha bebedeiras e não usa gravata. O Pesidente da República é sério, honesto, usa gravata, quer a estabilidade do país, não apanha bebedeiras e só percebe de finanças. O ministro das Finanças é bom…para o país. O Presidente da República, o primeiro-ministro, o ministro das Finanças, todos os ministros, a oposição, o Orçamento, o presidente da Câmara, o presidente da Junta, o “pivot” do telejornal, o Leixões, os “Ídolos”, os pistoleiros mexicanos, a bombista suícida, os empresários dos carrosséis, o CDS, o PPM, o Bloco de Esquerda e o gerente do café são bons…para o país. A Beyoncé mostra as mamas. A Beyoncé é boa…para o país.

ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO, Candidato à Presidência da República

Apontamentos do campo (4)

(Alto Rabagão, Montalegre, a caminho de Boticas)

Pedro, um cagalhão é uma obra de arte?

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Obra de Pedro Picasso

A propósito disto

Mário Crespo: O «amigo Joaquim» está sempre à disposição

Pois é, os amigos são para as ocasiões e o «Jornal de Notícias», o lamentável pasquim que em tempos foi um grande jornal, já tratou de Mário Crespo. Igual, exactamente igual ao que Miguel Pais do Amaral fez em tempos a Marcelo Rebelo de Sousa.
Quanto a Mário Crespo, confirma-se o que já aqui escrevi: é um dos poucos heróis corajosos neste pântano nojento em que se transformou Portugal. A sua presença no abominável JN de Leite Pereira era um dos poucos balões de ar puro naquele charco de águas pestilentas. Um dos poucos motivos para ler aquele repugnante panfleto.
Em seguida, falta tratar de Manuel António Pina, o Manuel Alegre do execrando folheto. Fica sempre bem alguém da Oposição para que se pareça democrático, livre e plural. Mas não deverá faltar muito. O «amigo Joaquim», armado do seu folheto nauseabundo, entrará em acção logo que se justificar.

O Aventar desceu as audiências porque quis

E a Manuela Ferreira Leite só não ganha outra vez o PSD porque não quer. E o FC do Porto está a ter uma má temporada porque quer. E eu não vou para a cama com a Soraia Chaves porque não quero.
E ele, é parvo porque quer ou porque acha que os parvos somos nós?

Vai fazer a felicidade das mulheres

Bebé nasce com dois pénis.

David Haddy no FC do Porto: vem mesmo ou é como o outro?


Ganês, 19 anos, internacional, campeão do mundo sub-20. Parece ser bem melhor do que o sapatão do Sapunaru, que em boa hora se foi. Esperemos que eswte fique mesmo.
Ver mais aqui.