Se a Hipocrisia Matasse

Os tudo fizeram para destruir a ferrovia… os que destruiram o Tua… com o aplauso dos responsáveis de Carrazeda e Vila Flor… agora querem e exigem…

Carrazeda perde 20 Km de um vale único… 20Km de uma linha de caminho de ferro única… Não é sucata.. fazer uma nova custava mais que a barragem segundo o(Mexia) que Mexe com todos… e nunca teria o valor da obra prima da Engenharia Portuguesa… Estamos a falar em valores na ordem dos 300 milhões de Euros no mínimo.. Carrazeda perde o Rio, a água, as margens , os inertes e sobretudo a sua dignidade….

Irá perder, concerteza, a independência… pois nem concelho será num futuro muito próximo…!! Quem poderá recordar recordar , com orgulho, estes responsáveis ???

Mário Carvalho

Comments

  1. Os que andaram com a barragem “em ombros” tentando a todos convencer que era uma coisa muito boa, ficam com a barragem. Os outros que lutaram contra a barragem, avisaram dos prejuízos causados pela barragem, não pediram barragem nenhuma e exigiram contrapartidas, ficam com as contrapartidas. Não se podem queixar muito os primeiros pois têm o que quiseram! Podem-se queixar (e muito) os eleitores que tais autarcas elegeram, mas se calhar já vão tarde…

  2. Ah, se a hipocrisia matasse, que natural purga de idiotas a natureza teria arranjado…

  3. Artur says:

    Mais uma vez assistimos ao exagero dos “naturalistas” e dos romanticos comboistas.
    Nem a criação da barragem será o fim do vale; veja-se a riqueza paisagistica e a biodiversidade existente na maioria das albufeiras das barragens portuguesas (ex: parque natural do Douro Internacional), Nem o fim da linha do Tua será a causa directa do fraco desenvolvimento de Carrazeda de Ansiães. O comboio pouca gente ou mercadorias transportava.Não é só Carrazeda que não se desenvolve. Praticamente todos os concelhos do interior estão estagnados, independentemente de terem ou não comboio. A linha do Tua dava prejuizo. É certo que a paisagem era bela e valia a pena o passeio.Ver os aldeões de regresso da feira carregados, dava-nos uma alegria nostálgica. Contudo o passeio estava a sair demasiado caro (não para os utentes, mas para o Estado (contribuintes). Querem passear no pouca-terra por paisagens deslumbrantes? Têm a linha do Douro.

  4. dario silva says:

    Pouco tráfego?
    Curioso dizer isso da unica linha portuguesa onde a oferta era insuficiente na primavera e verao

    Se conhecesse…

    • Artur says:

      Por acaso até conheço. Se calhar por coincidência sempre que eu viajei naquela linha sempre apanhei poucos passageiros.
      Quase que apostaria que se a linha férrea do Tua não existisse e se o Estado a quisesse construir agora naquele mesmo local, os “naturalistas” viriam logo protestar contra a mesma.

      • O senhor aposta em tudo

        é um jogador como existem muitos neste país .. e que jogam com o dinheiro que não lhes pertence… e nada lhes custa… Resultado : falencia, descrédito e fome…dos outros

        Os “outros” são naturalistas ” mas o senhor é “fabricado”

        por quem?

        Não vale a pena responder .

        • Artur says:

          Não jogo com o dinheiro de ninguém, nem com o meu que é escasso.Não se precipite em tirar ilações.
          O país precisa de recursos energéticos e de uma menor dependência externa nesta matéria. Sendo o Nuclear um assunto tabu, as eólicas sempre serão insuficientes e o petróleo cada vez mais caro, o país não pode ver-se limitado a ficar a ver passar comboios por muito giro que sejam. Como já referi, nem a barragem há-de ser uma catastrofe paisagistica ou ambiental, nem o fim da linha fará grande diferença à economia da região. A linha do Sabor fechou e não fez qualquer diferença para a região transmontana.Ficaram saudades do apit`ó comboio? claro que sim. Mas não são as saudades e nem os revivalismos que nos ajudam a ultrapassar falências, descréditos e fome.

  5. Os mesmos que tudo prometem… nada fazem e ainda tudo destróiem impunemente ,até a imagem de uma companhia de prestígio

    http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=361&id=15578&idSeccao=3253&Action=noticia

    Secção: Informação Regional

    Cruzeiro previsto até ao Pinhão ficou pelo Porto

    MAIS UMA FALSA PARTIDA NA NAVEGABILIDADE DO DOURO
    CRUZEIRO PREVISTO ATÉ AO PINHÃO FICOU PELO PORTO
    Ainda não foi na passada 6ª feira, como estava previsto, que as embarcações da DouroAzul puderam rumar ao Douro profundo. Com o Milénio do Douro pronto a partir e repleto de dezenas de clientes portugueses e estrangeiros, entre eles um grupo de 33 finlandeses, para descobrirem as maravilhas da beleza natural do rio Douro, foram confrontados com a triste notícia de que afinal o navio não podia rumar Douro acima e que teria de ficar restrito a uma navegação entre o Freixo e a Foz do Douro.
    A empresa DouroAzul assumiu perante todos estes clientes o reembolso do bilhete já pago e ofereceu-lhes a possibilidade de realizar gratuitamente o cruzeiro Porto-Pinhão num futuro próximo, proposta esta que foi aceite pelos clientes portugueses, depois de um pequeno cruzeiro entre as pontes do Porto e a oferta de um pequeno-almoço a bordo. Relativamente ao grupo de finlandeses, embora tivessem entendido a situação ficaram altamente desapontados pois a viagem ao Douro interior era o momento alto da viagem a Portugal. Defraudadas as expectativas foi negociado com a tour líder deste grupo a devolução integral do custo da viagem, e para que fosse preenchido parte do dia que estaria atribuido à navegação, foi negociado que permaneceriam a bordo e que lhes seria oferecido um almoço neste pequeno troço disponível à navegação entre o Freixo e a Foz do Douro.
    Esta desagradável situação está a ser justificada pela delegação do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, IPTM Douro, por uma pequena avaria na eclusa de navegação na barragem de Crestuma\Lever que impossibilitou a passagem do batelão grua que iria verificar o posicionamento das bóias existentes neste pequeno troço e ao mesmo tempo rever e substituir uma ou duas bóias em falta.
    Dadas as consequências destes imprevistos, o departamento jurídico da DouroAzul a preparar um documento com um pedido de indemnização, dado que os prejuízos causados à empresa não se limitam apenas e só aos prejuízos directos nos cruzeiros que têm sido cancelados, mas essencialmente na imagem e credibilidade da empresa nos mercados internacionais que está a ser gravemente afectada.

  6. Sem duvida que a construção das barragens virá resolver a nossa dependência energética. Eram valores de produção estimados em 2009 de 0,3% das necessidades energéticas do país. Depois das falências promovidas pelo governo socretino deve estar ainda mais insignificante a fuga da dependência. Quantos séculos tornará compensatória essa redução de dependência?

    Mas não deixa de ser importante o taxo PPP que dai devem para alguns a custo dos muitos outros.

  7. Caro Artur, biodiversidade e barragem não combinam na mesma frase, necessita de alargar os seus conhecimentos. Quer ajuda?Quando uma barragem é construída inumeras alterações são impostas ao meio. A diminuição da luz na coluna de água, a acumulação de sedimentos, o aumento repentino de nutrientes provenientes das áreas alagadas traduz-se em profundas mudanças no meio. A diminuição da velocidade da água, o aumento da temperatura e estratificação da coluna de água, a diminuição do transporte vertical de nutrientes induz que quase todas as espécies desapareçam, dando lugar a novas espécies que colonizam o espaço. Algumas invasoras, introduzidas, oportunistas. Blooms de microalgas cobrem a superfície da água inviabiliando a vida abaixo de si , cianobactérias que produzem neurotoxinas proliferam, peixes migradores deixam de subir os rios para desovar, não podendo dar continuidade à sua espécie. Quer que fale sobre o que acontece a jusante?Não vou explicar, pense só na tragédia da Madeira com as enxurradas e imagine-se lá no meio.
    Cultive-se antes de criticar porque o senhor e a sua biodiversidade neuronal não sabem nada de nada.

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  2. […] ambiental” do paredão de 108 metros da barragem de Foz Tua, em pleno Douro Vinhateiro, Património da Humanidade (não é só dos portugueses, é da Humanidade). Como o ilustre arquitecto parece não conhecer o […]

  3. […] tenho é pena que este país não tenha os meios para lhe fazer a justiça e a homenagem que merece. partilhar:Facebook Esta entrada foi publicada em ambiente, política […]

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