Basta! Revolução ou renovação?
confiança
Tal como a criança que dorme confiantemente em paz, há imensos factos da vida que nos fazem rir e estarmos em paz connosco e com os outros. Estou certo de que os meus amigos se interessam pela minha saúde. Estou mais do que confiante que a mulher que amo, é uma pessoa fiel porque faz tudo por mim. Confiante na paciência dos que pretendem ler os meus textos. Escrevo a palavra pretendem, não como insulto, mas como reconhecimento que é impossível ler tantos ensaios que eu envio. Não há tempo, entendo. [Read more…]
NUCLEAR, as mentiras são mais que muitas e os medos reais
Se não é da tecnologia, é dos sismos, se não é dos sismos, é das pessoas, se não é das pessoas é a merda da realidade que insiste em não se domesticar.
Mas é seguro, seguríssimo, resistente a tudo, ataques armados ou acontecimentos naturais, e não poluidor, quem diz o contrário está apenas interessado em espalhar medos.
Ou, então, vamos inventar um mundo sem sismos nem fenómenos naturais, sem pessoas e, sobretudo, sem a chatice da merda da realidade.
As vascas de uma morte anunciada
Santana Castilho *
1. O discurso da posse de Cavaco Silva foi uma censura fúnebre ao Governo. O empossado, até agora embuçado com a cooperação estratégica, disse, tarde, coisas que devia ter dito antes, quando os sobressaltos cívicos de muitos lhe pediam intervenção. Cavaco Silva passou a ter, ele próprio, um problema de sobrevivência às expectativas que criou. A salvação da sua magistratura activa passa agora pelo finar definitivo do Governo que feriu. E a verdade é que os acontecimentos favorecem o desígnio. As manifestações de 12 passado foram surpreendentes, enormes e evidenciaram um descontentamento que extravasa em muito os jovens e dão razão a Cavaco, quando diz que há limites para o que se pede aos cidadãos. A provocação desabrida de Sócrates ao apresentar em Bruxelas mais um pacote brutal de confisco dos recursos privados, derrogando o acordado com o PSD e desdizendo sem pudor o que há pouco havia garantido a todos nós, provocou a pronta reacção de Pedro Passos Coelho e faz prever inevitáveis eleições antecipadas. Há pois uma conjugação da ausência de esperança cívica com obstáculos políticos irremovíveis, sob pena do PSD e Passos Coelho perderem a face, o que seria suicida para as suas legítimas ambições. A corda ficou, de repente, de tal modo tensa, que não sobra alívio para qualquer entendimento. Do mesmo passo, dentro do próprio PS as clivagens são cada vez mais evidentes. Em artigo de opinião do Diário de Notícias de ontem, é significativo que Mário Soares diga que às crises financeira, económica, social e de valores se soma agora uma crise política ditada por “erros graves”, “esquecimentos imperdoáveis ou actos inúteis” do primeiro-ministro. Tem, naturalmente, razão. Congelar pensões miseráveis por dois anos, sem redução dos gastos da gula majestática do Estado, é intolerável. Fazê-lo sem explicação ao país, sem dar cavaco a Cavaco e ao parlamento é de uma arrogância própria dos pequenos ditadores. Quando o PEC cair na Assembleia da República, Cavaco deve dissolver o parlamento. Chega de jogos e de mecanismos dúbios. [Read more…]
Aleluia, Aleluia, Agora É Que Vai Ser
O que faz a ganância, ou o poder do dinheiro
Sampaio Nunes, ex-responsável pela área da energia nuclear na Comissão Europeia e ex-secretário de Estado da Ciência, afirma que o sismo e o tsunami do Japão corroboram, ao invés de porem em causa, a segurança das centrais nucleares. Dos 15 reactores na zona mais exposta ao tremor de terra, houve problemas em quatro e, por ora, sem libertação significativa de radiaoactividade. “A conclusão é que resistiram bem a um sismo de magnitude 9,0 e a um tsunami com ondas de 10 metros”, afirma. “Não há situação pior do que esta”. in Público
Sampaio Nunes para o Japão, já.
O desertor
Dedicado ao presidente dos outros portugueses, na sequência de uma discussão ontem por aqui havida. Circulava no facebook, e vem mesmo a propósito.
Se não é do cu, só pode ser das calças
Começa a ser preciso ter uma paciência de santo para aturar certas explicações estapafúrdias. A mais recente é a do secretário de Estado do Tesouro.
Carlos Costa Pina disse hoje que os juros da venda de bilhetes do tesouro registaram uma “ligeira subida” (0,3 por cento) na emissão de hoje, em relação à anterior, por causa do “ambiente de incerteza ao nível político e o facto de não se ter ainda garantido a existência de condições de estabilidade política”.
Até aqui, os juros subiram sempre por outras razões. Uma delas tinha a ver com o vídeo da Rita Pereira. Lembro-me que outra foi quando estreou o mais recente Harry Potter. Ainda houve aquela vez em que a selecção perdeu com a Argentina. Se a memória não me atraiçoa houve outra ocasião similar e teve a ver com o facto do George Soros ter perdido um jogo de monopólio.
Houve mais, mas os juros têm subido tantas vezes que já não me lembro de todas.
A escola quer-se como a sardinha
Partindo de um texto de José Matias Alves, descobri dois sites (este e este), onde se afirma que, no que se refere a escolas, o tamanho é importante: as mais pequenas são melhores. A Ministra da Educação, uma verdadeira avançada mental, deve ter lido estudos diferentes. É pena que não os divulgue. Aqui fica uma citação que não consiste, propriamente, numa defesa dos mega-agrupamentos:
The Chicago Public Schools is committed to creating and sustaining small schools as a district-wide school improvement strategy. There is almost 40 years of existing research and literature on small schools which indicates that students in small schools have higher attendance and graduation rates, fewer drop-outs, equal or better levels of academic achievement (standardized test scores, course failure rates, grade point averages), higher levels of extra-curricular participation and parent involvement, and fewer incidences of discipline and violence. The summary of research below includes data and information from this body of research, highlighting several studies for each type of measure. These studies include results from research conducted in Chicago, as well as nationally. For detailed information on these studies, please refer to the list of references included at the end of the summary.
Rasquíssima!
Uma actividade pouco católica: bater nos miseráveis, aqueles que nem um tecto de barraca têm como abrigo. Pois foi esta, uma das praxes dos caloiros da Universidade Católica de Braga. Por aquilo que o Expresso divulga, um grupo composto por três dezenas de hooligans, foi espancar os sem-abrigo que dormiam nos claustros da Rua do Castelo, bem no centro da cidade dos Primazes.
Estavam eufóricos, estes estudantes. Imagina-se porquê e como. Realmente e em primeiro desabafo, dá vontade de dizer que o pelourinho de Braga sempre podia servir para alguma coisa.
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