diria Chico Buarque. E foi. Havia berimbaus e liras, touros e forcados, desfolhadas, megafones e homens da luta. O protesto era apartidário mas a propaganda estava por todo o lado. E o laico e pacífico eram expressões menores para um desfile encenado, numa espécie de palco pop-culture-retro, onde só faltaram as calças à boca de sino e a floral chita.
Estas manifestações ritualísticas de contra-poder, encenações de revolução, ainda que anacrónicas, são catárticas e, de certa forma, desinibem franjas da população para a intervenção. Eu sugiro que se aproveite a força anímica para começar a trabalhar, mas a sério. Para começar a revolução de dentro, aproveitando recursos, em vez de pedir mais; recusar superficialidades, em vez de exigir que um Estado impessoal e pesado as alimente. [Read more…]
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