A surpresa da Europa e seus governos perante os acontecimentos no Norte de África radica no preconceito, no desconhecimento e na ignorância.
Agora tenta-se surfar a onda, como se vê no caso Líbio, numa clara tentativa de sacudir o petróleo do capote.
Tropeçamos na ignorância e no preconceito a cada passo, nos postes dos blogues, nos comentários dos jornais, nas declarações dos programas interativos de rádio e televisão. O mouro, o muçulmano, o norte africano, é para parte da população europeia ainda inimigo histórico, ou novo inimigo, emigrante não integrado, terrorista potencial, manhoso, preguiçoso, atrasado, sub-desenvolvido, sub-espécie, raça inferior, etc.
O mesmo -ou algo semelhante- se passa com políticos e governantes. Exceptuando raríssimos casos (como será o do eurodeputado Miguel Portas) desses países pouco mais conhecem do que hotéis, salões governamentais, excursões de propaganda, escritórios de petrolíferas, investimentos aí feitos pelos seus próprios países, a dança do ventre para turistas e a temperatura da água do mar. [Read more…]
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