O ditador líbio cita Franco, comparando a entrada deste em Madrid à tomada de Benghazi. Sem capacidade militar para se defender da aviação, da artilharia e das tropas de elite de Gadafi, a população de Benghazi aguarda o massacre, enquanto muitos tentam a fuga. Gadafi ameaça:
“Estás son las últimas horas de esta tragedia, llegaremos esta noche y no tendremos compasión“
Os resistentes preparam-se para morrer como os republicanos espanhóis, sabem que o gritar Não Passarão de pouco lhes servirá.
Entretanto o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma zona de exclusão aérea. Ver ingleses, franceses e americanos a intervir num país estrangeiro traz-me as piores recordações. Mas ver morrer os resistentes de Benghazi seria sem dúvida o pior dos pesadelos.
Neste conflito se decide a sorte das revoltas árabes que enfrentam ditaduras sanguinárias. A Arábia Saudita já invadiu o Bahrein. Esta é a última esperança de que evitando um banho de sangue os revoltosos de toda a região ganhem o alento necessário para a sua luta.
Comentários Recentes