Uma fatia para a mesa do canto, sff:

Eu sou um guloso. Um grande guloso. Por isso, sempre que passo por Felgueiras perco o amor a uns euritos e compro um Pão de Ló de Margaride. Divinal.

Por isso, ficam todos convidados a fazer o mesmo e a acompanhar uma fatia do dito com um bom Vinho do Porto. Aproveitem que o Festival do Pão de Ló de 2011 está quase a chegar.

 

O PECador calimero

O  PECador calimero

Vídeo: “Como foi possível fazerem isto ao país?”

O Corporações está cada vez mais Abrupto…

Imaginem lá onde vai o Corporações buscar ideias:

Miguel Sousa Tavares: desculpas de mau apagador

Miguel Sousa Tavares, na sequência do que escreveu na semana passada, conseguiu reconhecer que se enganou na quantia astronómica que os professores recebiam por classificar exames. A argumentação não é convincente e, como qualquer menino birrento, não consegue reconhecer um erro sem, imediatamente, contra-atacar, acumulando mais erros.

Talvez, desta vez, tenha ido ler, finalmente, o despacho 8043/2010. Uma vez aí chegado, descobriu ou reconheceu que se tinha enganado: os professores recebiam 5 euros ilíquidos por exame. No entanto, não perde uma oportunidade para acrescentar que poderiam receber “7,5 ou 15, em casos particulares.” Mais uma vez, alguém menos informado poderia ficar a pensar que havia casos particulares na classificação dos exames. A verdade é que esses dois valores são pagos não a professores classificadores mas sim, numa fase posterior, aos que procedem a reapreciações (€7,48 ilíquidos) e aos especialistas que analisam reclamações relativas a reapreciações (€14,96 ilíquidos). [Read more…]

Japão: o rapaz nuclear

Os japoneses a explicarem às crianças o problema nuclear

Doí a barriga ao rapaz nuclear e está com gases. Estes japoneses são mesmo diferentes.

Avaliação docente: a revogação que revoga a revogação anterior

Na revogação de sexta-feira quanto à avaliação dos professores consta:

Artigo 1.º
(Norma revogatória)
É revogado o Decreto Regulamentar 2/2010, de 23 de Junho.

 

Acontece que o Decreto Regulamentar n.º 2/2010 de 23 de Junho, no artigo 40º, havia revogado, entre outros, o Decreto Regulamentar nº 2/2008:

Artigo 40.º
Norma revogatória
Sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 75/2010, de 23 de Junho, são revogados os Decretos Regulamentares n.os  2/2008, de 10 de Janeiro, 11/2008, de 23 de Maio, 1 -A/2009, de 5 de Janeiro, e 14/2009, de 21 de Agosto.

 

Portanto, se estou a perceber bem, a revogação de sexta-feira passada cancela a revogação do primeiro decreto regulamentar sobre a avaliação dos professores, ficando assim em vigor a primeira versão da avaliação. Aquela mesma que era feita com titulares. Wow! É uma abordagem com elevado potencial sado-humorístico mas de tal forma extravagante que me pareceu melhor perguntar uma opinião ao pessoal do meio docente. O Paulo Guinote adiantou  uma perspectiva interessante: uma revogação não deverá colocar em vigor um terceiro documento. Creio que faz sentido. Mas antecipo animados desenvolvimentos.

200 anos e 200 países em 4 minutos

Sócrates e a fuga: guião de uma legislatura (II)

Fonte: PÚBLICO online; Processamento adicional: Fliscorno; Gráfico original: image

O primeiro-ministro demitiu-se e a situação que era má ficou pior. Mas olhando para este gráfico percebe-se que não é a instabilidade política que nos está a tornar mais caro o dinheiro que pedimos emprestado. Com efeito, apesar do entendimento PS/PSD ao longo de 2010, o custo do dinheiro não parou de aumentar.

Por causa dos compromissos assumidos no passado como as SCUT e as PPP, por causa de irresponsabilidades como o buraco BPN, por causa do despejar de dinheiro a rodos para obras públicas sem a menor preocupação de onde virá ele, chegámos a um ponto em o país está completamente nas mãos do capital estrangeiro, o qual tem um custo crescente. Naturalmente, não estaríamos neste situação se, desde Guterres, não houvesse esta irresponsabilidade de fazer obra sem dinheiro.

A fuga de Sócrates apenas se deveu a ele saber que não conseguiria mais tapar os buracos das contas. Entre pagar o preço político da última década governativa e tentar passar as culpas, mesmo que isso precipitasse o caos, a escolha está à vista.

O vírus da avaliação dos professores

Imaginem que têm uma infecção. Imaginem que um médico, ou seja, um especialista na matéria, vos diz que, se a infecção não for tratada, ficarão sequelas graves no vosso organismo. Pergunto-vos, leigos que sejam: pensam que a infecção deva ser tratada o quanto antes ou preferem ficar à espera, como a nêspera?

Os professores e outros especialistas na matéria têm vindo a afirmar, há vários anos, que os modelos de avaliação docente impostos pelo poder socrático estão carregados de defeitos terríveis que dificultam artificialmente a actividade dos professores, com efeitos mediatos e imediatos na qualidade do ensino ministrado aos alunos. A que propósito, então, é que se deve ficar à espera de que esta infecção chamada ADD afecte inevitavelmente o tecido escolar? Qual é a utilidade de prolongar uma situação cujas consequências são conhecidas pelos especialistas?

a incompetência de uma ministra, a aparente sede de poder de alguns serventes e o ressabiamento de um grupo parlamentar que bombardeou a Escola Pública é que podem explicar as argumentações e as reacções delirantes contra a recente e festejada revogação. Entre outras possíveis, proponho a leitura deste texto, em que é comentada a frase alçadiana “Não se interrompe um processo a meio do ano lectivo”.

A luta dos professores e de todos aqueles que estão verdadeiramente preocupados com os problemas da Educação ainda não acabou. No que se refere à avaliação do trabalho docente, é importante que se inicie um verdadeiro debate, com tempo e rigor, de modo a criar um modelo eficaz e justo.

Anabela – final capítulo 2

casamento anabela1

Trazida ao mundo pela mãe, cuidada no mundo pelo pai. Anabela é também a feitura de duas situações diferentes. Situações das quais temos falado os antropólogos, por carinho e por pesquisa (Iturra 1990a), Reis 1991), e por intimidade amistosa. Por acolhimento. António é resultado de uma mãe que aí chega a Vila Ruiva do alto céu (Genealogia 8), conhece a Virgílio Lopes, que casa, faz o filho e a abandona. Com a desculpa de emigrar a Argentina. A procurar dinheiro. Lá fica com os irmãos que lá já estavam. Como também lá morre Virgílio no ano 82.

Sem ter visto ao lindo homem sedutor, que tinha feito. Um Virgílio sem terras, que precisa do dinheiro, como todos, para comprar de outro sistema senhorial que perde a propriedade. Como é também a aristocracia portuguesa morgada, descendente dos cálculos liberais de 1830, aristocracia mantida pelo ditador português do século 20. Essa ditadura que exporta força de trabalho que havia a mais nos campos lusitanos. Faz da exportação, uma indústria lucrativa para Bancos, comércios, [Read more…]