A Lisboa de António Costa, de Manuel Salgado e de um tal Zé-qualquer-coisa

Durante umas horas na tarde de ontem, arrasaram aquilo que existiu durante um século. Foi tudo reduzido a pó, desde cantarias e lindíssimas grades, às varandas de outros tempos e portas em madeira de casquinha. Tudo para o entulho. É assim a Lisboa moderna desta “situação” no estertor que todos sentem sem o dizer. Antes de volatilizar-se, pratica a terra queimada, demolindo o tecido urbano, cavocando preciosos “terrenos” em praças, avenidas e ruas. Em nome das negociatas habituais, estacionamentos e do interesse do sector do betão que proporciona rendas e poleiros a uns corvos que ocasionalmente passam pelos gabinetes ministeriais, esmaga-se uma cidade inteira. Demoliram-se dois prédios em plena Praça Saldanha, hoje um local quase inóspito pela fealdade e baixa qualidade arquitectónica escandalosamente exibida por uma Câmara Municipal que não merece tal denominação.

Esta vergonha acompanhada ao vivo pela revolta de inúmeros transeuntes que indignados e de telemóveis na mão, faziam umas tantas fotos para o triste album de recordações do período final da 3ª República. Entre insultos, rosnares e todo o tipo de ilações acerca de mais este crime.

 


 

Comments

  1. mário martins says:

    É preciso demoli-los,antes que estraguem mais.

    Um abraço,
    mário

  2. O que fazia falta?

  3. É impressão minha ou destruíram um belíssimo grafitti?

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