
SEGREDO
Lá, na última das celas
nódoa negra de açoites,
não há dias, não há noites
porque as as noites têm estrelas.
Lá, só na sombra que dói.
Sombra e brancura de um osso
que o preso remói, remói
no fundo do seu poço.
Lá, quando o vierem buscar
amanhã, depois ou logo,
terá na alma mais um fogo,
mais uma chama no olhar.
Luís Veiga Leitão







Caro amigo Ricardo
Desculpe o tratamento pois penso que não nos conhecemos, mas quem escolhe um poema destes merece a nossa amizade.
Obrigado
Carlos Luis
Obrigado.