Cancioneiro Casa Nostra
A sempre irritada jornalista do ex-poder já ansioso por regrassar ao buffet, cita um fulanóide qualquer, não sabemos quem – o marido da Dª Rosete? -, talvez com intuitos condenatórios. Mas vamos então à trombeta da arauto:
1. “É altura de os Portugueses despertarem da letargia em que têm vivido e perceberem claramente que só uma grande mobilização da sociedade civil permitirá garantir um rumo de futuro.”
Qual é a dúvida? Acabaram-se os TGV’s, aeroportos à cata de terrenos “amigos”, centros comerciais à beira-Tejo, bunkers de contentores, BPN’s, pedincha atrás de pedincha no estrangeiro e ainda conseguimos fazer com que um certo caramelo fosse flanar à beira Sena. O 16ème é uma espécie de resort caro, mas num país tão desigual, ele e os seus estão do outro lado que pode, quer, manda e consome. O lado da casa nostra Câncio. Quanto a isso estamos descansados, não letárgicos. [Read more…]
Da nobreza no futebol
O futebol é mais do que um jogo, infelizmente. É um lodaçal feito de uma mistura de irracionalidade, negócios racionalmente escuros e agressividade também verbal, ou seja, de valores antidesportivos. É, portanto, raro encontrar, entre jogadores, dirigentes e treinadores, palavras ou atitudes nobres.
José Mourinho e Cristiano Ronaldo são profissionais extraordinários e estão entre os melhores do mundo, mas estão muito longe da nobreza de Guardiola ou de Messi, uma vez que raramente conseguem esconder o arruaceiro ou o vaidoso que estão dentro deles.
Guardiola foi, para além disso, um dos melhores médios que já vi jogar, discreto, inteligente, elegante (podem revê-lo, depois do corte). Como treinador, manteve as mesmas características e, mesmo na hora da saída, consegue ser grande, dispensando-se de inventar desculpas ou de criar fricções escusadas.
Messi, o profissional apaixonado, o atleta improvável, não esteve presente na conferência de imprensa da despedida e explicou: “Preferi não estar porque sabia que os jornalistas iriam à procura dos rostos de pena dos jogadores.” Também fora de campo, Messi é melhor do que Cristiano Ronaldo, convencido de que é perseguido por ser rico e bonito.
No nosso campeonato, Ontem, Sérgio Conceição, depois de ganhar em Braga, declarou que o empate teria sido o resultado mais justo. Leonardo Jardim, ao contrário da maioria, não fez referência a erros do árbitro.
O futebol é mais do que um jogo e torna difícil manter a serenidade e a elevação. Os que o conseguem devem ser elogiados, porque são esses que devem ser imitados. [Read more…]
Fala Pacheco
Quando ouço falar do “festim do crédito”, quem é que é responsável pelo “festim”? Quem deu a festa para recolher lucros, ou participou nela para ter vida mais fácil? A resposta justa é: pelo menos os dois. A injustiça da resposta é que só um aparece como “culpado” do “festim”, e só um lhe paga os custos. E se falarmos mesmo dos muitos milhares de milhões que constituem a dívida nacional, que hoje é apontada como um fardo moral para os pobres que “viveram acima das suas posses”, com esse plural majestático do “nós”, em “nós vivemos acima das nossas posses”, eles não foram certamente para o bolso das pessoas comuns que hoje lhes pagam o custo. Não foram os pobres, nem os funcionários públicos, nem a classe média baixa que fez as PPP. O discurso do poder é todo feito para culpabilizar os de baixo, enquanto quase pede desculpa para moderar um pouco os de cima. A resposta dos de baixo é uma rasoira populista e igualitária, que também não promete nada de bom para o futuro.
Há uns imbecis que dizem que falar assim é falar como o Bloco de Esquerda. [Read more…]
Hoje dá na net: Os Grandes Aldrabões
São os quatro irmãos Marx, é claro. Um filme de 1933 com Groucho, Harpo, Chico e Zeppo Marx, realizado por Leo McCarey.
Legendado em português, ficha IMDB
Tribunal decide que entrega de casa ao banco liquida dívida
Decisão importantíssima. Em Portugal o negócio dos bancos não tem risco. Será que vai começar a ter? Algo me diz que não vai ser assim…
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