Acordo bilateral Portugal-EUA sobre a transferência de dados biométricos e genéticos

Foi publicado hoje em DR o aviso (13/2012) da entrada em vigor do acordo.

Troikornos

O corno já não é o último a saber. Agora é a troika.

PS impõe disciplina de voto nos tratados europeus

Mr. Inútil dos Clã

Pala-pala-palavra não sai
Pala-pala-pala-palavra não sai
chegou ao parlamento [Read more…]

25 Poemas de Abril (VI)

Como lobos de súbito
irrompem na planície citadina
carregados de morte

Seu nome é violência
Trazem nas mãos mortíferos sinais
e de órbitas vazias

caminham em silêncio
envoltos na terrível solidão
do crime encomendado [Read more…]

«Estejam Quietas com a Cama!»

O trabalho jornalístico de Miguel Carvalho, adiante citado, é primoroso e merece boa leitura. Aprende-se muito. Todas as leituras complementares da figura Salazar que nos dêem os figurantes aleatórios que o rodearam, como Rosália Araújo, complementam-nos a nós, compõem a portugueseologia que nos falta, especialmente nesta hora em que recolhemos, impotentes, temerosos e com esta raiva amordaçada, os agraços dos anos ávidos da jacobinada socialista, a factura da grande devastação lesa-pátria socialista, os efeitos nocivos da democracia tomada como pretexto para a impunidade da criminalidade política mais crassa, essa inter-partidária, mas notoriamente mais de assinatura socialista, dado a recente capitulação e pré-falência nacionais terem sido obra sua. Depois de Salazar, veio Soares. Com ele, começou a medrar todo um sistema malicioso dado à permissividade selectiva: ao mesmo tempo que nos castiga e oprime no plano económico e fiscal, vai perdoando largamente a políticos gangsters qualquer crime, a reiteração de qualquer crime, qualquer prevaricação, qualquer abuso de poder, qualquer veleidade de auto-eternização no cargo. No fim, vêem-se premiados com as delícias do furto aos contribuintes e condenando milhões de cidadãos à mais vexatória penúria, ancorados a dívidas incomportáveis pelas décadas das décadas. Não poderiam tais consumadas bestas democráticas ter ao menos a virtude de não falhar na sustentabilidade do Estado Português e nos pressupostos da nossa soberania garantida, coisas em que Salazar não falhou?!: «Em São Bento, onde Salazar por vezes vegeta, há quem veja miragens de melhoras. «Não se iluda, senhor director! Ele mija na cama e borra-se todo!», dirá o motorista Furtado a Costa Brochado, jornalista e intelectual salazarista. No palacete, escasseiam as visitas ao morto adiado, abundam fraldas, transfusões e preocupações. «Era do cadeirão para cama e da cama para o cadeirão.» O tremor de terra que assusta Lisboa em 1969, abana os candeeiros em São Bento e apanha o ditador prostrado, entre lençóis, com as enfermeiras em volta. «Estejam quietas com a cama!», atirou ainda Salazar, emergindo por momentos dos confins da alma.» Miguel Carvalho

Muito bem explicado

A falácia da Segurança Social por Priscila Rêgo

Da Guiné

“Apelo dramático à comunidade internacional”
Na Guiné prendem-se os de opinião diferente. Cá não, que isto aqui é uma democracia.

Anonymous e Rui Rio

Conversa do chácha

Há trinta e sete anos, o que este país andou a ouvir acerca de colonialismos, ocupações e outras conversas então na moda! As Forças Armadas “jamais” deixariam o rectângulo europeu e apenas serviriam para a segurança da população e da independência nacional.
Viu-se, vê-se! Intervenções regulares no antigo Ultramar, desta vez sob as mais diversas formas de encapotamento daquela realidade que todos conhecemos: após décadas de independência e única e exclusivamente apenas excluirmos Cabo Verde, temos uma plêiade de Estados falhados, entregues a quem bem conhecemos. Nos maiores territórios, os mais básicos indicadores de desenvolvimento regrediram ao início da década de 50 do século passado e nem sequer valerá a pena voltarmos a contabilizar as montanhas de mortos sobre os quais os regimes se alicerçam. Em suma, já não cola o argumento do dedo apontado ao colonialismo que tudo justificou. Passaram mais de duas gerações. No caso da Guiné, ao vergonhoso fuzilamento sumário de dezenas de milhar de antigos soldados que serviram o Exército Português – “não temos nada com isso, eram pretos”… -, soma-se o descalabro social e económico, a constância da chacina dos tittulares do poder em Bissau, o total abandono das populações ao livre arbítrio e para cúmulo, a transformação do país numa placa giratória do narcotráfico internacional. Em suma, uma espécie de escondida Somália atlântica.
Agora, Portugal prepara mais uma intervenção militar na Guiné. A desculpa é clássica, com o recurso à defesa dos corpos e talvez das almas dos residentes portugueses no território. Pois…

O rol dos traidores

Sem o terem anunciado antes de serem eleitos, estes são os deputados que acabam de vender Portugal por um prato de austeridade. Todos se poderiam chamar Miguel de Vasconcelos. Voltem a votar neles e um dia acordam sem país.

Abel Baptista | Acácio Pinto | Adão Silva | Adolfo Mesquita Nunes | Adriano Rafael Moreira | Afonso Oliveira | Alberto Costa | Alberto Martins | Altino Bessa | Amadeu Soares Albergaria | Ana Catarina Mendonça Mendes | Ana Paula Vitorino | Ana Sofia Bettencourt | Andreia Neto | Ângela Guerra | António Braga | António José Seguro | [Read more…]

Sabes Alemanha, no futebol a conversa é outra

Sabes Alemanha, o futebol pode fazer em 90 minutos aquilo que nos fazes todos os dias. Temos umas contas a ajustar, num relvado de dois países que têm sido teus súbditos no intervalo de o serem da Rússia.

Com o cigano Quaresma e o madeirense Ronaldo na forma em que estão, tudo gente de povos inferiores, daqueles que desprezas todos os dias, corremos contigo do Euro. O Nani pode ficar como suplente de luxo.

Sabes Alemanha, no jogo dos pobres, os ricos também perdem.

No vídeo os dois golos do Quaresma no último fim de semana. Duas obras-primas.

Pais não vão poder escolher a escola dos filhos

Ou antes, só alguns é que vão poder escolher a escola dos filhos.

Se uma escola tiver 100 vagas e houver 200 candidatos, metade dos pais não escolhe, certo? Será que posso formular uma pergunta: quem vão ser os 100 que vão ficar de fora? Pois, acertou! É a Democracia da Cratinice em pleno!

Agora imagine que as notas dos alunos são consideradas para a avaliação dos Directores (imagine, porque é verdade!), que alunos o Director vai querer escolher? Os melhores, os que lhe garantem mais resultados. Assim, vamos ter na escola A os melhores e na escola B apenas as sobras… Viva o 24 de Abril da Escola Portuguesa – já sei que o Paulo vai achar esta referência histórica um exagero, mas será que não está clara a matriz do pensamento da Cratinice?

Há uns anos, vendiam a MAC ao ‘El Corte Inglés’

Carlos Monjardino, neto do fundador da MAC,  diz o ‘Público’, esteve a ver uns papéis lá em casa, manuscritos pelo avô, e concluiu que o Ministério da Saúde poderá fazer da MAC o que bem entender.

Sem atender a princípios fundamentais de ‘interesse público’, o prepotente Macedo recebeu, assim, uma chancela de cunho bem vincado para certificar a decisão abstrusa, anti-social e até anti-científica de encerrar a MAC.

Quem quiser ver com olhos de ver, facilmente percebe que MAC e Hospital de Santa Maria, com a transferência de 2.100 partos / ano, serão sacrificados em favor do Hospital de Loures, construído e explorado em regime de PPP com a Espírito Santo Saúde. A mulherzinha que preside ao negócio de saúde do BES é uma tal Isabel Vaz que, como escreveu o meu amigo João José Cardoso, é autora da célebre frase: “Melhor negócio do que a saúde só o das armas”. [Read more…]

Palavras difíceis de prender

A minha mania de guardar recortes de jornal.
Este é do Público (11 dezembro 2010) e refere-se ao poema que Liu Xiaobo escreveu no cárcere na véspera da entrega do Prémio Nobel da Paz. Não o deixaram ir a Oslo, mas nem por isso deixou de «gritar» e fazer-se ouvir. No jornal lemos “Mas as palavras são mais difíceis de prender, e Liu conseguiu fazer chegar ao exterior um poema inédito”!
Ficam aqui essas palavras de um homem que diz não possuir nada e, no entanto, é Prémio Nobel da Paz (é tudo)…
Experimentando a Morte [Read more…]

Nascido a 13 de Abril (e não de “abril”, como vi por aí)

VLADIMIR: Ah yes, the two thieves. Do you remember the story?
ESTRAGON: No.
VLADIMIR: Shall I tell it to you?
ESTRAGON: No.
VLADIMIR: It’ll pass the time. (Pause.) Two thieves, crucified at the same time as our Saviour. One—
ESTRAGON: Our what?
VLADIMIR: Our Saviour. Two thieves. One is supposed to have been saved and the other . . . (he searches for the contrary of saved) . . . damned.

Samuel Beckett, Waiting for Godot, Act I

 
FRANCE. Paris. 1986. Nobel Prize winning author Samuel BECKETT.
Copyright: Bob Adelman/Magnum Photos

Cratinice não tem fim… A Estupidez da ignorância que os leva à Loucura

Ser Professor hoje não é o mesmo que há 100 anos atrás, embora pareça. Para os queques da linha, seja ela de Cascais ou da Foz, até pode parecer que é a mesma coisa, mas não é. E não são as paredes que fazem a diferença, nem tão pouco os computadores. Demagogicamente até poderia subscrever a ideia que a grande diferença até nem são os Professores: são os alunos!

Acresce a este contexto prismático e cada vez mais delicado, uma pressão mediática e / ou mediatizada sobre a profissão, que levou João da Ponte a sugerir que o “professor desenvolve o seu trabalho num ambiente cada vez mais agressivo” e Bárbara Wang a escrever que “de repente, os professores têm o peso do mundo sobre os ombros e, ao mesmo tempo, são o bode expiatório de todos os males da sociedade.” [Read more…]

Hoje dá na net: Apocalypse Now (1979)

Até ver é o filme da minha vida. Versão longa, ou seja, 3h e 16 minutos de cinema. Tão bom que só ganhou dois óscares de treta.

Realização de Francis Ford Coppola. Com Martin Sheen, Robert Duvall, Marlon Brando, Harrison Ford, Dennis Hopper, e muitos outros.

Ficha IMBD

Em inglês, legendado em castelhano.

PQP

São as iniciais do que me apetece dizer. Mas ainda bem que a FENPROF está sem medo das palavras.

Crato dilatador

Olha… espreitei o diário da República e reparei que a minha sala de aula cresceu. A sério, é uma espécie de milagre da multiplicação… das cadeiras. Descobri que as minhas turmas vão ter 30 alunos (no 5.3 do pdf do DR).

Contas simples: de 24 a 28, as turmas passam a  30. Se em cada turma entrarem mais 2 alunos, por exemplo, em 13 turmas temos menos uma turma, menos 30 horas, ou seja menos um professor por cada… Vamos jogar ao mata?