E tratando-se de Assunção Cristas, tende sempre para ser asneira grossa.
Bochechas de Abril
Sim, sim, muito obrigado, capitães de Abril, boa viagem, mas os vossos disparates e afastamento da realidade já cansam. Evidentemente que os ideais de Abril foram para o caixote do lixo, mas não é propriamente o Governo Passos o derradeiro agente de essa degradação e rasura aprilina. Coveiros há muitos. Desde logo a incompetência e sofreguidão em quinze anos de socialismo bancarrotista, passando pela fantástica tradução comunista-esclavagista da República Popular da China com o seu capitalismo extremo, a ditar cartas neste século XXI, algo a que não se pode fugir num País repleto de automóveis de luxo e quase nenhuma produtividade. Para além de engordarem como chinos, de se transformarem em admiráveis bígamos, onde estavam os capitães de Abril enquanto ainda há pouco o supremo reles político desgovernava, roubando Portugal?! A coçar a puta da micose e, mais recentemente, a ladrar revoluções, depois de casa arrombada, where else! Não há dinheiro, não há cabrões.
Inventaram a palavra democracia, só a palavra
As últimas sondagens na Grécia ameaçam vir aí um resultado fantástico, em que a minoria pode governar a maioria. É que o partido mais votado tem um bónus de 50 deputados. Assim também eu.
O Breivik de Pyongyang
O Querido Sucessor, pela voz de uma bastante iracunda leitora de telejornais, anunciou que a Coreia do Norte vai desenvolver “acções especiais” contra o Chefe de Estado da Coreia do Sul. Mais acrescenta o pormenor da duração das ditas acções que não deverão ultrapassar os “três ou quatro minutos, obedecendo a métodos peculiares ao estilo zuche“. Ficamos na incógnita. O que quererá dizer o camarada Kim? Talvez fosse melhor questionarmos o admirador Bernardino Soares, perito na matéria.
Calcula-se…
25 Poemas de Abril (XIX)
Abril de Sim Abril de Não
Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
Manuel Alegre
Que não seja o dia dos livros mortos
Há sítios onde os livros ressuscitam, sem abate de árvores. Na Universidade de Coimbra, por exemplo.
Livro, leitura e liberdade
Tiro da prateleira O Silêncio dos Livros de George Steiner, um pequeno ensaio escrito em 2005. Transcrevo algumas ideias para recordar e me fazer pensar:
“A maior parte das pessoas não lê livros. Porém, canta e dança.
O acto de ler livros, (…) pressupõe um determinado conjunto de circunstâncias.
Um dos requisitos fundamentais é, também, o silêncio.
E, acima de tudo, é preciso ter tempo para ler. (…)
(…) quase meio século de vida consagrado à contínua leitura e releitura (…) e continuo assombrado (…)
(…) do milagre sempre renovado de segurar nas mãos um novo livro.” [Read more…]
Abril não desarma
Associação 25 de Abril, 23 de Abril de 2012

A PGR não abre inquérito?
Um oficial da PSP, Magina da Silva de seu nome, declara estado de sítio, ou mesmo de guerra, para todos os efeitos um golpe de estado. O Otelo não está no activo, tudo o que diga é irrelevante, mas neste caso estão à espera de quê?
A noite da Música
Passei o dia a ouvir música sempre a mesma alternando Madredeus e Erik Satie.
Como foi possível parecerem-me tão semelhantes?
Que percebe de sons este monocórdico espírito?
Mas foi o mesmo o que produziram em mim a sensação amarga de ter atirado fora uma paveia de sentimentos.
Como vou misturar é quase certo que nada existe nada está perto nem eu estou triste com Embryons desséchés e Peccadilles importunes?
Eu próprio me sinto mistura de contradições e acasos harmonia de contrastes santidade e pecado.
Nada percebo de música mas quero que a música seja ar chuva ou vento olhos boca sustento febre delírio amor e tormento.
Não sei onde fica a música nem a terra onde ela conduz sei apenas que é de sol e de luz ar puro e perfume o caminho da música para o alto dos montes.
O ZX Spectrum faz 30 anos
O ZX Spectrum, o primeiro computador de muito boa gente, faz 30 anos (inglês). Se quiser revisitar ou conhecer pela primeira vez esta máquina, descarregue o emulador nesta página. Pode obter o software necessário aqui.
Pimenta no anal dos outros para ele é vaselina
Rajoy: “Entregar el petróleo a extranjeros es de un país de quinta“.
Ficha Limpa – Carta resposta a Pero Vaz de Caminha
Acho que escrevi esse poema no ano 2.000, à raiz de uma denúncia, publicada na Revista Veja (São Paulo /Brasil) sobre três jovens turistas brasileiros (de Pernambuco), que chegaram a Lisboa para visitar Portugal. Foram barrados no aeroporto, detidos, interrogados e devolvidos ao Brasil, sem justificativas, a não ser a tentativa de entrar ilegalmente no País, o que era falso. A reportagem da VEJA dizia: COMEÇOU DE NOVO: …funcionários portugueses maltratam brasileiros no aeroporto de Lisboa e os mandam de volta…
a partir desse fato, foi feito o poema Ficha Limpa
Ficha Limpa – Carta resposta a Pero Vaz de Caminha
de José Carlos A. Brito (poeta e dramaturgo, SP Brasil)
1
Há dois caminhos
Para entrar em Lisboa
O da intolerância, da estultice
– Que a Fernando Pessoa
Provocaria uma poética vertigem –
E nega ao ser humano
Direito de conhecer
E amar a sua origem
Há outro caminho
Onde se encontra o amor
Que ama a inteligência
A negra flor
De uma síntese rara
Da raça enriquecida
Pela ideia clara
Da única paz
Futura e possível
Que ainda jaz
Na Europa sepultada. [Read more…]
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