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De acções censuráveis do mandato de Lula da Silva, da tremenda corrupção a obras faraónicas do Mundial de Futebol de 2014 e das Olimpíadas de 2016, creio ter expressado de forma transparente e sem tibiezas o meu pensamento, no que escrevi antes.

Do pesado legado deixado a Dilma Rousseff, dos desvios de políticas sociais, bem como do torvelinho de manifestações em que foi capturada, também exprimi opiniões claras.

Das motivações e legítimas reivindicações dos manifestantes do Movimento do Passe Social (MPT), não as crtiquei a não ser pelos objectivos limitados visados – outras causas, como a quebra da evolução económica, os juros em alta, a inflação, a fuga de capitais e a famigerada PEC 37,  ao estarem ausentes do discurso reivindicativo, fundamentaram a minha discordância explícita.

O que verdadeiramente me perturba – e a isso me leva assumido rancor contra a extrema direita – é o ignóbil aproveitamento e agressões perpetradas por ‘jovens neonazis’ a militantes de esquerda, nas manifestações em causa.

Para defesa da minha honra e do juízo formado, recorro a relatos credíveis de quem está no terreno e testemunha as ocorrências, como o conteúdo – não é opinião – da seguinte notícia:

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21/06 às 18h44 – Atualizada em 21/06 às 18h47

Com militantes feridos, PSTU acusa extrema direita de orquestrar agressões

A aversão de grande parte de manifestantes a partidos políticos gerou consequências mais graves no Rio de Janeiro. Dez integrantes do PSTU foram agredidos no protesto dessa quinta-feira, declarou o presidente regional do partido, Cyro Garcia. Segundo ele, as agressões foram orquestradas e executadas por grupos nazifascistas que estão sendo “pagos para reprimir a livre expressão dos partidos políticos”.

O presidente do PSTU diz entender a repulsa da população aos partidos. Para Garcia, os que estão no poder deram mostras de atitudes corruptas e frustraram a população. Ele lembrou que, quando o grupo do PSTU chegou no protesto, um grupo os vaiou, enquanto outra parte os aplaudiu. “Agressões é que não podem ser admitidas. Onde está o Estado democrático de direito?”, questionou.

Ele, no entanto, descartou a possibilidade de o PSTU deixar de ir para a rua. Ele explicou que os militantes vêm discutindo táticas para fugir das agressões gratuitas durante as manifestações. “Nossos militantes foram caçados ontem, assim como os demais partidos de esquerda, como o PSOL e o PCO. São nazifascistas infiltrados e pagos para isso. Mas não vamos parar. O PSTU nunca se eximiu das lutas nesse país. A mobilização está no nosso DNA”, afirmou na tarde desta sexta-feira.

 Nenhum dos militantes do PSTU corre risco de morrer. Um dos feridos teve o rosto desfigurado e poderá ter que passar por uma cirurgia plástica para reconstituir a face. De acordo com o dirigente, três outros militantes foram feridos na cabeça. “Jogaram bombas na direção do nosso grupo. Não nos esqueçamos que havia policiais à paisana no meio do protesto. Tem gente que quer enfraquecer o movimento”, comentou.

(Obs.: Respeitei o português do Brasil na transcrição. Aproveito para esclarecer que sou um modesto economista, sem qualquer vínculo ao jornalismo. Daqueles a quem Miguel Sousa Tavares e outros intelectuais cá do burgo negam o direito de se exprimir em blogues, porque os considera próximos do analfabetismo. Como o cidadão comum, querendo, não tivesse o direito de ler e interpretar textos de filosofia política, sociologia ou  obras de escritores e estudiosos consagrados como Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Gilberto Freyre e muitos outros autores brasileiros e de outras nacionalidades que li, reli e voltarei a ler se necessário). 

Comments

  1. drapetomaniaco says:

    Putas, agora tem conxinha até em portugal ?

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