Está a ser difícil fazer entender ao governo e ao Presidente da República o repúdio de 75% dos portugueses que as sondagens apontam como estando contra o arbítrio insensato das suas posições.
Nesta altura, o desconcerto não pode ser maior. O FMI, com sinceridade ou cálculo, declara a quem o quer ouvir que se enganou nas medidas tomadas para a Grécia e lamenta os tristes resultados que daí advieram para o povo grego, de passagem dando a entender que haveria culpa também da União Europeia (UE). Os porta-vozes desta vieram a público, em nome da Senhora Merkel e do seu (intragável) Ministro das Finanças, defender a firma em tom abespinhado. Sinal claro que, face à onda que se está a levantar dentro da UE, com os seus fundadores históricos a apontarem a dedo o abuso arrogante por parte dos que, tendo perdido duas guerras militarmente, parecem apostados em ganhá-la por meio da escravatura financeira, leva agora os usurpadores do sonho europeu a tentarem escapar entre os pingos da chuva. No nosso parlamento, o espectáculo dado por Victor Gaspar e Passos Coelho, face a este presumível tsunami político, é apenas grotesco. [Read more…]
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