Quantas vezes o nosso riso é uma substituição para a agressão pura e simples. Quantas vezes a ironia ou o humor sublimam a violência que nos vai na alma. Já o fiz aqui muitas vezes e sobre este mesmo tema. Não hoje.
Hoje quero outro modo. Visita que sou do canal AR, tenho visto momentos que arrastam para a lama o que devia ser dignificado a todo o custo, a casa da Democracia. Não me refiro à maior ou menor dureza dos debates. Penso, até, que há por ali almas demasiado sensíveis à crítica, como se fossem mais insuportáveis as palavras ditas que os actos que as motivam. Mas Nuno Crato, com a seu número bufo dos tempos verbais, produziu um dos momentos mais canalhas e estúpidos que jamais vi naquele lugar. Não, não me estou a esquecer das absurdas cenas da União Nacional que nos narravam os impagáveis “Factos e Documentos” da Seara Nova. Não me lembro de alguma intervenção que tanto desconsiderasse os destinatários, que em tão pouca conta tivesse a inteligência e o sentido de decência dos seus ouvintes. Um marco na história do nojo político.
Este gajo que segundo julgo saber é bom a ensinar a tabuada, como ministro é uma bosta!
O tempo dos Cratos ,foi-se construindo ao longo dos anos!
Lembrar Mário Crespo.Foram 6 anos de SIC/N. Ele, o Cantigas Esteves, o Duque ( por onde andará ?),O Beleza,/ por onde andará?),o bruxo, esse, passou-se prá TVI, por ali ladra, e os tugas gostam muito…a “coisa” foi bem montada.Ai não….
Quanto ao Crato,pois foi abençoado por os tugas/professores! Ou não?
Os tais que sabem muiiito de História e são os mais “inteligentes”. O que rabiscavam então. e o que rabiscam hoje nos blogues.É só ir ao báu da memória…o que eles disseram do Crato!!! Num blogue ( a educação do “seu” umbigo), era llindo as notas laudatórias ao Crato por altura da eleições! Ui….
Agora está tudo arrependido. Que pena tenho eu deles…
ps QUE É FEITO DO MÁRIO?ESSE GANDA JORNALEIRO?
O ganda Mário reformou-se e já ninguém se lembra dele. Nem o amigo PSD
Reblogged this on O Retiro do Sossego.
Vamos separar as águas. No início do mandato do actual governo, Nuno Crato era dos ministros que mais expectativas me merecia. Porquê? Pela sua defesa da cultura do rigor que subscrevo. Passados mais de 3 anos, é hora de balanço e analisar resultados. Sem pudor afirmo que Nuno Crato é um verdadeiro flop, das maiores desilusões do actual executivo. Politicamente está morto! Presto-lhe meio elogio, terá colocado o lugar à disposição do P.M., apenas meio porque uma vez recusada a oferta, deveria ter solicitado exoneração do cargo que ocupa. É a vida! Quem defende uma cultura de rigor baseada em resultados tem de tirar consequências sob pena de cair na hipocrisia. Caso provável, Nuno Crato não seja o único responsável, obviamente que a queda do ministro deve implicar a queda de todos os colaboradores…
Quanto à colocação de professores, pouco me leram sobre este assunto. Evito escrever sobre o que desconheço. Por princípio sou favorável à descentralização, logo vejo com simpatia a ideia da escola escolher o seu corpo docente. E ser responsabilizada pela escolha. Não está em causa o modelo de educação que defendo, para esta discussão é completamente irrelevante defender escola pública ou privada. Temos o que temos, qualquer alteração poderá produzir efeitos futuros, mas jamais no presente. Andamos com experimentalismos na educação há vários anos. Lanço um repto aos meus companheiros de blogue e comentadores, como funciona a colocação de professores na escola pública nos países nórdicos? E aqui mais perto, em Espanha, Itália ou França? Sem esquecer Bélgica, Holanda ou Alemanha? É que as invenções tugas costumam resultar em bizarria, quando às vezes è preferível olhar para o lado…
Sei, António de Almeida, que Crato criou expectativas em muita gente. Sei que muitas das pessoas que tinham essas expectativas estavam de boa fé. Acontece que o que Nuno Crato ostentava não era uma cultura de rigor, mas uma retórica de rigor, coisa que não falta por aí e, atrevo-me a dizê-lo, reveste alguma freudiana necessidade de afirmação. Na verdade, as intervenções do actual ministro eram de uma lamentável superficialidade e manifestavam uma inquietante ignorância da área em que se propunha intervir – já tinha acontecido com outra ministra, Maria de Lurdes Rodrigues. Mesmo nos seus parcos escritos sobre a matéria era visível a perspectiva do diletante pouco estudioso. A sua ascensão a ministro é uma ilustração conspícua do princípio de Peter. Para mal de todos nós. Incluindo os seus apoiantes e quem nele acreditou.