Prós e contras

 

Ontem liguei a televisão mesmo a tempo de apanhar, no “Prós e Contras” dedicado ao caso BES, a Fátima Campos Ferreira a lançar a pergunta “Acha que os portugueses estão muitos entretidos a sobreviver?”

E de repente pareceu-me obsceno que alguém que junta na mesma frase entretenimento e sobrevivência possa conduzir um programa informativo.

Mas nenhum dos presentes pareceu ficar incomodado com a pergunta e eu, vencida pelo dia ou pelo sono ou pela impotência, desliguei a televisão e fiquei a remoer o sentimento de que este país já não é para pessoas.

Comments

  1. Américo Montez says:

    Vi o programa todo e fiquei a remoer o tempo perdido.
    Fiquei com a sensação que o programa não serviu para denunciar coisíssima nenhuma, apenas para nos entreter durante uma hora e tal. Mais valia ter visto um filme de Zombies na Tele Cine.

    O Carlos Queiroz, que perdeu uns milhões com o BES, pedia desculpa se ofendia alguém a cada frase que dizia. Alguém pedia também desculpa por ser vago quando criticava o sistema. O representante dos funcionários do BES nem desculpa pediu porque nem eles sabiam o que andaram a vender aos clientes de balcão.

    O Banco de Portugal continua a abrir inquéritos, mas resultados … só daqui a 5 anos, a meio caminho da prescrição.

    E o Salgado, onde para o nosso Maddock ??????

  2. Que triste banalizar a miséria entre “fosforescências”.
    É triiiiiiste….

  3. joao lopes says:

    o melhor remédio é desligar a tv.entre a loura gritadora da tvi e esta badocha da rtp venha o diabo e leve-me para todo o lado(sim porque os bons,coitados só vão para o céu(???!!!).) e já agora quando a helena matos falar na antena 1(sobre o 25 abril) desligue-se a rádio.enfim o melhor remédio é lêr o charles bukowski(passe a publicidade)

  4. rosaamarela says:

    Eu ? Nem quiz ver !!!!

  5. É nestas alturas, e perante estes e estas jornalistas que se repetem sucessivamente e que não calam a boca com vulgaridades deste calibre, que preferia ver a Lilly Caneças a moderar debates destes.
    Constata-se que se reproduzem-se que nem cogumelos por osmose ou geração espontânea. Com ar mais trendy, liberalo-fashion e jovem, ei-los que pupulam por rádios, Tvs e jornais. Aos vinte e tantos anos, debitam os power points aprendidos em famosas universidades lusas. Dão um saltinho lá fora para melhora de CV, perdem-se de amores pelo Tea Party, lamentam a perda dos grandes líderes Reagan, Thatcher e Bush e passam do facebook para os blogues e para a politologia e análise eco-financeira. Daí seguem para sub-secretários adjuntos dos secretários adjuntos. Alguns chegam a PMs, embora tenham de ser muito amparados por mentores mais velhos e mais habituados a virar febras.

    A jornalista do programa citado, com receio de qualquer “mobilidade” ou por convição das boas práticas, apanha-lhes o jeito e vai daí, sai disto.

  6. Essa mulher é um p… nazi.

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