Em entrevista à Rádio Renascença em Fevereiro de 2013, Francisco Assis criticava aqueles que apupavam o governo e pedia contenção verbal no Parlamento, que segundo o eurodeputado recorria a linguagem “extremista” nas suas críticas ao executivo de Pedro Passos Coelho. Como se esta curiosa simpatia pelo governo não fosse já suficiente, Assis fez a seguinte afirmação, que apanhou muitos socialistas de surpresa:
Será mais fácil fazer aliança com uma direita que, entretanto, se terá livrado da tentação neoliberal que hoje marca claramente a actual maioria
Volvidos pouco mais de dois anos, Francisco Assis veio dar o ar da sua graça à convenção do Partido Socialista, mas o discurso, no que aos seus potenciais parceiros do PSD diz respeito, mudou radicalmente. E radicalmente é o termo certo na medida em que, após as críticas a todos aqueles que no Parlamento usavam linguagem extremista para atacar o governo, é Assis quem agora qualifica o governo com quem há dois anos considerava coligar-se de extremista e apela com veemência ao afastamento do seu partido de qualquer compromisso com a coligação PSD/CDS-PP:
Não pode haver compromissos com esta direita extremista
Hoje é fácil coligar com a direita, amanhã são extremistas e Deus os livre de qualquer compromisso com essa gente. Com Francisco Assis, todas as opções estão em cima da mesa, excepto andar de Renault Clio.
Uma boa opção em cima da mesa, em relação a este rapazote, seria um valente pano encharcado pelas trombas.
Enrolado para ter mais impacto? 🙂
Pois está claro. E com uma barra de ferro no interior, a ver se aprendia a deixar de ser um imbecil convencido e arrogante.
Mas Assis é do PS?! Não estará deslocado? O lugar natural de sua excª. não será à direita do CDS?
À direita não digo mas que ficava bem no CDS ao lado do João Almeida e do Seufert, isso ficava!
Assis é a personificação de tudo aquilo que me leva a fugir a sete pés do PS.
Um “socialista” com um ódio de estimação a tudo o que esteja à esquerda do PS e com sonhos molhados de coligações à direita. A direita é mesmo a parceira natural do PS, segundo Assis, coligações com a esquerda são contra-natura.
Se o PS fosse um partido de esquerda, Assis nunca seria uma das principais caras mediáticas e bandeiras do partido. Poderia até ser um incómodo militante de base, mas sem a projecção que lhe é dada. Como o PS parece não ter problema em ser publicamente representado por este amigo do bloco central, só podemos concluir que poderá ser muita coisa, mas a aquela agremiação não é um partido socialista.
Aquela agremiação mafiosa nunca foi um partido socialista. Parvos são os que isso alguma vez pensaram. É um bando de criminosos a ver quem apanha mais. Só isso.
Ideologia? A que fôr mais conveniente ao gamanço.
Tem toda a razão, até julgo que deveriam procurar outro nome. “Partido Socialista” é publicidade enganosa.
Partido Oligarca de Ideologia Amorfa (POIA) parece bem mais apropriado.
POIA é espectacular 🙂
Não podia estar em maior acordo Hélder, assino por baixo do seu comentário!
E assim aos esses