Anteontem, na Academia das Ciências de Lisboa, recordei que, em última análise, a razão para ali nos encontrarmos, no Colóquio «Ortografia e Bom Senso», se prenderia com um ofício enviado pelo chefe do Gabinete de Revisão da Imprensa Nacional ao administrador, em 10 de Dezembro de 1910 (*):
As publicações saídas da Imprensa Nacional, quer oficiais, quer de particulares, apresentam grafias diferentes, umas discutíveis, outras porêm [sic] grosseiras e vergonhosas”.
Lembrei-me de recorrer a esta retrospectiva, a propósito de Outubro deste ano, com
Documentos comprovativos dos fatos referidos no currículo que relevem para a apreciação do seu mérito,
no dia 1,
e
Menção de que o candidato declara serem verdadeiros os fatos constantes da candidatura,
no dia 30.
Onde? No sítio do costume.
E acrescentei um aparte: “temos aqui exactamente aquilo que está a acontecer e não aquilo que querem que aconteça”
E hoje? Hoje, temos isto:
(*) Em breve, quando as comunicações forem publicadas, acrescentarei uma nota de rodapé (**), com hiperligação, onde poderão ser consultadas as referências. No caso em apreço, remeto para a página 207 da seguinte obra:
Castro I, I. Duarte e I. Leiria (1987). A Demanda da Ortografia Portuguesa: Comentário do Acordo Ortográfico de 1986 e subsídios para a compreensão da Questão que se lhe seguiu. 2.ª ed. Lisboa: Edições João Sá da Costa.
[…] alimentavam o état anarchique da ortografia portuguesa. Efectivamente, quando eram indicadas as grafias “grosseiras e vergonhosas” das publicações saídas da Imprensa […]